Você sabia que um dos fenômenos naturais mais temidos pelos cientistas pode estar prestes a acontecer? Localizado na Itália, o supervulcão Campi Flegrei está dando sinais de acordar, causando preocupação na região.
Este vulcão, se entrar em erupção, pode provocar danos seríssimos não só na Europa, mas também globalmente. A magnitude da possível erupção e suas consequências para o clima e a vida na Terra estão fazendo os cientistas monitorarem a situação de perto.
O que é um supervulcão?
Conforme explica o geofísico e youtuber Sergio Sacani, os vulcões são classificados de acordo com o volume de magma presente em suas câmaras magmáticas. “Um supervulcão, como o Campi Flegrei, é medido pela quantidade de material ejetado durante uma erupção. Quando essa quantidade ultrapassa os 1000 km³ de depósitos vulcânicos em um único evento explosivo, ele é classificado como supervulcão”, explica.
De acordo com ele, as erupções desses gigantes podem alterar significativamente a atmosfera da Terra, influenciando o clima global, como ocorreu com o vulcão Hunga Tonga, cuja erupção ajudou a resfriar o planeta, mas também contribuiu para a expansão do buraco na camada de ozônio devido à liberação de grandes quantidades de vapor d’água.
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Os vulcões podem ser classificados em três categorias principais: ativos, adormecidos e extintos. Vulcões ativos estão em erupção constante ou intermitente, como o Mauna Loa no Havaí e os vulcões da Islândia e das Filipinas.
Vulcões adormecidos, como o Campi Flegrei e o Yellowstone, possuem câmaras magmáticas ainda ativas, mas não entram em erupção há muito tempo. “Vulcões extintos, por outro lado, não têm mais magma disponível para causar erupções, como é o caso do supervulcão que existia na região onde hoje fica Ribeirão Preto, extinto há cerca de 130 milhões de anos”, explica Sergio Sacani.
Os supervulcões do planeta Terra
Além do Campi Flegrei, outros supervulcões conhecidos são: Yellowstone (Estados Unidos), Valles Caldera (Novo México, EUA), Lago Taupo (Nova Zelândia), Lago Toba (Sumatra, Indonésia) e a cratera de Ngorongoro (Tanzânia).
Esses supervulcões representam uma ameaça global devido ao potencial devastador de suas erupções. A erupção de um supervulcão pode liberar grandes quantidades de cinzas e gases na atmosfera, bloqueando a luz solar e causando um “inverno vulcânico”, um período de resfriamento global que pode durar anos.
As erupções vulcânicas não só causam mudanças climáticas, mas também podem ser extremamente mortais. A erupção do Monte Tambora é considerada a mais mortal, matando entre 71 mil a 250 mil pessoas. A erupção do Krakatoa em 1883 resultou na morte de 36 mil pessoas. Esses eventos mostram a devastação que as erupções vulcânicas podem causar, tanto em termos de perdas humanas quanto de destruição ambiental.
Campi Flegrei: Uma ameaça iminente
Campi Flegrei, localizado próximo a Nápoles, é um supervulcão com uma história de erupções catastróficas. De acordo com Sergio Sacani, Os cientistas estão preocupados com os sinais de atividade recente, que incluem terremotos e elevação do solo.
Parte do vulcão está submersa, o que dificulta o monitoramento completo da sua atividade. Se Campi Flegrei entrar em erupção, poderá liberar uma quantidade massiva de material vulcânico, afetando o clima global e causando sérios problemas de saúde e transporte na Europa.
Impactos da erupção de um supervulcão
A erupção de um supervulcão como Campi Flegrei teria consequências catastróficas. “A liberação de cinzas e gases na atmosfera poderia bloquear a luz solar, causando um inverno vulcânico que afetaria a agricultura e a vida em geral”, diz Sergio Sacani.
Conforme ele, a queda de temperatura global resultante poderia levar a falhas nas colheitas, fome e crises econômicas. Além disso, a erupção poderia desencadear eventos climáticos extremos, como tempestades e inundações, exacerbando ainda mais os problemas.
A importância do monitoramento vulcânico
Monitorar a atividade dos supervulcões é crucial para prever possíveis erupções e diminuir seus impactos. Hoje, os cientistas utilizam uma variedade de técnicas, como a medição de terremotos, análise de gases vulcânicos e observação de mudanças na topografia do solo.
Conforme as informações, inclusive, diante da ameaça iminente de uma erupção do Campi Flegrei, autoridades italianas e organizações internacionais estão desenvolvendo planos de emergência para evacuar áreas de risco e minimizar os danos.
Esses planos incluem a criação de rotas de evacuação, a construção de abrigos temporários e a implementação de sistemas de alerta precoce. A colaboração entre cientistas, governos e comunidades locais é essencial para garantir uma resposta eficaz a uma possível crise vulcânica.
Você acha que estamos preparados para enfrentar uma erupção de um supervulcão como o Campi Flegrei? Deixe sua opinião nos comentários!
Não
Se não coseguimos nem resolver problemas que convivem conosco há séculos, como conseguiremos resolver uma catástrofe sem hora certa para acontecer. É torcer para que a erupção seja mais branda e minimizar os danos.