Bolso dos consumidores particulares, motoristas de aplicativos e taxistas não suportam altas constantes nos preços da gasolina, etanol, diesel e GNV, e brasileiros recorrem aos carros elétricos
Com a disparada constante nos preços da gasolina, etanol, diesel e GNV, faz consumidores brasileiros recorrerem aos carros elétricos. De janeiro a julho de 2021 foram vendidos no Brasil, segundo dados levantados pela CARCON AUTOMOTIVE, 17.554 veículos leves eletrificados contra 9.263 no mesmo período em 2020. Esses dados mostram um crescimento nas vendas de 85% nesse segmento, enquanto as vendas totais de veículos leves tiveram um aumento total de 25%.
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No gráfico abaixo vemos a participação de vendas dos veículos leves eletrificados ao longo dos últimos anos, comparadas às vendas totais e podemos notar um crescimento nessa participação bastante interessante, considerando-se a ausência de uma estratégia para o setor.
Expectativa é de 35.500 carros elétricos sejam vendidos até o final de 2021
A projeção da CARCON AUTOMOTIVE para o final de 2021 é de atingirmos 35.500 carros elétricos vendidos, ou um aumento de 88% sobre 2020. Ainda longe de muitos países que implementaram estratégias específicas para o incentivo da eletrificação veicular, notamos um aumento importante na tendencia. No gráfico abaixo vemos a distribuição por tipo de tecnologia:
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No gráfico seguinte vemos a distribuição das vendas por montadora, com predominância da Toyota, graças ao grande sucesso de vendas de seus modelos híbridos.
Petrobras estuda possibilidade de elevar novamente os preços da gasolina e do diesel nas refinarias
Executivos da Petrobras apresentaram na última segunda-feira (dia 27), em uma entrevista coletiva convocada às pressas, explicações sobre a formação do preço da gasolina e do diesel, cuja alta foi mencionada mais cedo pelo presidente Jair Bolsonaro em cerimônia em Brasília como um dos fatores que alimentam a inflação. O diretor-executivo de comercialização e logística, Cláudio Mastella disse que a Petrobras está avaliando elevar preços de combustíveis em suas refinarias.
Mastella, executivo da Petrobras pontuou que, nos últimos meses, houve mudanças significativas no mercado internacional, mas que grande parte delas foi compensada por flutuações do câmbio no sentido contrário. No entanto, uma redução de oferta de petróleo, especialmente nos Estados Unidos, e uma perspectiva de elevação da demanda internacional de energéticos tem puxado os valores para cima. “Em função disso, a gente está olhando com mais carinho, com cuidado, a possibilidade de reajuste nos combustíveis sim”, disse Mastella.
O desespero de alguns consumidores brasileiros para abastecerem seus veículos tem os levado a realizarem a troca da gasolina por gás de cozinha. A prática tem se tornado cada vez mais frequente mesmo havendo casos de explosões
A nova ‘moda’ entre os consumidores é fazer a conversão clandestina de veículos a gasolina para que possam ser abastecidos com GLP, comumente conhecido como gás de cozinha. A prática tem se tornado frequente e já possui alguns casos de explosões graves. Em sites de comércios eletrônicos, como o Mercado Livre, o chamado “kit para conversão de automóveis para GLP” está sendo comercializado por valores que variam de entre R$ 500 a R$ 1 mil. Os vendedores prometem uma economia de 80%, quando na verdade, estão vendendo um risco à vida de quem adquire esse kit.
Além de ser uma prática ilegal, abastecer e se deslocar com o veículo abastecido com gás de cozinha expõe todas as pessoas dentro do carro e nas imediações a um elevado risco de explosão.
Na Câmara dos Deputados, um projeto de lei (PL 4217/19) foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), em agosto e já está pronto para ser votado em Plenário. Esse projeto tem dividido muitas opiniões no setor de gás.
Os representantes do segmento de Gás Natural Veicular (GNV) são contrários à aprovação da lei, argumentando que ela pode estimular cada vez mais a conversão clandestina e que com o aumento de demanda, deixar o gás de cozinha mais caro para as famílias, levando em consideração que atualmente cerca de 30% do GLP consumido no Brasil é importado.