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Procura por diesel, gasolina e etanol aumenta mesmo com os preços dos combustíveis nas alturas no Brasil

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 17/07/2021 às 08:44
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Posto de gasolina Petrobras lotado / Imagem Google

Preços disparados da gasolina, etanol e diesel não impedem alta demanda por combustíveis no Brasil, que tem agricultura e transporte como aliados

Procura por gasolina, etanol e diesel aumentam mesmo com os preços dos combustíveis disparando no Brasil. Demanda por diesel no 3º trimestre de 2021 deve superar os níveis registrados no mesmo período de 2019, ano pré-pandemia, é o que aponta o Relatório de Previsão do Mercado de Petróleo da S&P Global Platts Analytics para a América Latina. A demanda deve alcançar o patamar de 1,1 milhão de barris por dia, 15 mil barris a mais do que em 2019.

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O relatório mostra que o apoio dos setores de agricultura e transporte, as fortes vendas no varejo e o desempenho econômico melhor do que o previsto são fatores que devem influenciar o aumento da demanda por diesel no curto prazo. Porém, infecções por COVID-19, tensões políticas e a seca em curso são pontos de atenção que podem interferir nas projeções.

Gasolina e etanol

O relatório da S&P Global Platts Analytics, principal fornecedora independente de informações e preços de referência para os mercados de commodities e energia, também aponta que a demanda por gasolina e etanol no terceiro trimestre de 2021 deve crescer no Brasil, chegando a 885 mil barris por dia, cerca de 15 mil barris por dia a mais em relação ao mesmo período de 2020. Apesar do aumento, a demanda ainda deve ser 60 mil barris por dia menor do que o registrado no mesmo período de 2019.

Sobre a S&P Global Platts – Principal fornecedora independente de informações e preços de referência para os mercados de commodities e energia, a S&P Global Platts tem clientes em mais de 150 países que contam com a experiência da empresa em notícias, preços e análises para oferecer maior transparência e eficiência aos mercados.

Fidelidade à bandeira nos postos de combustíveis vai acabar e venda de combustível via delivery será liberada; medida promete reduzir o preço da gasolina estimulando a concorrência

Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis defende a comercialização de diferentes marcas em um mesmo posto, flexibilizando a “tutela regulatória da fidelidade à bandeira”.

Além disso, a Agência quer uma nova forma de atuação na revenda, que permita a entrega fora das instalações do posto, por meio do serviço de delivery. A minuta de resolução será submetida a consulta e audiência públicas.

Dentre as propostas acima citadas, a ANP defende também a eliminação do uso da terceira casa decimal nas tabelas de preços dos combustíveis. O objetivo, conforme a agência, é levar maior clareza na apresentação dos preços aos brasileiros.

O Governo acredita que a medida vai estimular a concorrência entre as marcas e poderia reduzir o preço da gasolina em até R$ 0,50 por litro. Porém, há distribuidoras que se opõem à medida, alegando que realizam investimentos nos postos de combustíveis e que a medida beneficiaria empresas que operam de forma irregular, seja com sonegação de impostos, seja com a venda de produtos de má-qualidade.

O sistema delivery para entrega de gasolina fora das instalações do posto, que já foi testado no Rio de Janeiro pela GOfit, também está causando polêmica.

Diesel, gasolina e GLP disparam novamente atingindo caminhoneiros e milhões de brasileiros que padecem em consequência dos aumentos desproporcionais em relação à renda atual

Greve indeterminada dos caminhoneiros, a partir de 25 de julho, contra o aumento nos preços dos combustíveis, não intimida a Petrobras que fez novo reajuste nos preços do diesel, gasolina e GLP

Preços da gasolina, diesel e do gás de cozinha nas alturas não impediram a Petrobras de aumentar ainda mais os combustíveis no dia 06 de julho, que iniciou com um soco no bolso dos caminhoneiros e milhões de brasileiros que padecem em consequência dos aumentos desproporcionais em relação à renda atual. O novo aumento que passou a valer a partir de ontem pegou de surpresa a direção do Conselho Nacional do Transporte de Cargas – CNTRC, haja visto que houve uma reunião “positiva” da entidade realizada há apenas uma semana com o presidente da Petrobras.

Greve indeterminada dos caminhoneiros, a partir de 25 de julho, contra o aumento nos preços dos combustíveis praticados pela Petrobras. Toda categoria é convocada pelo Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas – CNTRC, através de nota, para uma paralisação, por prazo indeterminado, a partir do próximo dia 25 de julho, dia do caminhoneiro (São Cristovão). Cristovão significa “aquele que carrega Cristo”. Clique aqui para ler a íntegra da nota divulgada.

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Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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