A Petrobras esclarece, “há uma diferença entre hibernação de um ativo e interrupção temporária de produção. A hibernação não prevê retorno da produção no curto prazo
Petrobras emitiu uma nota na tarde deste dia (26) sobre às informações veiculadas na imprensa de que a companhia estaria retomando atividades de campos terrestres que teriam sido hibernados. Petrobras quer vender toda sua participação da Braskem até o ano que vem
Leia também
- Usina Nuclear Angra 3 não precisa de aporte financeiro internacional para ser construída, diz presidente da Eletronuclear
- SBM Offshore inicia fabricação do topside do FPSO Mero 2, no estaleiro EBR, no Rio Grande do Sul
- Eneva começa a perfuração de um novo poço de petróleo, no Maranhão
A Petrobras esclarece que não houve qualquer decisão de hibernar campos em terra. Desta maneira, é falsa a informação de que a diretoria da Petrobras “voltou atrás e suspendeu” a hibernação de tais campos. Não há como voltar atrás numa decisão que não foi tomada originalmente., disse a Petrobras por meio de nota.
A estatal informou que a decisão de hibernação, anunciada ao mercado em 26/3, abrange somente 62 plataformas de campos em águas rasas, nas bacias de Campos, Sergipe, Potiguar e Ceará.
Essas unidades não apresentam condições econômicas para operar com preços baixos de petróleo. A companhia destaca também que 80 por cento dessas plataformas não são habitadas e que nenhum trabalhador da Petrobras foi demitido em razão da hibernação. Todos os empregados foram realocados em outras áreas da companhia.
Atualmente a estatal opera 168 campos terrestres, onde no primeiro trimestre deste ano a produção somou 114 mil barris de petróleo por dia, dos quais 14 campos tiveram a produção temporariamente suspensa para garantir a segurança dos trabalhadores diante da pandemia e também por conta dos baixos preços de petróleo.
No entanto, a companhia afirma que não se trata de hibernação. A produção paralisada corresponde a cerca de 200 barris por dia na produção de óleo da Petrobras, ou seja, 0,01% da produção total da empresa.
A Petrobras esclarece, “há uma diferença entre hibernação de um ativo e interrupção temporária de produção. A hibernação não prevê retorno da produção no curto prazo e, para isso, requer uma série de procedimentos de condicionamento dos equipamentos para que a unidade fique parada com segurança por um longo período de tempo”.
“Já os procedimentos para interrupção temporária deixam a unidade preparada para um retomo mais imediato da produção, se houver viabilidade para tal. Em ambos os casos ocorre interrupção de produção e são mantidas as atividades de manutenção e conservação, de forma a manter a segurança e a integridade das instalações”, conclui a Petrobras.
A Petrobras segue avaliando permanentemente os resultados econômicos de seus ativos, que têm que se demonstrar rentáveis diante novo cenário de preços baixos de petróleo.
São esses resultados econômicos que determinam a decisão de interromper a produção dos campos, podendo, portanto, haver interrupções adicionais, caso se mostrem necessárias.
As medidas de proteção do caixa da companhia adotadas até o momento buscam preservar a sustentabilidade da empresa nesta que é a pior crise da indústria do petróleo em cem anos. As ações da Petrobras estão em linha com o que toda a indústria global de petróleo está fazendo para superar os impactos dessa crise.
