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Petroleira britânica Shell agora investe no mercado de energias renováveis com licenciamentos de projetos de energia eólica offshore

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 25/08/2022 às 07:05
Mirando no mercado da transição energética e nas novas energias renováveis no Brasil, a companhia de petróleo e gás Shell está com licenciamentos de projetos de energia eólica offshore em análise e pretende investir no segmento pelos próximos anos.
Foto: Freepik

Mirando no mercado da transição energética e nas novas energias renováveis no Brasil, a companhia de petróleo e gás Shell está com licenciamentos de projetos de energia eólica offshore em análise e pretende investir no segmento pelos próximos anos.

A companhia de petróleo e gás natural Shell Brasil está com seus olhares voltados para o cenário de transição energética nacional favorável aos projetos de energias renováveis. Dessa forma, a empresa pretende investir no segmento e agora está com licenciamentos em análise no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para a produção de energia eólica offshore no Brasil nos próximos anos.

Mercado de energias renováveis com foco nos projetos de energia eólica offshore no Brasil é a principal aposta da companhia Shell para o futuro

O mercado brasileiro e os grandes players da economia nacional já estão de olho no futuro do segmento da transição energética, assunto cada vez mais debatido no país, e se preparam para voltar seus investimentos à produção de energias renováveis.

Entre as empresas que estão de olho nesse setor, a companhia de petróleo e gás natural é a principal dela e está desenvolvendo projetos de sustentabilidade no país.

De acordo com o presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa, a empresa está caminhando “a passos largos” para entrar no mercado de energia renovável e pretende focar no segmento ao longo dos próximos anos.

O executivo participa do Shell Talks, em painel cujo tema é a Agenda ESG, e vem comentando sobre o novo posicionamento da gigante no ramo de petróleo e gás natural quanto à frente da transição energética no Brasil.

A companhia vem agora focando no licenciamento de projetos de produção de energia eólica offshore, uma das grandes apostas do mercado nacional para o futuro do ramo das energias renováveis no Brasil.

De acordo com o Ibama, a Shell possui atualmente um total de 18 GW de projetos para eólicas offshore no território nacional em análise, e pretende continuar expandindo esse número em capacidade instalada pelos próximos anos.

A produção de energia eólica offshore no Brasil se tornou o grande foco do Governo Federal e das grandes empresas do ramo energético e o Ibama já recebeu mais de 50 projetos nos últimos meses.

Multinacional afirma que pretende aumentar parcela de investimentos destinados à produção de energias renováveis com foco nos projetos de energia eólica offshore

O presidente da Shell Brasil, Cristiano Pinto da Costa, comentou sobre o foco atual da empresa nos investimentos no mercado nacional e disse que a Shell ainda possui uma grande ligação com o setor de óleo e gás natural, mas que trabalha para dinamizar essa presença.

De acordo com o executivo, a empresa investe anualmente cerca de US$ 8 bilhões em projetos de óleo e gás e algo da ordem de US$ 2 bilhões em energias renováveis, mas “Essa proporção deve se equilibrar nos próximos anos”, como destacou.

Ele ainda ressaltou que acredita que o momento atual da transição energética no Brasil pede que as empresas se voltem para as práticas ESG e que, as que não atenderem a essa demanda, ficarão para trás.

No entanto, ele disse que o foco principal da Shell, até a implementação dos projetos de energia eólica offshore, ainda será o mercado de petróleo e gás natural, em razão da alta lucratividade do ramo.

O presidente da Shell finalizou ressaltando que o Brasil é um país cuja indústria de óleo e gás demonstra competitividade, especialmente com o pré-sal, que colocou o país no mercado global, mas que caminha agora para um novo cenário da produção de energia e recursos derivados do setor.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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