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Essa é a parte mais escondida do famoso monumento do Monte Rushmore que pouca gente conhece

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 13/01/2025 às 14:07
Monte Rushmore
Foto: Reprodução

Atrás da cabeça de Abraham Lincoln no Monte Rushmore, existe uma câmara secreta chamada Hall of Records.

O Memorial Nacional do Monte Rushmore é um dos ícones mais marcantes da história e cultura dos Estados Unidos. Situado no Condado de Pennington, Dakota do Sul, o monumento foi autorizado em 3 de março de 1925.

Sua construção teve início em agosto de 1927, sob a liderança do escultor Gutzon Borglum, e só foi oficialmente concluída em 31 de outubro de 1941, alguns meses após a morte de Borglum, em 6 de março daquele ano.

Apesar do planejamento inicial ser grandioso, a obra foi encerrada de maneira mais simples devido à falta de recursos.

O monumento exibe os rostos gigantes de quatro presidentes que marcaram a história dos EUA: George Washington, Thomas Jefferson, Theodore Roosevelt e Abraham Lincoln.

Washington, o primeiro presidente, foi fundamental para a criação da Constituição; Jefferson, autor da Declaração de Independência, simboliza a expansão territorial; Roosevelt, conhecido por sua política progressista, destacou-se na preservação ambiental; e Lincoln, responsável pela abolição da escravidão, representa a luta pela unidade nacional.

Originalmente, Borglum planejou que as esculturas mostrassem os presidentes de corpo inteiro, mas as dificuldades financeiras e sua morte precoce limitaram o projeto aos rostos.

Ainda assim, a grandiosidade e a precisão dos detalhes tornam o Monte Rushmore uma das maiores realizações da arte escultórica do século XX.

O “Santuário da Democracia”

Além do impacto visual, Borglum tinha uma visão maior para o Monte Rushmore. Ele o idealizou como um “Santuário da Democracia“, um local que preservasse os valores e a história americana para futuras gerações.

Parte desse plano incluía o Hall of Records, uma câmara secreta projetada para guardar documentos fundamentais, como a Constituição e a Declaração de Independência.

A ideia era criar uma galeria com 24 metros de altura e 30 metros de comprimento, acessada por uma escadaria de granito com mais de 240 metros.

As escavações do Hall of Records começaram em julho de 1938, mas, pouco mais de um ano depois, o Congresso ordenou que o foco permanecesse apenas na escultura dos presidentes, interrompendo as obras em 1939.

Mesmo assim, 21 metros foram escavados, deixando uma câmara inacabada atrás do rosto de Lincoln.

Hoje, o Hall of Records não é aberto ao público, mas ainda guarda as marcas deixadas pelos trabalhadores na década de 1930.

Fotos raras do Serviço de Parques Nacionais revelam o interior da câmara, um espaço que mantém a atmosfera quase mística do projeto original de Borglum.

Realização póstuma

Décadas após a morte de Borglum, em 9 de agosto de 1998, parte de sua visão foi concretizada. Uma sala de armazenamento foi instalada na entrada do Hall of Records.

Essa sala contém um cofre de titânio protegido por uma laje de granito, com a inscrição de uma frase do escultor:
Vamos colocar ali, esculpidas bem alto, o mais perto do céu que pudermos, as palavras de nossos líderes, seus rostos, para mostrar à posteridade que tipo de homens eles eram.

Dentro do cofre, há dezesseis painéis de porcelana esmaltada, que narram a história do Monte Rushmore, o significado dos presidentes representados e uma breve cronologia dos EUA.

Esses painéis foram projetados para resistir ao tempo, preservando a memória da nação para gerações que ainda estão por vir.

Monte Rushmore – Um monumento incompleto, mas atemporal

Embora o Monte Rushmore não tenha sido finalizado como Borglum sonhou, ele se tornou um símbolo duradouro dos valores americanos.

O trabalho meticuloso dos escultores, aliado à visão grandiosa de Borglum, continua atraindo milhões de visitantes anualmente. Mesmo os aspectos menos conhecidos, como o Hall of Records, contribuem para o fascínio em torno desse marco histórico.

Por trás da face monumental de granito, há mais do que arte e técnica; há uma narrativa de perseverança, ambição e a busca por deixar um legado que desafie o tempo.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor. Para sugestões de pauta ou qualquer dúvida, entre em contato pelo e-mail flclucas@hotmail.com.

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