O Brasil estaria melhor sob Bolsonaro? Bruno Perini e Charles Mendlowicz debatem a economia, a dívida pública e as decisões fiscais do governo. A gestão de gastos, o impacto do mercado financeiro e a estratégia política são analisados com profundidade. Descubra como escolhas econômicas moldam o futuro do país!
Em tempos de instabilidade econômica e debates acalorados sobre os rumos do país, surge uma questão provocadora: o Brasil estaria em uma situação melhor se Jair Bolsonaro ainda ocupasse a presidência?
Essa reflexão ganha força em meio a análises sobre gastos públicos, reformas econômicas e a confiança do mercado.
Especialistas divergem sobre como o cenário econômico poderia ser diferente sob uma gestão de direita. Mas será que essa mudança de liderança traria estabilidade ou aprofundaria desafios?
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A gestão fiscal e o impacto nos gastos públicos
Bruno Perini, do canal Você Mais Rico, destaca durante sua participação ao canal PrimoCast que a condução da economia não depende apenas do presidente, mas da forma como o país é administrado.
Ele relembra que o teto de gastos, criado durante o governo de Michel Temer, deveria vigorar até 2026, mas foi substituído pelo arcabouço fiscal na gestão atual.
“O teto de gastos nunca funcionou plenamente no Brasil, exceto no governo Temer. Mesmo furado, ele era melhor do que a estrutura atual”, afirmou Perini.
Ele critica as constantes alterações no novo arcabouço fiscal, apontando que a flexibilidade nas regras tem permitido gastos excessivos.
Segundo Perini, mesmo com Paulo Guedes à frente da economia no governo Bolsonaro, o teto de gastos não foi respeitado.
Contudo, ele pondera que, caso a administração tivesse sido mais austera, a confiança do mercado poderia ter sido maior, impactando positivamente os juros e, consequentemente, o déficit nominal.
“Se houvesse mais confiança no governo, os juros poderiam estar mais baixos, reduzindo o déficit”, destacou.
A dificuldade em cortar gastos públicos
Charles Mendlowicz, conhecido como o Economista Sincero, aponta que reduzir despesas no Brasil é um grande desafio, independentemente da ideologia política.
Ele relembra exemplos internacionais, como a crise grega, para ilustrar como momentos de crise facilitam cortes drásticos.
“Depois de uma crise, fica mais fácil implementar reformas, como aconteceu com Temer, que aprovou a reforma trabalhista e a previdenciária após a crise econômica do governo Dilma”, explicou Mendlowicz.
Para ele, governos de esquerda, por sua natureza, tendem a evitar cortes de gastos, o que dificulta ajustes fiscais.
Mendlowicz também critica a ausência de uma gestão pública profissionalizada, onde cargos estratégicos deveriam ser ocupados por especialistas qualificados.
“No setor privado, você contrata o melhor para cuidar das finanças. Por que não fazer o mesmo no governo?”, questionou.
Popularidade e reeleição influenciam as decisões econômicas
Bruno Perini ressalta que as decisões dos políticos são guiadas pela busca de popularidade e pela reeleição.
Ele argumenta que medidas econômicas impopulares raramente são adotadas, pois os governantes preferem agradar o eleitorado com aumentos de gastos. “É mais fácil se reeleger gastando mais, não menos.
A lógica é imprimir dinheiro para agradar o máximo de pessoas”, comentou Perini.
Essa lógica, segundo ele, explica por que medidas de ajuste fiscal são deixadas para o próximo governo.
Ele observa que o aumento de benefícios sociais, como o reajuste do salário mínimo e a expansão do Bolsa Família, pode fortalecer a base de apoio do governo atual.
“O governo ganha apoio com esses benefícios, mas isso não ajuda no controle das contas públicas”, afirmou.
Os desafios estruturais da economia brasileira
Charles Mendlowicz reforça que a estrutura política brasileira dificulta a implementação de políticas econômicas consistentes.
Para ele, a confiança do governante nos indicados para cargos estratégicos muitas vezes se sobrepõe à competência técnica.
“Governantes preferem nomear pessoas de confiança, mesmo que não sejam as mais qualificadas”, criticou.
Ele também mencionou a dificuldade de romper com práticas políticas tradicionais, como o uso de fundos eleitorais.
Mendlowicz citou o Partido Novo como exemplo de partido que abriu mão do fundo eleitoral e, por isso, teve dificuldade em manter relevância política.
“O Novo reduziu seu tamanho por não usar o fundo eleitoral, competindo em desvantagem com partidos que utilizam esses recursos”, explicou.
O peso da dívida pública e os juros altos
Perini chamou atenção para o impacto dos juros altos na dívida pública.
Ele destacou que o déficit primário do Brasil, em relação ao PIB, não é tão expressivo, mas os juros elevados aumentam significativamente o resultado financeiro negativo.
“Os juros altos pesam mais do que o déficit primário. Se houvesse mais confiança no governo, os juros seriam menores”, reforçou.
Ele alertou que o crescimento da dívida pública, que pode alcançar 100% do PIB, traz consequências graves.
Para equilibrar as contas, o governo pode ser forçado a emitir mais moeda, o que contribui para a desvalorização do real.
“Com mais dinheiro circulando e a mesma quantidade de bens, o poder de compra diminui”, alertou Perini.
O Brasil estaria melhor?
A resposta para a pergunta inicial não é simples.
Bruno Perini e Charles Mendlowicz apontam que, independentemente de quem estivesse no poder, os desafios econômicos exigem medidas impopulares e disciplina fiscal.
A gestão Bolsonaro enfrentou a pandemia, enquanto o governo atual lida com suas próprias dificuldades.
O cenário hipotético de uma continuidade do governo Bolsonaro levanta dúvidas sobre a adoção de políticas mais rígidas ou a manutenção de práticas que já vinham sendo criticadas.
E você, acredita que o Brasil estaria em uma situação econômica melhor sob a liderança de Jair Bolsonaro? Deixe sua opinião nos comentários e participe do debate!
Lula e Bosonaro são reféns de ideologias extremistas e estão longe da legalidade e do verdadeiro patriotismo e o bem do povo. Não sobrevivem sem populismo fanático… Eles são assim e assim vão passar ã história e o Brasil pagará a conta.
O nosso imposto de renda e muito alto ,os governantes deveria baixar mais ainda
Eu acho que não. Deveríamos se preocupar mais com os juros. O governo junto com o congresso fazer uma proposta de acabar .