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Heineken e Itaipava crescem, e disputa com Ambev vai acirrar entre as gigantes fornecedoras de bebidas alcóolicas

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 03/07/2021 às 10:06
Atualizado em 05/07/2021 às 07:29
Heineken - ambev - itaipava - petrópolis - bebidas alcóolicas - cervejaria
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Será que o título de maior cervejaria do planeta está ameaçado? Itaipava é de longe a empresa que mais cresce entre as produtoras de bebidas alcóolicas e a Heineken continua sendo a velha “pedra no sapato” da Ambev

Vendo sua participação de mercado caindo ao longo de 13 anos, a Ambev investiu em mudanças na marca e lançamentos de novos produtos, como a Brahma Duplo Malte, que colocaram a empresa novamente na rota de crescimento, e hoje a cervejeira possui uma fatia de 60%. Mesmo no caminho certo, a crescente competição no mercado com o Grupo Petrópolis, dono da marca Itaipava e a Heineken pode tornar uma “pedra no sapato” da Ambev, e disputa vai se acirrar entre as gigantes fornecedoras de bebidas alcóolicas.

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O alerta veio do Bank of America em relatório enviado a clientes e obtido pelo Money Times. De acordo com o banco, Itaipava e Heineken podem aumentar sua capacidade combinada em mais de 30%, enquanto a demanda não deve acompanhar esse ritmo, ou seja, mais competição e menos lucratividade para todas as marcas.

Com isso, o BofA manteve a recomendação abaixo da média do mercado (underperform), com preço-alvo de R$ 15 para os papéis da Ambev.

O banco prevê que o consumo per capita (PCC) de cerveja cresça 3% ao ano nos próximos três anos, o que deve ajudar a demanda a totalizar 15,9 bilhões de litros, ainda cerca de 0,5 bilhão abaixo da produção potencial combinada da Ambev, Petrópolis e Heineken, se aumentarem totalmente a capacidade em quatro anos.

Itaipava, é de longe a empresa que mais cresce entre as cervejarias

De acordo com o banco, o Grupo Petrópolis, dona na marca Itaipava, é de longe a empresa que mais cresce entre as cervejarias. Com base em declarações dos executivos do grupo, a empresa produziu apenas 1,4 bilhão de litros em 2011, menos da metade dos atuais 3 bilhões de litros em 2020.

Além disso, a Itaipava anunciou o desenvolvimento, em duas fases, de sua fábrica de Uberaba, o que deve permitir ao Grupo Petrópolis aumentar a sua capacidade para 4,7 bilhões, contra a capacidade instalada de 3,6 bilhões de litros em 2020.

“Estimamos que o mercado total de cerveja em 2020 era de 14 bilhões de litros, dos quais Petrópolis tinha entre 15% a 20% de participação”, afirma.

Heineken é a velha “pedra no sapato” da Ambev

A gigante produtora de bebidas alcóolicas Heineken, também tem um plano ambicioso de expansão no Brasil: irá construir uma nova fábrica na cidade de Pedro Leopoldo, em Minas Gerais, com um investimentos de R$ 1,8 bilhão e conclusão prevista para o final de 2022.

“Estimamos que esta instalação possa ser semelhante em tamanho à do Paraná em cerca de 1 bilhão de litros”, calcula. Além disso, a fabricante holandesa deve inaugurar sua fábrica em Ponta Grossa (Paraná) de 0,3 bilhão de litros, dos atuais 0,7 bilhão de litros.

“Por outro lado, esperamos que a Heineken opere com uma capacidade ociosa menor do que Petrópolis, já que a empresa recentemente apontou o fato de que não foi capaz de aumentar os volumes em 2020 devido à restrições de capacidade”, diz.

O banco espera que a Heineken produza 3,5 bilhões de litros em 2023 no Brasil, 40% do volume esperado da AmBev.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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