A ferrovia terá 933 quilômetros, ligando Sinop (MT) a Itaituba (PA), e promete reorganizar o mapa nacional do transporte de cargas
Em entrevista concedida ao jornal Estadão ontem (09/08), o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas ressalta que sua prioridade é que a ferrovia Ferrogrão seja um modelo de sustentabilidade e um que também seja exemplo em licenciamento ambiental. Tarcísio ainda diz que ele não iria apostar em uma ferrovia que não tenha interessados e não seja viável. Veja ainda esta notícia: Obras da Ferrovia Transnordestina irão até o Porto do Pecém, deixando em segundo plano o ramal para o Porto de Suape, em Pernambuco
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Investimento no projeto da ferrovia que ira ligar o Mato Grosso ao Pará
O ministro da Infraestrutura ressalta que há empresas interessadas, o projeto da ferrovia é absolutamente viável e será um exemplo em licenciamento ambiental, porque é isso que ele deve ser. Na entrevista Tarcísio ainda disse que os povos indígenas serão ouvidos, bem como todos os interessados. Essa ferrovia será um modelo de sustentabilidade, essa é a minha prioridade, afirmou Freitas.
De acordo com o ministro, o governo já tem “o que é mais difícil em qualquer empreendimento, que é o investidor interessado”. Segundo ele, a viabilidade ambiental será “confirmada naturalmente”. Tarcísio destaca que estão falando de uma ferrovia que terá selo verde, um modal sem emissões, que será erguido ao lado de uma rodovia em área já desmatada. Isso significa menos acidentes em estradas e zero emissões de gases. O ministro da infraestrutura já disse em outras ocasiões que é preciso afastar “narrativa errada” sobre o meio ambiente no Brasil. Segundo Tarcísio, o governo trabalha para “demonstrar que é possível conciliar sustentabilidade e provisão da infraestrutura.
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Sobre o projeto da Ferrogrão
A ferrovia de 933 km ligará Sinop, no estado do Mato Grosso, a Miritituba, no estado do Pará, com um traçado paralelo à BR-163. De acordo com Tarcísio, o leilão da Ferrogrão poderá ser seu “maior legado”. O leilão está previsto para o 2º semestre deste ano. O projeto está em avaliação pelo TCU (Tribunal de Contas da União) desde 10 de julho de 2020.
A construção da ferrovia é alvo de críticas por políticos, ambientalistas e comunidades tradicionais e enfrenta resistência por causa dos possíveis impactos socioambientais. Um grupo com cerca de 40 entidades tenta barrar os mecanismos de financiamento da Ferrogrão.
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O governo do estado do Mato Grosso anunciou um chamamento público para a construção de ferrovia estadual para ligar a capital Cuiabá aos municípios de Rondonópolis, Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, cidades do interior do estado. O traçado do projeto tem 730 km, um investimento estimado em R$ 12 bilhões com 45 anos de operação e pode gerar cerca de 235 mil novos empregos ao estado.
A nova ferrovia que vai interligar Cuiabá a Rondonópolis, bem como Rondonópolis com Nova Mutum e Lucas do Rio Verde, além de se conectar com a malha ferroviária nacional, terá um investimento de R$ 12 bilhões. Segundo o estado do Mato Grosso, o investimento vai gerar mais de 235 mil empregos, além de potencializar a economia.
O início da obra será depois de 6 meses da apresentação do licenciamento ambiental, que ficará a cargo em parte pelo governo de Mato Grosso e a outra parte pela empresa que vencer o chamamento público da ferrovia. As obras devem ter início no final de 2022. Segundo o governador, a ferrovia é importante para saída dos grãos e para conectar a indústria e o comércio de Mato Grosso com o mercado nacional. O governador Mauro Mendes diz que a indústria de alimentos, de etanol, vai passar por essa ferrovia. E tem toda a segurança jurídica para fazer e daqui a alguns anos irão ouvir o apito do trem daqui de Cuiabá até o médio-norte.