Petrobras declarou que tem checado a condição física e reforçado as orientações de saúde aos seus funcionários no momento do embarque para unidades offshore
Em meio a pandemia do novo coronavírus funcionários da Petrobras ameaçam nova greve – por “direito de recusa ao trabalho”. Para petroleiros que prestam serviços em plataformas da Petrobras, saibam quais Medidas de combate ao Coronavirus nos aeroportos
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José Maria Rangel, diretor da Federação Única dos Petroleiros (FUP) disse que a decisão será tomada caso a Petrobras se negue a atender aos sindicatos em questões referentes à prevenção do Covid-19.
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Previsto na cláusula 63 do Acordo Coletivo de Trabalho vigente da Petrobras, o “direito de recusa” ampara o trabalhador. O documento garante aos funcionários, suspender as suas atividades se julgar que sua “vida e /ou integridade física sua e/ou de seus colegas de trabalho e/ou as instalações e/ou meio ambiente se encontre em risco grave e iminente”.
Segundo o diretor da FUP, há um risco muito grande de contaminação pelo novo coronavírus nas plataformas, o mesmo afirma que a Petrobras tem repassado aos funcionários orientações genéricas de segurança da Petrobras, repetindo as medidas do SUS e do governo federal, com adaptações ao que é recomendado pelo Ministério da Saúde e governos estaduais.
“Só que ela [Petrobras] se esquece que a atividade que exerce tem várias particularidades e que, como a maior empresa do país, ela tem que dar o exemplo”, diz José Maria.
FUP e o Sindipetro-NF reivindicam a estatal, a aplicação de medidas de prevenção por contaminação ao novo coronavírus
No início da semana, a FUP e o Sindipetro-NF cobraram da Petrobras a adoção de medidas de prevenção do novo coronavírus.
Os sindicatos cobram a Petrobras por meio de nota, que a medição de temperatura dos petroleiros seja feita também na entrada das bases de terra da companhia e no transporte coletivo.
Ontem (18), a Petrobras emitiu um comunicado informando que tem checado a condição física e reforçado as orientações de saúde aos seus funcionários no momento do embarque para unidades offshore.
A petroleira brasileira também informou que, caso algum trabalhador a bordo apresente sintomas, “ele será imediatamente desembarcado e haverá acompanhamento para todas as pessoas que tiveram contato próximo”.
Porém o sindicalista defende que, que só medir a temperatura não é suficiente, pelo fato do período de incubação do vírus poder levar até sete dias, sendo assim o trabalhador pode, portanto, embarcar estando com o vírus, ter a temperatura medida e não apresentar febre, contaminando os demais.
José Maria destaca que as condições de transporte até as plataformas e o próprio sistema de ar-condicionado das unidades contribuem para o contágio.
Cerca de mil pessoas transitam diariamente no Heliporto do Farol de São Tomé, em Campos dos Goytacazes (RJ), acarretando aglomeração de petroleiros no Heliporto enquanto aguardam triagem da equipe médica.
Para José Maria a Petrobras precisa interromper atividades de trabalho nas áreas administrativas, colocando pessoas chave em teletrabalho; garantir aos trabalhadores terceirizados o pagamento integral dos seus salários; e só permitir a embarcação de funcionários nas plataformas após quarentena – propostas que serão formalizadas pela FUP na quinta-feira (19/3).
Por medida de segurança de seus funcionários a fim de evitar a contaminação pelo novo coronavírus, a Petrobras adotou desde terça-feira (17), o sistema de home office para sua diretoria executiva, com a meta de ter no mínimo 50% da força de trabalho atuando remotamente nas próximas semanas.
Quanto a produção nacional e o abastecimento de combustíveis, José Maria disse que ainda não há impactos causados pelos efeitos da pandemia do coronavírus. Ele não descarta, contudo, que isso aconteça futuramente.