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Conheça o colossal navio da Marinha Soviética, Ural SSV-33, que esbanjava poder e maestria com os seus 265 metros de comprimento

8 de maio de 2024 às 22:40
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Conheça o colossal navio da Marinha Soviética, Ural SSV-33, que esbanjava poder e maestria com os seus 265 metros de comprimento
Foto: Ural SSV-33 – um dos maiores navios do mundo/Reprodução

Conheça o navio Ural SSV-33, gigante dos mares da década de 80. O navio da Marinha Soviética contava com propulsão nuclear e chamava atenção pelo seu tamanho de 265 metros.

Ural SSV-33, um imponente navio de comando e controle com propulsão nuclear que foi operado pela Marinha Soviética a partir de 1988. Esta embarcação notável media 265 metros de comprimento, superando o porta-aviões francês Charles de Gaulle por quatro metros, e se destacava pelo seu gigantesco radome situado sobre o passadiço.

Como atuava o navio da Marinha Soviética?

O navio Ural SSV-33 abrigava uma tripulação científica e equipamentos muito avançados para realizar alertas antecipados antinucleares, com capacidades de inteligência eletrônica, rastreamento de mísseis, rastreamento espacial e funções de retransmissão ou bloqueio de comunicações para monitorar os Estados Unidos durante a Guerra Fria.

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No começo dos anos 70, a tensão entre os Estados Unidos e a União Soviética aumentou com o desenvolvimento cada vez mais eficaz de novos mísseis balísticos com capacidade de destruir o inimigo por meio de guerra nuclear. Os militares americanos criaram o conceito de “ataque de decapitação”, um ataque nuclear preventivo rápido com foco em destruir as capacidades de comando soviéticas.

A falta de bases ou instalações de vigilância soviéticas no Pacífico levou os líderes soviéticos a autorizarem a construção de um navio com capacidades de espionagem e rastreamento, com uma autonomia de navegação muito elevada e uma tonelagem muito alto.

Esse desejo deu origem ao programa com o nome de projeto 1941 “Titã”, aprovado pela Comissão Industrial-Militar do Comitê Central do Partido Comunista e pelo Ministério de Defesa da União Soviética em 1977, que resultou no navio SSV-33.

O navio da Marinha Soviética teve a quilha batida em junho de 1981 e lançado ao mar em maio de 1983 nos estaleiros de Leningrado.

Quando o navio Ural SSV-33 entrou em operação?

Uma vez finalizado e testado no mar em 1988, o navio da Marinha Soviética entrou em serviço em 30 de dezembro como o navio capitânia da seção de reconhecimento da Frota do Pacífico.

Durante a sua primeira navegação oficial de 59 dias, ele se dirigiu ao oeste da ilha de Okinawa enquanto testava seus equipamentos dos Estados Unidos do ônibus espacial Columbia e de dois satélites de espionagem eletro-óptica pertencentes ao programa militar Iniciativa de Defesa Estratégica, conhecido como “Guerra nas Estrelas”.

Conheça o colossal navio da Marinha Soviética, Ural SSV-33, que esbanjava poder e maestria com os seus 265 metros de comprimento
Foto: Ural SSV-33 – um dos maiores navios do mundo/Reprodução

Contudo, sua navegação coincidiu com o fim da União Soviética e a escassez de recursos, além de vários problemas no funcionamento complexo dos sistemas, começando a perder suas capacidades operacionais, além de ainda não contar com a infraestrutura construída para poder ser atracado no cais na base da Marinha Soviética do Pacífico, Vladivostok, e acabaria ancorado definitivamente no estaleiro Zvezda de Bolshoi Kamen.

Navio Ural SSV-33 entregava 140.000 cv

O casco do navio da Marinha Soviética foi projetado e desenvolvido nos estaleiros Báltico, com base no trabalho realizado nos cruzadores de batalha da classe Kirov, que eram movidos por dois potentes reatores de água pressurizada (PWR), modelo KN-3, capazes de gerar até 171 MW para fornecer uma potência de 140.000 cavalos, capazes de manter uma velocidade de cruzeiro de 22 nós de forma constante.

O navio Ural SSV-33 tinha uma tripulação de quase 1.000 pessoas, além de suas funções militares e científicas, possuía salas de bilhar, instalações esportivas, cinemas, duas saunas e uma piscina. 

Em 1990, um cabo defeituoso desencadeou um incêndio na praça de máquinas da popa e, em 1992, seus reatores foram finalmente desligados.

A partir de então, até 2001, quando foi desativado, o navio serviu como alojamento para oficiais da frota com uma tripulação mínima e praticamente sem manutenção. Em 2010, foi finalmente dado baixa e começou a ser desmontado.

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