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Eneva mira no mercado de transição energética e cria novos hubs de gás natural para comercializar produto como alternativa ao óleo combustível

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 27/07/2022 às 10:55
O mercado brasileiro está cada vez mais de olho na transição energética e nas soluções de sustentabilidade e, agora, a companhia Eneva investe no ramo do gás natural com a criação de novos hubs para comercializar o produto como alternativa ao óleo combustível.
Foto: Eneva/Divulgação

O mercado brasileiro está cada vez mais de olho na transição energética e nas soluções de sustentabilidade e, agora, a companhia Eneva investe no ramo do gás natural com a criação de novos hubs para comercializar o produto como alternativa ao óleo combustível.

O cenário do Brasil para essa quarta-feira, (27/07), é de uma forte movimentação das empresas de energia e das companhias industriais para a adoção de fontes energéticas mais limpas e sustentáveis. Assim, a Eneva está criando novos hubs de produção e comercialização de gás natural, focando no mercado da transição energética para que o gás sirva como alternativa ao óleo combustível, contribuindo para o meio ambiente.

Novos hubs de gás natural da Eneva visam dinamizar o setor industrial com a substituição do óleo combustível por um recurso mais limpo e sustentável

A Eneva agora está focando no mercado da transição energética brasileira e desenvolve novos hubs de produção e comercialização do gás natural para dinamizar o segmento energético e industrial nacional. Dessa forma, a empresa ainda investe na compra de energia térmica e durante o próximo leilão em setembro, contratará 2 GW dos 8 GW termelétricos de implantação compulsória, conforme a Lei da Eletrobras (lei 14.182/2021).

O diretor financeiro da Eneva, Marcelo Habibe, destacou que essa é uma movimentação essencial para o mercado de gás natural e transição energética. Já que, caso a empresa atinja a meta no certame, ela poderá desenvolver um dos novos hubs na região Norte do país, após monetizar o gás natural das reservas de Azulão (AM), na bacia do Amazonas/Solimões. Esse campo já iniciou sua monetização no mercado de gás natural durante o mês de abril deste ano, com as operações da térmica Jaguatirica II, localizada em Roraima.

E, com o campo de Azulão, o campo de Juruá se torna um dos dois ativos que permitiriam à Eneva uma oferta de 4 milhões de m³ por dia (m³/dia) de gás natural na região. Com isso, os novos hubs da Eneva para a produção do produto começam a se formar e a empresa pretende investir no mercado energético com foco na substituição do óleo combustível pelo gás natural. Dessa forma, a companhia afirmou que investirá nos próximos leilões e pretende atender à demanda que é, atualmente, voltada para a utilização desse tipo de combustível.

Companhia investe na venda de gás natural para grandes consumidores substituírem o óleo combustível pelo produto em um de seus novos hubs do commodity

Além da implementação dos hubs de gás natural nos campos de Azulão e Juruá com as novas térmicas para produção energética, a Eneva pretende focar agora na venda de gás natural para grandes consumidores industriais. O foco da empresa é na região da Zona Franca de Manaus. Para os consumidores que tenham interesse na substituição do óleo combustível nos respectivos processos produtivos pelo gás, “mais limpo e mais barato”.

Dessa forma, esse será o próximo dos hubs de gás natural da empresa, junto do Parnaíba (MA). Com capacidade de produção de 9 milhões de m³ ao dia, sendo que 8 milhões suprem o Complexo Termelétrico Parnaíba, com seis térmicas.

A Eneva já vem investindo no fornecimento de gás natural para o mercado industrial e firmou um acordo em maio deste ano para fornecer o combustível às instalações da Suzano em Imperatriz (MA), com um total de R$ 530 milhões de investimentos para o início do fornecimento em 2024.

Além disso, a empresa expandiu seus hubs de gás natural no Nordeste, com a compra da  Termofortaleza (que pertencia à Enel) e Porto do Sergipe, da New Fortress Energy com a eBrasil, e agora pretende focar no mercado de comercialização do combustível para essas companhias.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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