De acordo ou não, todos os povos no mundo não tem mais saída: direcionar suas ações de acordo com os indicadores dos temas ambientais, sociais e de governança (ASG) para continuar respirando. Afinal, mais do que alcançar o sonho de finanças sustentáveis, pessoas e organizações vão precisar constantemente revisar os riscos e valores políticos de suas atividades, que deverão estar consonantes com os valores propostos pelas energias renováveis.
Apenas dessa forma, sua produção será melhor valorada, públicos maiores serão alcançados e, certamente, eles estarão mais engajados, e nos algoritmos esperados. Do contrário, tudo não passará de um mero roteiro para uma boa série na Netflix. É necessário encarar essa missão como uma prática de investimento para obtenção de sucesso.
É que as mudanças climáticas, mais do que uma crise ambiental, agora também representam uma crise moral. Mas você pode olhar para a questão da biodiversidade e da natureza como um copo meio cheio e enxergar nelas oportunidades de investimento. Desafiador, porém a única forma de pessoas e empresas realmente levarem a sério a transição que precisa ser feita para que enfrentemos a questão da descarbonização.
Isso porque biodiversidade e serviços ecossistêmicos já são padrão de sustentabilidade hoje e, a partir de 2023, serão mais ainda. O uso de energia renovável está dentro dessa ótica enquanto cadeia de valor, uma vez que é mecanismo essencial para a redução dos impactos negativos que as atividades das empresas exercem sobre a biodiversidade, e começando a entrar no jogo de ganha-ganha.
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E enquanto sociedade civil e políticos não chegam a um consenso em suas conferências climáticas, cabe às empresas pensarem de maneira mais racional sobre como resolver tal dicotomia: Descabornização, sustentabilidade, uso de energia renovável versus finanças sustentáveis, em 2023, em 2030, em 2100. Não é simples, mas é possível, pensando numa adaptação orientada em alto nível. Repensar estruturas e contextos organizacionais são imprescindíveis para o alcance da credibilidade, desde os pequenos setores, até suas expansões geográficas, suas classes de ativos e suas unidades de negócios.
Assim torna-se possível começar a pensar em bem-estar planetário, em transição e tecnologia climática de modo a atender a logística ASG. E, ao invés de pensar em reinventar a roda, busque por alternativas e tecnologias que já foram desenvolvidas. É o caminho mais fácil, já existem muitas soluções de redução de emissão de gases poluentes disponíveis.
E não se desespere, pois de fato, ainda há muito a ser regulamentado no que diz respeito ao uso de energia sustentável de modo a garantir a sustentabilidade das finanças, sejam as individuais, sejam as corporativas. Iniciativas conjuntas se fortalecerão, iniciativas individuais se sobressairão, bem como também, ambas, fracassarão. Trata-se de pensar num mecanismo em que que a meta é a redução absoluta e, enquanto isso, ir reduzindo a intensidade que a atividade que você realiza concentra de carbono na atmosfera.
Esse é o caminho para tanto, e ele está se tornando cada vez mais natural, até mesmo porque ele tem se apresentado como único no qual empresas e investidores poderão trilhar para, de fato, poderem ser chamados sustentáveis. Independente da implementação de políticas, ou de regulamentações, para que as regras mudem, é necessário focar na mudança de resultados.