O contrato do Porto de Itajaí com a APM Terminals será finalizado no mês de dezembro e o complexo vive tempos de incerteza atualmente. Com o processo de privatização em andamento, a administração do terminal de contêineres ainda é incerta no local.
Embora seja um dos complexos portuários mais lucrativos do estado de Santa Catarina, o Porto de Itajaí passa agora por momentos de instabilidade. Isso, pois o contrato de administração do terminal de contêineres pela APM Terminals está chegando ao fim. Dessa forma, a autoridade portuária está sem contratos para a operação do terminal. O processo de privatização ainda ameaça o futuro das operações portuárias no local.
Finalização do contrato com a APM Terminals traz incertezas quanto à administração do terminal de contêineres no Porto de Itajaí
Os últimos meses do ano de 2022 estão sendo momentos de incerteza para a autoridade portuária e as empresas presentes no Porto de Itajaí.
Isso, pois o contrato de administração do terminal portuário, principal estrutura de movimentação de cargas do complexo, está chegando ao fim.
- Mais uma fábrica de celulose no Brasil! Dessa vez, a nova unidade será instalada no Paraná e terá investimento de R$ 25 MILHÕES do Grupo Technocoat
- 15 carros que vendem como ÁGUA: Basta anunciar que é negócio fechado!
- China tem sucesso em teste de ignição da sua turbina a gás de alta resistência Classe F, de 300 megawatts, em Xangai
- Mega fábrica de celulose da chilena Arauco terá investimento de US$ 4,6 bilhões e deve gerar 6 mil vagas de emprego no Brasil
A APM Terminals finalizará o acordo com a autoridade portuária já no mês de dezembro, e ainda não existem outros substitutos para a continuidade da administração do terminal pelos meses seguintes.
Além disso, o processo de privatização, que está em andamento, mas não tem previsão de ser finalizado, coloca em risco o futuro do Porto de Itajaí, que pode ser entregue ao mercado privado no próximo ano.
No momento, a principal preocupação quanto ao encerramento do contrato com a APM Terminals é o risco de descontinuidade das operações e paralisação dos negócios no terminal de contêineres do complexo, em meio ao processo de privatização.
Esse seria o mais problema para a autoridade portuária do Porto de Itajaí, visto que a estrutura é o maior arrendamento para o local.
Para resolver esse gargalo, a administração do porto chegou a tentar um acordo temporário com a companhia, mas ela continua irredutível quanto à finalização do contrato.
Além disso, em agosto, foi feita uma licitação simplificada, vencida pela CTIL Logística, mas o processo foi paralisado pela Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários).
O grupo CTIL Logística possui experiência com áreas de granéis, mas não operou anteriormente um terminal de contêineres.
Essa é a principal preocupação, além do fato de que ela pode não estar disponível para a continuidade das operações no local com o fim do contrato com a APM Terminals.
APM Terminals teria interesse em um contrato temporário, mas licitação junto à Antaq vem dificultando negócios com o Complexo Portuário
Enquanto o processo de privatização não avança para finalizar a entrega do Porto de Itajaí ao mercado privado, a única solução é o contrato temporário com licitação aberta em agosto.
Embora o contrato com a APM Terminals esteja finalizando e a empresa não tenha interesse em um novo acordo por fora, ela afirmou que teria interesse no contrato temporário ofertado em agosto.
Ela ainda afirmou que não participou da licitação de agosto porque o prazo para a entrega de propostas foi muito curto, cerca de dez dias.
O processo foi paralisado pela Antaq por irregularidades e necessidade de ajustes, mas o executivo Aristides Russi Junior, diretor superintendente da APM Terminals Itajaí, afirma que é essencial a tomada de decisão urgente pela agência quanto ao futuro do terminal de contêineres.
“O navio quando sai da Ásia, que é nossa principal rota, demora 45 dias para chegar. Então os armadores precisam tomar essa decisão já, as cargas precisam sair de lá com destino definido”, destacou.
Em meio às incertezas quanto à privatização e ao futuro da operação do terminal de contêineres, só resta ao Porto de Itajaí aguardar a decisão da Antaq.