Estão nos planos do governo leiloar 15 terminais portuários até fim do ano, porém não foi incluso na lista de ativos a oferta do maior terminal de combustíveis do país, operado pela Transpetro, no Porto de Santos que ficou para 2021. Karoon e PetroRio confirmam interesse na compra de campos de petróleo da Petrobras
Leia também
- Petrobras recorre a terceiros para armazenar excesso de combustível
- Produção de ferro nióbio será suspendida temporariamente em Araxá
- Consórcio Piauí-Alabama assina contrato com a Petrobras para descomissionar Cação, na Bacia do Espírito Santo
Nesta semana será iniciada a consulta pública sobre o novo modelo de contrato para o Terminal de Granéis Líquidos da Alemoa (STS08), que envolve a etapa de preparação da licitação. As contribuições do setor serão recebidas até 17 de junho.
- Akaer fecha contrato milionário para produzir componentes do C-390 e do Praetor 600: participação em aviões que já conquistaram mais de 10 países!
- BYD Changzhou, com impressionantes 200 metros de comprimento, é o novo navio da BYD, projetado para transportar até 7.000 veículos
- Porto de Hamad, uma obra monumental que revolucionou a Logística, Engenharia e o Comércio Marítimo no Oriente Médio
- Marinha do Brasil inicia construção do QUINTO navio-patrulha classe Macaé em projeto que movimenta mais de 11 toneladas e gera centenas de empregos
O Ministério da Infraestrutura prevê que, entre os 15 arrendamentos de áreas programados para este ano, seis terão o edital de leilão publicado ainda neste mês – são dois terminais de celulose, em Santos, e quatro de granéis líquidos, no Porto de Itaqui (MA).
Falta ainda o Tribunal de Contas da União (TCU) liberar os estudos de quatro terminais, sendo dois de granéis minerais e vegetais, em Aratu (BA), um de granéis líquidos, especialmente ácido sulfúrico, de Maceió, e outro de granéis vegetais, em Santana (AP). Os demais passam por ajustes finais para entrarem em audiência pública.
Apesar da crise, Fernando Biral, presidente do Porto de Santos, afirma que o setor está “bastante otimista” com os leilões de arrendamento programado para 2020 e avalia que a licitação do terminal do Porto de Santos – operado pela subsidiária da Petrobras, será capaz de levantar recursos na ordem de 1,2 bilhão de reais.
De acordo com o executivo, os efeitos da pandemia não foram percebidos no Porto de Santos até o fim de abril, com alguns indicadores preliminares apontando para o “melhor quadrimestre da história” em movimentação.
Ele, porém, disse já ter recebido informações de que o trânsito de navios cairá a partir de maio, especialmente aqueles com carga vinda da China.
Só a Transpetro movimentou 6,5 milhões de toneladas de derivados de petróleo em 2019 no terminal. Isso equivale a 52 por cento de toda a movimentação desse tipo de carga no Porto de Santos no período.
O arrendamento do terminal deve atrair grupos que atuam tanto em cadeias verticalizadas do setor de petróleo, a exemplo da Petrobras, como os grandes operadores portuários com ou sem presença no mercado brasileiro.
Para dar mais eficiência e ampliar a concorrência no embarque de combustíveis em Santos, o governo decidiu fazer a oferta do terminal em duas áreas separadas (STS08 e STS08A). O custo mensal do arrendamento deve sair por R$ 16 milhões para os novos operadores, em contratos de 25 anos.
O terminal operado pela Transpetro tem um área total de 443 mil metros quadrados (m2), a ser dividida em 137,3 mil m2 para o STS08 e 305,6 mil m2 para STS08A.
Atualmente o empreendimento conta com uma capacidade de tancagem de 345 mil metros cúbicos (m3). Com a chegada do novo investimento, isso deve ser ampliado para 450 mil m3. O principal investimento será a construção de dois novos berços de atracação.