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Vazou o valor que Elon Musk teria que pagar para comprar o TIKTOK nos EUA

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 14/01/2025 às 12:40
Elon Musk, Tiktok
FOTO: Reprodução

Informações recentes sugerem que Elon Musk está em negociações para adquirir as operações do TikTok nos Estados Unidos.

O bilionário Elon Musk, conhecido por sua capacidade de desafiar normas industriais, pode estar no centro de uma nova negociação de peso. Fontes sugerem que a China está considerando Musk como um potencial comprador das operações do TikTok nos Estados Unidos, caso o popular aplicativo de vídeos curtos seja forçado a mudar de mãos.

O TikTok enfrenta uma possível proibição no país a partir de 19 de janeiro, caso não seja vendido para uma empresa americana, conforme previsto em lei.

Linha do tempo da crise do TikTok nos EUA

Os desdobramentos envolvendo o TikTok vêm se intensificando, com momentos cruciais nos últimos meses:

24 de abril de 2024: O presidente Joe Biden assinou uma lei exigindo a venda ou proibição do TikTok nos Estados Unidos, citando preocupações de segurança nacional relacionadas à sua propriedade chinesa. A ByteDance, desenvolvedora do aplicativo, rejeitou a ideia de uma venda, mas a pressão política e judicial se manteve.

13 de janeiro de 2025: A Bloomberg relatou que a China cogitou Elon Musk como comprador das operações americanas do TikTok. Segundo analistas, essa escolha poderia garantir que o aplicativo permanecesse em uma posição competitiva no mercado global, mesmo sob novas gestões.

10 de janeiro de 2025: A Suprema Corte ouviu argumentos orais sobre a exigência de venda. Juízes demonstraram apoio à lei, ressaltando a importância de proteger os dados dos usuários americanos contra possíveis interferências estrangeiras.

ByteDance busca preço recorde pela venda

Caso a venda do TikTok nos Estados Unidos avance, a controladora ByteDance pode exigir um valor entre US$ 40 bilhões e US$ 50 bilhões, segundo análise de Dan Ives, da Wedbush. Esse valor se alinha à cifra de US$ 44 bilhões que Musk pagou pelo Twitter (agora conhecido como X) em 2022.

O preço especulado está bem acima da oferta feita recentemente pelo consórcio Project Liberty, que propôs aproximadamente US$ 20 bilhões pela plataforma. Essa disparidade de valores demonstra a influência e o potencial de lucro do TikTok, mesmo sob intensa pressão política.

Elon Musk: o comprador ideal?

Elon Musk, que surpreendeu o mundo ao adquirir o Twitter, agora pode ser considerado o candidato mais viável para a compra do TikTok.

Sua nacionalidade americana e trajetória como inovador global fazem dele uma escolha estratégica para o governo chinês.

Além disso, o histórico de Musk em transformar empresas deficitárias em negócios lucrativos, como fez com a Tesla, reforça sua capacidade de gerir uma plataforma complexa como o TikTok.

Contudo, a venda não seria simples. A ByteDance ainda prefere manter o controle sobre a plataforma, e as negociações, se ocorrerem, prometem ser difíceis. Em resposta às especulações, a ByteDance afirmou que “não comentará rumores ou especulações”.

Por que o TikTok está sob pressão?

O governo dos Estados Unidos argumenta que a propriedade chinesa do TikTok representa um risco à segurança nacional. Autoridades temem que dados de usuários americanos possam ser acessados pelo governo chinês ou utilizados para manipulação de opinião pública.

Embora o TikTok tenha investido bilhões de dólares para reforçar a segurança de dados nos Estados Unidos, incluindo a criação de centros de dados locais, essas medidas não foram suficientes para convencer legisladores e autoridades americanas.

Outras propostas em jogo

Além de Elon Musk, outros interessados têm se apresentado como possíveis compradores do TikTok. O Project Liberty, liderado por investidores americanos, propôs não apenas adquirir a plataforma, mas também reconstruir sua infraestrutura digital nos EUA, com foco em privacidade e segurança. No entanto, a oferta de US$ 20 bilhões está significativamente abaixo do que a ByteDance pode considerar aceitável.

Outro competidor é o consórcio liderado por Kevin O’Leary, conhecido pela série “Shark Tank”. O grupo, chamado The People’s Bid for TikTok, busca apoio político, incluindo o do presidente eleito Donald Trump, para viabilizar a aquisição.

O papel da Suprema Corte

A decisão final sobre o futuro do TikTok nos EUA depende da Suprema Corte, que atualmente avalia a legalidade da exigência de venda ou proibição. Em janeiro de 2025, o tribunal ouviu os argumentos das partes envolvidas, com os juízes aparentemente inclinados a manter a lei que força a venda.

Para o TikTok, a situação é urgente. A plataforma argumenta que a proibição seria um golpe significativo para seus milhões de usuários nos EUA, além de prejudicar sua liberdade de operação. Contudo, tribunais inferiores já decidiram contra o TikTok, priorizando as preocupações de segurança nacional.

Desafios para Musk

Se Elon Musk decidir entrar na disputa, ele enfrentará desafios significativos. O primeiro é o próprio preço.

Embora o bilionário já tenha desembolsado US$ 44 bilhões pelo Twitter, o impacto financeiro de adquirir o TikTok, por um valor semelhante ou maior, pode ser substancial. Além disso, Musk precisará lidar com a transição operacional e os desafios legais que acompanham o aplicativo.

Outro obstáculo será a resistência política. Apesar de sua posição estratégica, Musk terá que convencer legisladores e reguladores americanos de que pode gerenciar o TikTok de maneira segura e eficiente.

Possíveis cenários para o TikTok

Se a venda avançar e Musk se tornar o comprador, o TikTok pode entrar em uma nova era de inovação, possivelmente incorporando características do Twitter ou até mesmo da Tesla. No entanto, se a venda não ocorrer e o aplicativo for banido, será um golpe para seus milhões de usuários americanos, bem como para os criadores de conteúdo e anunciantes que dependem da plataforma.

Enquanto isso, o consórcio Project Liberty e outros grupos continuam a pressionar pela aquisição, mas precisam lidar com a disparidade de valores exigidos pela ByteDance.

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Thiago
Thiago
14/01/2025 22:28

Isso é **** dos EUA.

Thiago
Thiago
14/01/2025 22:29

Isso é repressão dos EUA, repressão a liberdade.

Rosa
Rosa
14/01/2025 23:17

Eu não compraria o Tik Tok , pelo menos no Brasil o povo mais assistem alguns vídeos , do que criar conteúdo . O Estados Unidos que façam um tik tok americano . Não dava esse dinheiro todo p chineses .

Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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