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Cientistas desenvolvem turbina gigante capaz de substituir represas hidrelétricas

4 de agosto de 2021 às 11:30
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Estas turbinas são projetadas para aproveitar a correnteza dos rios, sem a necessidade de represas. [Imagem: Natel Energy Inc.]

Usinas hidrelétricas geram dúvidas a respeito da sustentabilidade e cientistas criam uma turbina fixada diretamente no fluxo dos rios, eliminando a necessidade de construir uma represa

A fonte hídrica é uma das maiores do mundo, responsável atualmente por metade de toda a produção de energia renovável. Entretanto, a sustentabilidade das usinas hidrelétricas tem sido um grande questionamento, já que construir represas tem sido quase igual a instalar termelétricas. Sendo assim, uma equipe de cientistas da Universidade de Michigan, nos EUA, criaram uma turbina gigante que recebeu o nome de “turbinas de correnteza”, que elimina a necessidade de criar represas. Está em busca de vagas de emprego? A Rede Globo abriu processo seletivo com centenas de vagas de estágio para estudantes do ensino técnico e superior.

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De acordo com um dos cientistas, Suyog Chaudhari, as turbinas, que podem substituir as usinas hidrelétricas em alguns casos, podem ser colocadas nos canais dos rios e não interferem de forma significativa o fluxo natural do rio. Os cientistas criaram um modelo hidrológico que gera expectativas sobre a energia gerada pelos dois tipos de hidrelétricas aproveitando toda a bacia hidrográfica.

No caso da usina hidrelétrica de Belo Monte, os cientistas chegaram à conclusão que dois terços da energia produzida pela usina poderiam ser geradas utilizando apenas turbinas na correnteza do rio Xingu, sem que seja necessária a construção de uma represa. Os especialistas ainda ressaltaram que dependendo da localidade, os resultados das turbinas tendem a ser ainda melhores.

Segundo Chaudhari, em cinco locais selecionados, onde há planos de serem construídas barragens para usinas hidrelétricas em um futuro próximo, foi descoberto que a totalidade de energia poderia ser gerada com a utilização das novas turbinas de correnteza.

Além disso, também foi descoberto que a geração através de turbinas de correnteza pode ser mais barata do que com as usinas hidrelétricas de barragens, isso por conta dos custos ambientais e sociais que são muito menores quando se é utilizado as turbinas na corrente do rio.

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Parceria com a Natel Energy promete revolucionar a indústria

Os engenheiros do Laboratório Nacional de Energia Renovável dos EUA, também construíram seu próprio modelo para analisar e estudar a questão, e já estão com a “mão na massa”, em uma parceria com a empresa Natel Energy.

Neste caso, a abordagem é mais ampla, entretanto híbrida, incluindo pequenas usinas hidrelétricas e lagoas de armazenamento em cada cachoeira, com o objetivo de criar um sistema para atender à necessidade de energia regional e garantir um fornecimento estável. De acordo com a cientista, Gia Schneider, a questão foi abordada nas frentes de sustentabilidade ecológica e econômica, construindo um modelo que ajudou a compreender as compensações entre os impactos do fluxo a jusante e receitas.

De acordo com a pesquisadora, o estudo mostrou que a redução de receita das mudanças operacionais que é demandada para que seja atingido todos os objetivos ambientais é pequena, menos de 4%.

Turbinas de pequeno porte ligadas em série

Os cientistas estão trabalhando em pequenas turbinas que possuem capacidade de serem utilizadas em série para aproveitar da melhor forma o fluxo dos rios sem que seja necessária a construção de represas, preservando a conectividade do rio para os peixes, navegação e sedimentos.

Segundo os cientistas, com a utilização de sistemas e controles eletrônicos de potência, a pequena usina hidrelétrica pode ser gerenciada com os outros nós para atender a necessidade de energia.

Essa flexibilidade faz com que a usina produza energia renovável de confiança, com armazenamento de energia despachável quando necessário, tornando possível que os operadores do sistema integrem na rede de recursos de energia renovável menos flexíveis, como a energia eólica e a solar.

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