Presidente da Petrobras disse durante audiência pública na Câmara dos Deputados, sobre as vendas de ativos da petroleira, que o fundo Mubadala sinalizou interesse em comprar petróleo de origem nacional
No dia 25 de junho, aconteceu uma audiência pública na Câmara dos Deputados, sobre as vendas de ativos da petroleira. Na reunião, o novo presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna, afirmou que o fundo Árabe Mubadala, que comprou a refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, ofereceu a compra de petróleo brasileiro como matéria-prima para a refinaria nordestina. “[O Mubadala] já se prontificou a comprar petróleo brasileiro”, disse Silva e Luna.
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As duas empresas estão finalizando a venda da refinaria por $1,65 bilhão quase um ano após iniciarem as negociações exclusivas pelo ativo, em meio à incerteza no mercado de petróleo causada pela pandemia de Covid-19.
Rlam é a primeira refinaria vendida no portfólio de desinvestimento em downstream da Petrobras
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a transação histórica mais cedo neste mês.
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A Rlam é a primeira refinaria vendida no portfólio de desinvestimento em downstream da Petrobras, e representa metade do total da capacidade doméstica de processamento de 2,2 milhões de b/d.
Contratos de curto prazo de serviços e fornecimento são prováveis para as sete outras refinarias que a Petrobras pretende vender até o final do ano, disseram executivos da empresa à Argus. Mas com outros fornecedores domésticos de petróleo no mercado, como a Shell e a Galp, a Petrobras terá mais petróleo disponível para exportação nos próximos anos.
A Petrobras espera que seu portfólio de exportação aumente de 445.000 b/d em 2015-19, para 891.000 b/d em 2021-25, refletindo o aumento na produção do pré-sal e os desinvestimentos em downstream.
Sindicato questiona o preço de venda da Rlam
Apesar de diversas derrotas judiciais, sindicatos dos petroleiros e políticos da oposição continuam a questionar o preço de venda da Rlam. Sindicatos representados pela Federação Única dos Petroleiros (FUP) tentaram bloquear as vendas das refinarias e pressionar a Petrobras a abandonar a política de preços baseada no mercado, que sustenta a venda das refinarias. Tal pressão deve aumentar conforme o Brasil se aproxima das eleições no final do ano que vem.
Na audiência da semana passada, Silva e Luna afirmou novamente que a empresa não pretende abandonar a paridade de preços com a importação, e destacou que o país depende da importação de combustíveis. Quando o presidente Jair Bolsonaro nomeou Silva e Luna, no meio de fevereiro, os investidores temeram pela interferência do governo federal na política de preços, uma possibilidade que este descartou.
O general da reserva e ex-ministro da Defesa disse que a venda das refinarias, como parte do portfólio de desinvestimento de $25 bilhões-$35 bilhões da estatal, vai ajudar a financiar a produção de petróleo do pré-sal e as campanhas de exploração das bacias fronteiriças no norte do país.
Mubadala assume dívida bilionária da Invepar e passa a controlar o metrô do Rio de Janeiro
O Mubadala, fundo de investimentos dos Emirados Árabes Unidos, irá assumir o controle da Concessionária Metroviária do Rio de Janeiro, a MetrôRio, no lugar da Invepar. O processo autorizando a mudança, assinado pelo governador Cláudio Castro, foi publicado no último dia 11 no Diário Oficial do Rio de Janeiro.
O metrô do Rio estava anteriormente sob controle da Investimentos e Participações em Infraestrutura S.A (Invepar), acionista majoritário do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.
Segundo o colunista do Globo Ancelmo Gois, o fundo árabe ajudou na reestruturação dos R$ 2.5 bilhões de dívidas da Invepar, em setembro. Em troca, ficou acordado que a Invepar abriria mão da concessão do metrô e da Linha Amarela.
No entanto, no caso da Linha Amarela, é preciso que haja a autorização da Prefeitura do Rio e do STF, onde o caso foi parar depois que o ex-prefeito Crivella chegou a encampar o pedágio da via.
A Invepar, que passa a focar no Aeroporto de Guarulhos, entrou em crise com os problemas da OAS, que teve que deixar a sociedade, depois da Lava Jato, nas mãos de um grupo de fundos de pensão.
Odebrecht articula venda da petroquímica Braskem para o fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos
A petroquímica Braskem, empresa do Grupo Novonor – antiga Odebrech, está na mira de aquisição do fundo soberano dos Emirados Árabes Unidos, Mubadala. As negociações são sobre a compra de 50,1% da empresa que faz parte do programa de recuperação judicial da Odebrecht/Novonor.
A Petrobras, que é dona do restante da Braskem, parece não se opor ao negócio. Segundo o Broadcast Estadão, ainda é esperado que outros interessados entrem em cena, como a holandesa LyondellBasell, que pode retomar as negociações pela fatia na Braskem.
A Braskem é a maior produtora de resinas termoplásticas das Américas, com volume anual superior a 20 milhões de toneladas, incluindo a produção de outros produtos químicos e petroquímicos básicos. A empresa opera 41 unidades industriais, localizadas no Brasil, EUA, Alemanha e México, neste último em parceria com a mexicana Idesa.