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Após investimentos milionários, Brasil pode liderar a produção mundial de hidrogênio verde

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 30/03/2021 às 10:34
Investimentos - hidrogênio verde - produção
ELETRÓLISE Usinas eólicas e solares são utilizadas no processo de separação do hidrogênio da água: revolução energética (Crédito: Divulgação)

Brasil começa a receber novos investimentos e pode se tornar um dos principais países na produção e exportação de hidrogênio verde

Após investimentos, o Brasil tem condições de se tornar protagonista na produção e exportação do chamado hidrogênio verde, segundo estimativas do Hydrgen Council, iniciativa que reúne CEOs de 92 empresas globais. Esse é um mercado que deverá atingir globalmente US$ 2,5 trilhões em 2050, respondendo por cerca de 20% de toda a produção de energia no mundo.

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Paulo Alvarenga, principal executivo para América do Sul da Thyssenkrupp, afirma, “A exemplo do que está acontecendo na Europa, é fundamental inserir o hidrogênio verde como componente estratégico na matriz de produção de energia brasileira”.

André Clark, Gerente-geral da operação brasileira da Siemnes Energy, afirma que a empresa já negocia no país com indústrias interessadas em ser pioneiras na utilização de hidrogênio verde. De acordo com ele, será anunciada em breve pela empresa os primeiros projetos-piloto.

“Ainda é novidade, é uma tecnologia de ponta, mas acreditamos que o hidrogênio assumirá papel importante na transição energética sustentável e no acoplamento dos setores no país e, por isso, decidimos alocar nosso hub para atender a América Latina no Brasil”, diz Clark.

O Brasil na transição energética para o hidrogênio verde

Segundo relatório Green hydrogen cost reduction da Agência Internacional de Energia Renovável, a queda nos custos de energia renovável e a melhoria das tecnologias de eletrólise podem tornar o hidrogênio verde mais competitivo para investimentos até 2030.

Na medida que os países buscam fazer investimentos e estratégias para descarbonização da economia, tal fonte tende a desempenhar um papel cada vez mais relevante na matriz energética global. Mas para isso, os custos de produção precisam cair para que ele seja viável economicamente em todo mundo.

O preço da eletricidade renovável é o maior componente de custo individual para a produção local de hidrogênio verde, isso cria oportunidade de produção em locais ao redor do mundo que contam com renováveis ideais, capazes de favorecer a competitividade em investimentos.

Segundo analistas, investimentos em hidrogênio verde poderia dar ao Brasil um custo muito competitivo para consumo interno e exportação para mercados como o europeu.

Investimentos em hidrogênio verde

Esta fonte de energia tem pontos a favor e contra que devemos estar cientes. As vantagens dele é que ele não emite gases poluentes nem durante a combustão nem durante o processo de produção, o hidrogênio é fácil de armazenar, o que permite sua utilização posterior em outros usos e em momentos diferentes ao de sua produção.

O hidrogênio verde também pode ser transformado em eletricidade ou combustíveis sintéticos e ser utilizado com fins domésticos, comerciais e industriais.

Entretanto, o hidrogênio verde também tem aspectos negativos. Tais como o custo mais alto. A energia procedente de fontes renováveis, fundamentais para gerar tal combustível, é mais cara de gerar, o que, por sua vez, torna mais cara a obtenção do hidrogênio.

Outro ponto negativo é que a produção do hidrogênio em geral e do verde em particular requer mais energia que outros combustíveis. O hidrogênio é um elemento muito volátil e inflamável, exigindo requisitos de segurança elevados para evitar fugas e explosões.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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