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Operadores offshore de óleo e gás do Brasil retomam planos de perfuração

8 de agosto de 2020 às 10:33
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peradores offshore de óleo e gás do Brasil retomam planos de perfuração
Platafoma de óleo e gás offshore/ Imagem: Divulgação

Apesar de possíveis atrasos devido à pandemia, a maioria das operadoras de óleo e gás disse que suas estratégias de longo prazo no Brasil não mudaram

Após serem atingidos pela pandemia COVID-19 e preços baixos, as operadoras de óleo e gás no Brasil estão retornando às atividades normais de exploração e produção e anunciando os preparativos para novas campanhas de perfuração para os próximos anos, principalmente no setor offshore.

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“Nos últimos anos o Brasil fez muitos leilões, várias empresas se comprometeram a investir e agora precisam fazê-lo. A situação do mercado está se normalizando e, embora os preços estejam em uma faixa mais baixa, isso não é necessariamente ruim para a exploração porque os custos tendem a ser menores também ”, disse Edmar Almeida, analista do Instituto de Energia da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro ao Portal BNamericas. “Pode ser um bom momento para iniciar essas atividades.”

Esta semana, a companhia Murphy anunciou que, junto com sua parceira Wintershall, está analisando dados sísmicos em seus três blocos na Bacia Potiguar, visando uma spudding do final de 2022 ao início de 2023.

A Murphy também faz parte de um consórcio com ExxonMobil e Enauta que deve iniciar uma campanha de perfuração offshore na bacia de Sergipe-Alagoas em meados de 2021. As empresas já concluíram as análises sísmicas e estão escolhendo os locais dos poços.

“Provavelmente neste mesmo mês do ano que vem já estaremos perfurando Sergipe-Alagoas”, comentou o CEO da Enauta, Lincoln Guardado, durante uma teleconferência na quinta-feira (06).

A Enauta também estuda perfurar no próximo ano um quarto poço produtor de óleo e gás em seu campo offshore de Atlanta, em águas rasas da bacia de Santos

“Acompanhamos os cenários de longo prazo para a commodity, que é o que embasa nossa decisão de investimento”, acrescentou Guardado.

Enquanto isso, a estatal Petrobras também disse que embora não planeje novas campanhas para seus blocos offshore do pré-sal neste ano, mais poços poderiam ser perfurados nessas áreas em 2021. A empresa adquiriu sete blocos nas bacias de Campos e Santos e espera-se que anuncie planos de investimento em exploração atualizados até dezembro.

Ainda no pré-sal, a Shell, a estatal colombiana de petróleo Ecopetrol e a Chevron confirmaram nesta semana que continuam interessadas no bloco de Saturno, no offshore da bacia de Santos, apesar de o primeiro poço perfurado sair seco, o que pode significar planos de novas perfurações no curto prazo. A Shell vê o pré-sal brasileiro como destino preferencial de investimentos, mesmo com preços baixos, devido à sua alta produtividade.

“A competitividade de uma bacia é muito importante na alocação de capital não só para a Shell, mas para qualquer empresa com orçamento reduzido. Nesse contexto, o Brasil tem uma oportunidade única com o pré-sal ”, disse o diretor de produção da Shell, Cristiano Pinto, durante webinar realizado pelo banco Safra na sexta-feira (07).

Exploração de óleo e gás no Brasil

A exploração no Brasil está retraída desde 2014, não apenas devido à queda nos preços do petróleo, mas também por causa das dificuldades financeiras que a Petrobras enfrentou depois que uma grave corrupção foi descoberta pela operação Lava Jato. Cerca de 208 novos poços de petróleo e gás foram perfurados em 2019, bem abaixo da média anual de 537 em 2010-18 e muito longe do recorde de 816 em 2012.

A expectativa era que a exploração de óleo e gás começasse a se recuperar em 2020, uma vez que o país fez várias atualizações regulatórias nos últimos anos que levaram ao sucesso nas licitações de 2017-19 para blocos exploratórios. No entanto, a crise sanitária levou o regulador ANP a conceder nove meses extras às empresas que desejam estender os prazos para compromissos exploratórios. Mesmo com atrasos, a maioria das operadoras disse que suas estratégias de longo prazo no Brasil não mudaram.

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