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Etanol criado a partir de leite deve compensar 14,5 mil toneladas de carbono por ano e ser alternativa de combustível limpo

Escrito por Valdemar Medeiros
Publicado em 16/06/2023 às 11:44
Etanol criado a partir de leite deve compensar 14,5 mil toneladas de carbono por ano e ser alternativa de combustível limpo
Foto: Leite/Getty Images

Empresa canadense descobre método para produzir combustível limpo e investe milhões de dólares na produção de Etanol a partir de leite.

Os produtores de leite do estado de Michigan, nos Estados Unidos da América, estão fechando uma nova parceria única com a Dairy Distiller, uma destilaria localizada em Ontário, no Canadá. A empresa, que gera a Vodkow, uma vodca desenvolvida a base de leite, está realizando um projeto que transforma subprodutos do leite em combustível limpo. Nesse processo, os açúcares do permeado de leite, um produto que é gerado na fase de ultrafiltração, são transformados em etanol.

Etanol a partir de leite recebe investimentos milionários

A empresa, que até então utilizava o etanol apenas na produção de vodca, está com planos de ampliar suas atividades e começar a abastecer veículos nos Estados Unidos com combustível limpo já nos próximos anos.

Para que isso seja possível, as empresas parceiras estão aplicando investimentos de aproximadamente US$ 41 milhões, o equivalente a R$ 200 milhões em conversão direta, em uma nova unidade de produção de etanol a partir de leite, que será inaugurada em 2025.

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Explicação sobre Etanol a partir de soro de leite (C. C. Bioenergia UFV)

A unidade será construída próxima a uma unidade da Associação de Produtores de Leite de Michigan (MMPA), em Constantine, onde são produzidas 14 mil toneladas de permeado de leite por ano. A nova planta contará com capacidade para processamento deste material rico em lactose e gerará 2,2 milhões de galões de etanol a partir de leite anualmente.

Vantagens do novo combustível limpo desenvolvido

A parceria construirá uma usina de etanol a partir de leite de baixo carbono no sudoeste de Michigan para garantir os suprimentos necessários de biocombustível e ajudar na redução da emissão de carbono da indústria de laticínios.

Desta forma, além de alavancar a produção do combustível limpo, a nova indústria também trará benefícios ambientais. Com o apoio de US$ 2,5 milhões (aproximadamente R$ 12 milhões no câmbio atual) do Fundo Estratégico de Michigan, a fábrica ajudará a compensar 14,5 mil toneladas de carbono anuais quando o etanol for misturado ao combustível.

A estimativa é de que o novo projeto para a produção do etanol a partir de leite ainda reduzirá o impacto dos laticínios no meio ambiente, atualmente responsável por cerca de 2% das emissões totais de gases de efeito estufa nos Estados Unidos e 20% das emissões do setor agrícola.

Novos combustíveis prometem auxiliar na descarbonização da indústria mundial

Além do combustível limpo a partir do leite, pesquisadores da Universidade de Cambridge, situada no Reino Unido, desenvolveram uma tecnologia capaz de refazer o processo de fotossíntese para transformar CO2 e água em combustível renovável.

O destaque da pesquisa é que este possa ser utilizado como combustível para veículos já presentes no mercado. Com o mundo inteiro em busca de uma forma de se afastar dos combustíveis fósseis, formas de transporte elétricos estão sendo promovidos enquanto desencorajam a venda de veículos com motores de combustão. 

Apesar da política ter a intenção correta, uma mudança obrigatória para os carros elétricos deixará milhões de carcaças no ferro velho, ao mesmo tempo que expandirá a demanda por minerais de terras raras para gerar baterias de carros elétricos. Um combustível limpo como este, produzido com energia solar, não emissor de poluentes poderia aumentar a vida útil dos modelos a combustão sem levantar preocupações sobre danos ao meio ambiente.

A pesquisa de tecnologia realizada em Cambridge promete tornar essa possibilidade uma realidade em um futuro próximo. Os biocombustíveis, como é o caso do etanol, têm sido sugeridos como substitutos dos combustíveis fósseis. os países já começaram a utilizá-los como substitutos em proporções menores.

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Valdemar Medeiros

Jornalista em formação, especialista na criação de conteúdos com foco em ações de SEO. Escreve sobre Indústria Automotiva, Energias Renováveis e Ciência e Tecnologia

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