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O Boom no mercado offshore de petróleo do Brasil pode significar perigo, afirma jornalista norte americano

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 01/12/2020 às 09:59
offshore - petróleo - jornalista
Colaboradores do mercado offshore
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Um jornalista dos EUA afirma que o boom no mercado de petróleo offshore do Brasil, especialmente nos campos de petróleo offshore do pré-sal em águas profundas, continuam a crescer, apesar dos preços mais baixos do petróleo e do forte impacto da pandemia COVID-19 e isso pode ser um perigo.

A forte demanda das refinarias asiáticas, especialmente as do mercado offshore China, por óleos crus mais leves e doces fez com que a demanda pelo petróleo brasileiro aumentasse desde o final de 2019, afirma jornalista norte americano. A pandemia de COVID-19, uma segunda rodada de bloqueios entre as maiores economias da Europa, uma economia mundial em desaceleração rápida, e um panorama econômico global ruim pouco fez para conter a sede insaciável da China por petróleo bruto.

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Importação de petróleo aumentou 11%

Dados apresentados por jornalistas da Reuters mostram que as importações de petróleo bruto da China nos primeiros 10 meses de 2020 aumentaram quase 11% ano a ano, para o equivalente a 11 milhões de barris por dia. O Brasil emergiu como um fornecedor chave de petróleo bruto para a segunda maior economia do mundo. Isso pode ser atribuído à introdução da IMO 2020 em janeiro, que reduz significativamente o teor de enxofre dos combustíveis marítimos e é um dos principais impulsionadores da crescente demanda asiática pelo petróleo bruto doce do Brasil.

O impulso global para reduzir as emissões significa que a demanda por óleos mais leves, mais doces e com baixo teor de enxofre, que são mais baratos e fáceis de refinar, continuará crescendo.

Brasil é o maior fornecedor no mercado offshore da china

A maior economia da América Latina é agora o terceiro maior fornecedor de petróleo para a China, em comparação com o quinto lugar em 2019. Há temores de que as últimas notícias da Petrobras, a petrolífera nacional brasileira, possam inviabilizar o boom do petróleo offshore no Brasil. A principal empresa de energia integrada anunciou recentementeseu Plano Estratégico 2021-2025, onde sinalizou um corte acentuado de 27% nos gastos em comparação com um ano atrás, para US $ 55 bilhões. Isso, segundo a Petrobras, se deve ao impacto da pandemia COVID-19 sobre a demanda por petróleo bruto e produtos derivados, levando a uma queda acentuada dos preços do petróleo.

Embora isso tenha causado alguma consternação sobre como isso afetará o crescente boom do petróleo offshore no Brasil, as consequências devem ser mínimas. A Petrobras afirmou que pretende gastar US $ 46 bilhões, ou quase 84% do orçamento de CAPEX planejado, em exploração e produção com foco em seus ativos de petróleo do pré-sal. São os vastos campos de petróleo do pré-sal em águas profundas do Brasil que produzem os óleos crus de grau médio doce que se tornaram tão populares na China e estão ganhando maior participação de mercado em outras partes da Ásia.

Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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