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Ministério de Minas e Energia (MME) diz que Brasil deverá atrair investimentos para mineração de metais, como lítio e níquel, para baterias com foco na descarbonização

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 15/06/2022 às 09:05
Com a transição energética em alta no mercado mundial, o MME espera que o Brasil possa atrair fortes investimentos na produção de metais para baterias, como o níquel e o lítio, para a utilização na descarbonização do setor automobilístico no futuro.
Foto: Shutterstock
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Com a transição energética em alta no mercado mundial, o Ministério de Minas e Energia (MME) espera que o Brasil possa atrair fortes investimentos na produção de metais para baterias, como o níquel e o lítio, para a utilização na descarbonização do setor automobilístico no futuro.

Para essa quarta-feira, (14/06), o Ministério de Minas e Energia (MME), está projetando uma nova onda futura de investimentos para o setor da mineração com foco nos metais utilizados para a fabricação de baterias. São eles o lítio, níquel e cobre, que deverão receber fortes investimentos nos próximos anos, já que a descarbonização do setor automobilístico é a nova aposta do mercado global para a transição energética que vem ocorrendo no mundo.

Investimentos em produção de metais para fabricação de baterias deverão acontecer no Brasil ao longo dos próximos anos, segundo projeções do Ministério de Minas e Energia

O mercado internacional está cada vez mais focado na busca por alternativas viáveis para a transição energética e a utilização de veículos elétricos está cada vez mais em alta no mundo inteiro. Dessa forma, o MME prevê que a nova aposta do mercado brasileiro de mineração seja a atração em investimentos para a produção de metais para a fabricação de baterias, como o níquel, o cobre e o lítio. Fortemente explorados no território nacional e podem ser essenciais para esse mercado de descarbonização. 

O MME ainda está projetando que uma nova regulamentação seja desenvolvida em torno da mineração de metais de descarbonização, com foco na simplificação do desenvolvimento de novos empreendimentos para a exploração dessas matérias-primas.

Assim, o Brasil, maior produtor de minério de ferro depois da Austrália, busca atrair mais exploração e desenvolvimento de minerais essenciais para a transformação de energia limpa. Isso, pois o mercado internacional e as grandes empresas do ramo energético podem voltar os olhares para as reservas dos metais para baterias no Brasil. 

Além disso, o Governo Federal agora está buscando novas regulamentações quanto ao segmento e novas descobertas geológicas no Brasil, além de se unir a alguns grupos indígenas para viabilizar a exploração de metais de descarbonização em áreas indígenas.

Essas informações foram reveladas pelo executivo Pedro Paulo Dias Mesquita, secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (SGM) do MME, que reafirma o compromisso do MME em agir junto ao Governo Federal em busca de novos investimentos para o setor mineral brasileiro com foco na fabricação de baterias. 

Governo e MME se unem para atrair investimentos para projetos de exploração de metais em busca da descarbonização do mercado global

Embora tenha uma grande relevância no cenário mundial de mineração, o Brasil ainda precisa de mais investimentos quanto aos metais de descarbonização utilizados para a fabricação de baterias.

O principal exemplo disso é o lítio, visto que, mesmo que a produção seja acentuada, o país ainda fica atrás de outras nações como, por exemplo, o Chile e a Argentina, que conseguem aproveitar melhor a exploração desses metais no mercado internacional. 

No entanto, o MME agora projeta no estado de Minas Gerais o futuro da exploração de metais para baterias no Brasil, já que as reservas de níquel, lítio e cobre no estado são abundantes para o setor da mineração. Assim, Pedro Paulo Dias Mesquita, secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral (SGM) do MME, destacou que “Espero pelo menos cinco grandes projetos em cada um deles no Brasil nos próximos 10 anos” e disse que isso é apenas o começo para o mercado nacional. 

Dessa forma, o Brasil embarca em uma jornada de expansão no cenário mundial de descarbonização com projetos futuros para a exploração mineral de metais voltados para a fabricação de baterias, o que pode trazer grandes perspectivas de crescimento socioeconômico ao país.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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