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Transação bilionária marca a saída de energia a carvão da Engie; a maior geradora privada de energia do Brasil vende sua última termelétrica para Starboard e Perfin, que prometem encerrar atividades da usina até 2040

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 16/09/2022 às 15:02
Atualizado em 17/09/2022 às 14:37
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Usina termelétrica a carvão Pampa Sul Engie – Imagem -JornaldoComercio
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Engie sai do mercado de energia a carvão para investir em energia limpa. Hoje, trabalham na usina 613 colaboradores.

Como parte de sua estratégia de descarbonização, a Engie Brasil assinou contrato ontem (15/09), de R$ 2,2 bilhões, incluindo dívidas de R$ 1,8 bilhão, para venda da Pampa Sul, e marca a sua saída da geração a carvão no Brasil. Hoje, trabalham na usina 113 colaboradores diretos e outros 500 terceirizados.

A usina termelétrica, que tem capacidade de geração de 345 MW e está localizada em Candiota (RS), foi vendida para os fundos de investimento Grafito e Perfin Space X, geridos pela Starboard e pela Perfin, respectivamente. 

O projeto para construir a usina veio em 2014, por meio do leilão A-5. O contrato de fornecimento de 25 anos motivou um investimento de R$ 1,9 bilhão da Engie (na época Tractebel).

SAÚDE – MERCADO LIVRE

SAÚDE – MERCADO LIVRE

Vale lembrar que a usina tem contratos de longo prazo de venda de energia no mercado regulado (até 2044), e um custo variável que gira em torno de R$ 60 por MWh. A concessão termina em 2050.

Os novos donos vão investir cerca de R$ 150 milhões no ativo, com o objetivo de alcançar uma redução das emissões de carbono em até 5% (75 mil toneladas de CO2 equivalente/ano). Alem disso, estão se comprometendo a encerrar as atividades da usina até 2040 – dez anos antes do prazo da concessão – e três anos e meio antes do fim de um contrato de venda de energia no mercado regulado firmado em 2014. 

Termelétrica era o último ativo a carvão remanescente da Engie Brasil

A usina era o último ativo a carvão remanescente no portfólio da companhia e a venda está alinhada à meta da empresa de priorizar uma economia neutra em carbono. De 2013 para cá, a maior geradora privada de energia do Brasil se desfez também das usinas Alegrete e Charqueadas.

Além disso, no ano passado, a Engie vendeu o Complexo Termelétrico Jorge Lacerda, em Santa Catarina, para a Diamante Energia, que, portanto, seguirá em operação.

“Esses movimentos foram acompanhados de massivos investimentos em energia eólica e solar, além de infraestrutura de transmissão, que são os nossos vetores de crescimento para contribuir com uma matriz cada vez mais renovável para o país”, afirma Eduardo Sattamini, diretor-presidente da companhia, em comunicado.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

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