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EUA enfrenta crise de caminhoneiros e está buscando motoristas de outros países que queiram trabalhar

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 16/09/2021 às 11:31
Atualizado em 19/08/2022 às 05:07
EUA - caminhoneiros - motoristas - trabalhar
Caminhão na Estrada – créditos: ViajanteNews

Durante a pandemia, alguns motoristas abandonaram o setor e mais 60 mil caminhoneiros foram demitidos, fazendo com que os EUA enfrentasse uma enorme crise no setor de transportes. Com isso há grandes chances do país contratar pessoas de outros países

A crise de caminhoneiros nos EUA se tornou tão severa que alguns administradores de frotas estão pedindo a entrada de motoristas estrangeiros no país. Dirigir caminhões sempre foi um trabalho com alto giro e que há escassez de mão de obra. Entretanto isso se agravou ainda mais nos EUA durante a pandemia, com o fechamento de escolas de treinamento, o abandono do setor por parte de alguns motoristas e um sistema ainda mais rigoroso de teste de álcool e drogas que resultou em pelo menos 60 mil demissões de acordo com o chefe da Associação Americana de Transporte Rodoviário, Bob Costello.

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Saiba como ser caminhoneiro nos EUA com o visto EB-2

Há duas formas de ser caminhoneiro nos EUA, sendo elas:

Conta própria: Para ingressar por conta própria e exercer alguma profissão nos Estados Unidos é necessário a obtenção do visto EB2 NIW (National Interest Waiver), específico para trabalhar no país. O NIW é uma regra na legislação que permite, que para certos tipos de vistos de trabalho, cuja oferta de vagas é maior do que a oferta de mão-de-obra, seja autorizada a aprovação do visto de trabalho pelo USCIS (U.S. Citizenship and Immigration Services), sem passar pela liberação do DOL – Department of Labor (Ministério do trabalho americano).

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O valor dos custos é relativo, pois depende da quantidade de pessoas da família do caminhoneiro que irão imigrar, os custos para obtenção do visto podem variar de US$ 15 mil a US$ 20 mil (cerca de R$ 80 mil, em conversão atual) e o tempo estimado pode chegar até um ano e meio (18 meses). Esposa e filhos menores de 21 anos entram no mesmo processo do pai.

O Visto EB-2 é um Green Card, ou seja, o caminhoneiro que receber este visto se tornará residente permanente nos EUA, podendo desfrutar de quase todas as benesses de um cidadão americano.

Contrato de trabalho: Através deste método, não há custos para o trabalhador se o Employer/Sponsor (Empresa que irá empregar o motorista) se dispuser a arcar com as despesas do processo. E o tempo de espera para obtenção da autorização para imigração é ligeiramente menor. Através de um contrato de trabalho previamente fechado com alguma transportadora nos Estados Unidos, ou seja, quando a empresa chama o motorista estrangeiro trabalhar, o profissional precisará do Visto H2B. Os custos para obtenção deste documento variam de US$ 10 mil a US$ 18 mil dólares e são de inteira responsabilidade da empresa contratante.

É possível pedir o visto por duas frentes: por meio dos consulados, caso esteja no Brasil, ou por meio dos escritórios da imigração norte-americana, se o interessado já estiver nos Estados Unidos. No segundo caso, deve-se pedir uma “mudança de status” do visto de turista para residente.

Falta de motoristas pode causar escassez de combustível nos EUA

Saiba quanto ganha um caminhoneiro nos EUA – créditos: Um Negão na américa/Youtube

Algumas das transportadoras de menor porte já imploram para que o governo dos EUA “afrouxe” as regras ou acelere a aprovação de vistos para que os caminhoneiros estrangeiros cheguem ao país, para aliviar o desgaste nas redes de suprimento.

No Petroleum Marketing Group, uma distribuidora de combustível que atua em mais de 1,3 mil postos de combustíveis nos EUA, Andre LeBlanc, vice-presidente de operações afirmou que estava insistindo para alertar governadores e outras entidades de que a falta de motoristas poderia resultar na falta de combustível e causar aumento no preço da gasolina nas bombas.

LeBlanc afirma que as autoridades poderiam aliviar a situação ao acelerar o processo de aprovação de vistos de trabalho permanente EB-3, que permite trazer motoristas qualificados que não estão disponíveis nos EUA. O programa tem uma cota anual de 40 mil vistos. O vice-presidente afirma que a situação não tem previsão de melhora, porém há uma solução e está tentando fazer com que alguém lhe ouça.

Transportadoras se encontrarão com legisladores americanos para solicitar novos caminhoneiros

Andrew Owens, presidente do conselho da Oregon Trucking Association, uma organização estadual de transportadoras, afirmou que a ideia de recorrer a caminhoneiros estrangeiros estava ganhando forma.

Segundo Owens, está sendo organizado uma dúzia de transportadoras, através da Associação Americana de Transporte Rodoviário para que seja promovido um encontro com legisladores americanos com o objetivo de defender o pedido para acelerar a aprovação dos EB-3.

Parte do apelo será conquistar a colocação de caminhoneiros na Lista A do Departamento de Trabalho dos EUA, ou seja, isso identifica cargos onde é considerado uma escassez de profissionais qualificados e pode reduzir em cerca de 1 ano o prazo de processamento de um visto EB-3, de acordo com Jose Gomez-Urquiza, presidente-executivo da Visa Solutions, responsável por colocar motoristas estrangeiros no setor de transportes dos EUA.

Petroleum Marketing Group está com menos da metade de seus caminhoneiros

O departamento do Transporte dos EUA comunicou que estava ativamente a favor de aumentar a disponibilidade de motoristas de caminhão para transporte de longa distância.

O Petroleum Marketing Group, que é sediado na Virgína, possui apenas 26 dos 74 caminhoneiros que necessita, afirmou LeBlanc. Segundo o vice-presidente, a companhia tenta recrutar profissionais, entretanto não encontra nenhum interessado. Um dos atacadistas até organizou um evento para atrair pessoas em um centro de convenções estaduais, mas apenas duas pessoas se apresentaram.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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