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Início Carros elétricos: os desafios sobre a tecnologia que dominará a indústria de automóveis, que o mercado ainda não sabe como resolver e não abre o jogo para o consumidor

Carros elétricos: os desafios sobre a tecnologia que dominará a indústria de automóveis, que o mercado ainda não sabe como resolver e não abre o jogo para o consumidor

14 de abril de 2021 às 11:58
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Carros elétricos com maior autonomia em 2021 / Fonte: Reprodução Google

Desafios dos carros elétricos que ninguém ainda encontrou resposta, não costumam aparecer nas análises tradicionais sobre a tecnologia que dominará a indústria automobilística nos próximos anos

Para os que têm interesse em carros elétricos, provavelmente tem pesquisado sobre os prós e os contras do novo veículo. Se tratando do lado positivo, muito se fala sobre a emissão zero de poluentes, silêncio, manutenção barata, muito torque e baixo custo de rodagem. Já o lado negativo, podemos citar o alto preço de compra, a baixa autonomia, a demora na recarga e os poucos postos de abastecimento, principalmente no Brasil.

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Pelo menos quatro desafios para os quais ninguém ainda encontrou resposta, não costumam aparecer nas análises tradicionais sobre a tecnologia que dominará a indústria automobilística nos próximos anos, veja abaixo quais são eles.

Fábricas tradicionais não estão preparadas para a fabricação dos carros elétricos

Boa parte da Europa deve suspender a venda de veículos a combustão em 2030 e isso tem tirado o sono dos grandes fabricantes de automóveis porque não sabem como isso será feito.

Imagina o caos que ta gerando, é muito pouco tempo para fazer a conversão de um negócio gigantesco que trabalha com um ciclo de produto de longo prazo – são em média quatro anos para fazer um novo projeto de carro a partir do zero. Ou seja, a Europa tem apenas nove anos para transformar 100% sua indústria em produtora de carros elétricos, sendo que hoje eles só representam 6% do seu mercado.

Pode causar grande desemprego mundial

Pelo fato da fabricação dos carros elétricos serem menos complexas, demandam 30% menos de trabalho na produção e usam menos componentes – 11 mil contra 30 mil de um convencional. Além de centenas de peças que compõem um motor a combustão interna, ele ainda precisa de sistemas de lubrificação e refrigeração.

Fábricas que produzem motores a gasolina, radiadores, câmbios, velas, injeção eletrônica, todas elas vão desaparecer se não fizerem outra coisa. E mesmo que façam, existem fornecedores demais para componentes de menos. E aí temos um grande risco de desemprego pela frente.

De acordo com a pesquisa solicitada ao Instituto Fraunhofer para Organização e Engenharia Industrial, pela multinacional alemã Volkswagen, 12% dos empregos dessa indústria devem sumir, já computando as funções que vão surgir.

Somente na Alemanha das 830 mil vagas do setor no país, cerca de 410 mil (49%) serão eliminadas até 2030, afirma o Departamento Federal de Estatísticas da Alemanha (Destatis), agora some esse número para 2,7 milhões funcionários europeus ligados às montadoras. E nem estamos contando os empregos indiretos em fornecedores. Depois amplie para o restante do mundo para entender a dor de cabeça que nos espera.

Preço baixo nas baterias, até que ponto é verdade

Atualmente a bateria é o item mais caro do automóvel, correspondendo por até 40% do preço final do veículo. Porém os fabricantes de carros elétricos apostam nas leis do mercado, ou seja, o aumento da produção trazer o ganho em escala e, portanto, abaixar os preços das baterias.

Nem tudo é o que parece, a redução de custo pode não acontecer como se espera apesar do preço da bateria ter despencado nos últimos anos, a situação vai mudar quando boa parte do mundo aderir aos elétricos perto de 2030, dizem os especialistas no assunto.

Mesmo que a produção das baterias cresça muito, a demanda por alguns metais usados na sua fabricação crescerá exponencialmente, como o caso de cobalto e lítio, que tem sas reservas concentradas nas mãos de poucos países: 50% do cobalto estão na República Democrática do Congo e 75% do lítio na Bolívia, Chile e Argentina. E, ao contrário de um produto manufaturado, que você pode fabricar onde quiser, os metais só podem ser extraídos em locais que a natureza escolheu.

Vamos ao quarto desafio: o sistema de refrigeração

Mesmo que as baterias fiquem bem mais baratas com o crescimento da produçã, existe um grande impasse que pode impedir a redução drástica de preço dos carros elétricoso, o sistema de refrigeração.

Da mesma forma que o celular, a bateria para o carro elétrico gera calor quando o veículo é usado e até três vezes mais durante a recarga. Para evitar o superaquecimento, existem sistemas de arrefecimento a ar (comuns nos automóveis elétricos mais baratos) e a líquido (bem caros e que equipam as versões mais modernas). Quanto mais os fabricantes correm atrás de recargas mais rápidas, mas sofisticada (e cara) será a refrigeração da bateria.

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