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Início Etanol hidratado e anidro: da usina ao posto, veja a diferença entre os combustíveis que são utilizados no abastecimento, mas de formas diferentes

Etanol hidratado e anidro: da usina ao posto, veja a diferença entre os combustíveis que são utilizados no abastecimento, mas de formas diferentes

18 de julho de 2021 às 12:07
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frentista em posto de combustível / Imagem Google

Venda direta de etanol das usinas é aprovada pelo CCJ e promete estimular a concorrência e frear o aumento no preço da gasolina nos postos de combustíveis

Com o preço da gasolina aumentando frequentemente, o etanol virou alternativa aos motoristas que buscam economizar no abastecimento do veículo. Da usina de cana de açúcar até a bomba, o combustível passa por cerca de 10 etapas de processamento e são produzidos dois tipos de combustíveis: o hidratado e o anidro.

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Afinal o que é etanol anidro, hidratado e álcool? Veja abaixo a diferença entre eles:

Da usina de etanol até os postos de combustíveis

Entenda as diferenças entre etanol hidratado e anidro — Foto: Reprodução/TV TEM

São cerca de 10 tipos diferentes de canas que são plantadas e a escolha da variedade é feita de acordo com a concentração de açúcar na cana, tendo como foco a produção de dois produtos. Depois de colhida no campo, ela é levada às usinas, onde são produzidas mais de 18 toneladas de cana por dia.

Na usina, a cana passa pelo processo de moagem para produção do açúcar e etanol. Cerca de 55% da produção são destinados à produção de açúcar e os 45% restantes para produzir etanol. No total, são feitos mais de 10 processos diferentes e cerca de 36 horas para produzir o combustível.

O etanol consumido pelos carros é o hidratado, que tem composição de 92% de álcool e 8% em água. O anidro, por sua vez, vai para a refinaria e faz parte da composição da gasolina. Os dois combustíveis são utilizados para abastecer os veículos, mas de formas diferentes.

Brasil terá dilema com carros elétricos em 2030. O que fazer com tanto etanol já que o país é o maior produtor mundial desse biocombustível?

Brasil, o líder produtor mundial de etanol, está prestes a inundar o mercado global de açúcar, porque a transição do país para veículos elétricos reduzirá a demanda por biocombustíveis de base agrícola, aponta um estudo liderado por Soren Jensen, um influente executivo do setor, em conjunto com Mariana Perina Jirousek.

A demanda por etanol no Brasil provavelmente começará a diminuir em 2030 à medida que os veículos elétricos se popularizam, disse Soren Jensen, que já foi diretor operacional da maior trading de açúcar do mundo, a Alvean, e conduziu o estudo junto com Mariana Perina Jirousek. A situação deixará as usinas do Brasil — o maior exportador mundial de açúcar — sem opção a não ser produzir mais açúcar em vez de etanol.

A chegada dos carros elétricos no país representa um revés para o mercado mundial de açúcar. Os efeitos negativos de superávits globais do produto e preços mais baixos serão sentidos em locais como Tailândia e Índia, onde o custo de produção é mais alto. É também um revés para empresas como a maior produtora de etanol do Brasil, a Raízen Energia, e a BP, que recentemente expandiram a capacidade de produção do biocombustível.

Fidelidade à bandeira nos postos de combustíveis vai acabar e venda de combustível via delivery será liberada; medida promete reduzir o preço da gasolina estimulando a concorrência

A ANP realizou, no dia 7 de julho, a Audiência Pública nº 07/2021, referente à minuta de resolução que altera o marco regulatório da atividade de revenda varejista de combustíveis no Brasil. A ideia da agência é acabar com a fidelidade à bandeira nos postos de combustíveis e autorizar a venda de combustível via delivery. A nova medida promete estimular a concorrência e o preço do litro da gasolina pode ficar até 50 centavos mais barato, aliviando o bolso dos brasileiros.

Entre os assuntos abordados, estão: tutela regulatória da fidelidade à bandeira; abastecimento fora das instalações autorizadas à revenda; hipótese de cancelamento de autorização de funcionamento por supressão de lacre de interdição; e forma de exibição dos preços no painel e nas bombas medidoras.

Veja mais informações sobre a proposta neste link. Acesse também a página da Consulta e Audiência Públicas nº 07/2021:

A fidelidade à marca da gasolina passaria a ser escolha do consumidor, e não uma obrigação regulatória que dá hoje à ANP a função de fiscalizar contratos particulares.

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