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Ex-diretor da ANP comenta sobre o futuro dos setores de petróleo, gás natural e biocombustíveis com a chegada do Governo Lula

20 de dezembro de 2022 às 14:11
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Felipe Kury, ex-diretor da ANP, destacou que os projetos de exploração e produção no upstream não devem ser modificados. No entanto, o setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis pode ser significativamente alterado quanto aos projetos de desinvestimentos estatais.
Foto: Agência Brasil

Felipe Kury, ex-diretor da ANP, destacou que os projetos de exploração e produção no upstream não devem ser modificados. No entanto, o setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis pode ser significativamente alterado quanto aos projetos de desinvestimentos estatais.

Para esta terça-feira, (20/12), a ansiedade em relação ao futuro dos setores de petróleo, gás natural e biocombustíveis continua a todo vapor no mercado brasileiro, com a chegada de um novo Governo Lula no próximo ano. Assim, o especialista e ex-diretor da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Felipe Kury, comentou sobre as possíveis mudanças no cenário, que, segundo ele, devem ocorrer somente no midstream e nos projetos de desinvestimentos estatais.

Conquistas no upstream do cenário de petróleo, gás natural e biocombustíveis não devem ser modificadas com o novo Governo Lula, aponta Kury

Felipe Kury destacou as conquistas no upstream (exploração e produção de petróleo) do setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis como uma das principais preocupações para o mercado atual com a transição do governo.

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No entanto, ele destaca que o Governo Lula não deverá fazer grandes alterações na regulamentação e projetos do upstream.

Nos últimos anos, houve um grande destravamento do setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis no Brasil, possibilitando investimentos diretos e indiretos de cerca US$ 428 bilhões para os próximos 10 anos, segundo plano decenal de expansão de energia da empresa de pesquisa energética EPE.

Entre esses avanços, o principal é o calendário de leilões de áreas exploratórias, além do programa de oferta permanente. Isso, pois ele oferece uma maior previsibilidade e estabilidade quanto aos investimentos na exploração.

Segundo a ANP, atualmente existem 1.068 áreas disponíveis nesse programa e, num futuro próximo, serão adicionadas mais 1.018, incluindo áreas terrestres, offshore convencional e no Pré-sal.

As conquistas para o destravamento do setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis, que estão sendo debatidas com a chegada do Governo Lula, segundo o ex-diretor da ANP, se deram principalmente devido aos avanços nos anos de 2017 e 2018.

Nesse período, houve novas resoluções sobre Exploração e Produção de Petróleo (E&P) e Conteúdo Local, lançadas pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE).

Outro avanço foi a redução de royalties para produção incremental de campos marginais e para pequenas e médias empresas, publicada pela ANP nos últimos anos.

Dessa forma, o ex-diretor da ANP acredita que a chegada do Governo Lula pouco influenciará nesses avanços do upstream, principalmente em projetos de exploração no Brasil.

Midstream do setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis pode ser afetado com a chegada do novo Governo Lula, destaca ex-diretor da ANP

Em contrapartida ao que pode acontecer no upstream do setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis, Felipe Kury acredita que no midstream (refino/gás natural), o movimento de desinvestimentos da Petrobras pode sofrer impactos significativos com o novo Governo Lula.

Segundo ele, a recompra de ativos já concedidos ao mercado privado pode não ocorrer, mas é muito provável que haja uma desaceleração e até mesmo suspensão de processos de desinvestimentos e privatizações.

Nas últimas semanas, o presidente Lula anunciou à imprensa que o projeto de desinvestimento e privatização das refinarias da Petrobras não continuaria durante o seu governo.

Assim, pode-se esperar uma postura semelhante aos demais projetos de desinvestimentos no midstream do setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis.

Por fim, o ex-diretor da ANP comenta que no downstream (distribuição/revenda), a maior preocupação é com a atual política de preços da Petrobras, que utiliza a paridade internacional, e pode ser afetada nos próximos anos.

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