1. Início
  2. / Energia Renovável
  3. / China quer dominar mercado de energia renovável com seu ambicioso plano de estabelecer uma estação de energia solar na órbita da Terra até 2050
Tempo de leitura 4 min de leitura

China quer dominar mercado de energia renovável com seu ambicioso plano de estabelecer uma estação de energia solar na órbita da Terra até 2050

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 18/08/2021 às 11:49
China - energia renovável - energia solar - orbita da terra
Lançamento do Chang’e 5 pelo foguete Long March 5, atualmente o mais potente da China, em novembro do ano passado (Imagem: Reprodução/Jeff Dai/TWAN)

A China pretende se expandir tanto no mercado de energia renovável, que nem mesmo a órbita da Terra está de fora dos seus planos. O país planeja instalar painéis solares na atmosfera até 2050 e já deu início à testes em baixas altitudes

A China pretende dominar o mercado de energia renovável e segue com seu plano de instalar uma unidade de energia solar na órbita da Terra até 2050. As vantagens são grandes, mas os desafios também. Do espaço o brilho solar está disponível o tempo todo e não há interrupções por nuvens ou pelo anoitecer, como acontece na superfície. Atualmente, a China está concluindo a construção de sua base em terra prevista para ser inaugurada no fim deste ano e já realizou alguns testes de transferência de energia por meio de balões em altitudes de 300m.

Leia também

Base Experimental da Estação de Energia Solar Espacial Bishan, na China já está em fase de testes

Estação Espacial flagra “jato azul” partindo da Terra em direção ao espaço

A usina foi nomeada de Base Experimental da Estação de Energia Solar Espacial Bishan, ou pode ser chamada apenas de Bishan. A usina de energia renovável fica a 45 minutos da Chonqqing University, onde trabalha o professor, Zhong Yuanchang.

De acordo com o professor, a unidade tem um passado um pouco complicado. Foi concebida em 2010, e parou de funcionar desde então devido a questões políticas e financeiras, entretanto voltou em junho deste ano.

A primeira estação com base na superfície foi construída para captar energia solar de painéis solares e usinas na órbita terrestre. A maior vantagem talvez seja a falta do clima e da noite, que priva a Terra da luz do Sol em alguns momentos. A base de energia solar é voltada para testes em grande escala na China, além da integração, observação e cultivo dessa nova maneira de aproveitar a energia renovável.

Estudos de transmissão de energia elétrica são promissores

Por hora, o projeto é focado na construção de uma usina de testes em pequena escala para que possa entrar em operação ainda em 2030, mas para que isso seja possível, os pesquisadores precisam avaliar as transmissões da energia renovável em baixas altitudes antes de que seja passada à altitudes maiores que 2 km, transferindo energia de ultra alta tensão, até que seja estabelecida a transferência de energia sem fio na órbita da China até 2050.

Nos primeiros testes, os pesquisadores da China utilizaram balões de alta altitude como plataforma de energia solar e avaliaram a utilização da transmissão de energia de micro-ondas a 300 m de altitude.

Apesar de parecer novo, esse feito já havia sido apresentado por Isaac Asimov, em 1941, por meio de sua obra de ficção científica “Reason”. Já em 1970, Peter Glaser, engenheiro aeroespacial recebeu a patente de um projeto que transmitiria a energia de satélites na órbita para a superfície terrestre por meio das micro-ondas.

Outras agências exploram transferência de energia sem fio

A NASA também já explorou o conceito várias vezes e desde 1998, a agência espacial do Japão (JAXA) também desenvolve um sistema de energia renovável espacial.

Além dessas entidades, o Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA tem realizado testes e pesquisas sobre o tipo de tecnologia, assim como a Caltech. A UK Space Energy Initiative também encomendou estudos sobre o assunto e a International promete enviar energia diretamente para dispositivos estáticos ou móveis por meio de seu transmissor CASSIOPeiA.

Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo
Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

Compartilhar em aplicativos