As empresas devem assinar um memorando de entendimento com o governo do estado do Ceará para fazer parte de hub de hidrogênio verde
As multinacionais Engie e a EDP tem planos para investir na produção de hidrogênio verde (H2V) no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, localizado no Ceará. Nos próximos dias, as empresas irão assinar um memorando de entendimento com o governo do estado para fazer parte do hub de hidrogênio do CIPP, que já conta com quatro memorandos assinados até agora: Enegix, White Martins, Qair e Fortescue. Veja ainda: Construção de uma nova planta de hidrogênio verde no Ceará pode receber investimentos de quase R$ 4 bilhões
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Alguns detalhes sobre a nova planta a ser construída no Ceará
O projeto de hidrogênio verde no Ceará da Engie e EDP deve ser tocado pela Ocean Winds, uma joint venture 50-50% das duas companhias, com sede na Espanha. Atualmente, a Ocean Winds está licenciando cinco parques eólicos offshore no Brasil, com 15 GW de capacidade — a maioria de grande porte.
A combinação dos portos com os novos parques eólicos offshore atrai investidores interessados no hidrogênio verde. A expectativa é que a nova fonte de energia renovável seja capaz de suprir uma parte relevante da enorme demanda de eletricidade necessária na eletrólise para sintetização do H2V. A EDP e Engie já operam no Ceará. A EDP com a termelétrica a carvão UTE Pecém – I, localizada no CIPP, e a Engie com o Conjunto Eólico Trairi.
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Uso de fontes renováveis
No caso da EDP, o hidrogênio verde é considerado essencial para viabilizar a continuidade das operações da companhia no Ceará. Como meta do seu programa de descarbonização, em janeiro a companhia desativou sua termelétrica em Sines, Portugal, também abastecida a carvão.
A EDP fazia parte de um consórcio ao lado da Galp, REN, Martifer, Vestas e Engie, que pretendia criar um hub de H2V na região onde está a usina e com isso convertê-la para a utilização de hidrogênio verde como combustível, já até o fim de 2022. Porém, em maio deste ano, EDP e Galp abandonaram o projeto.
Confira ainda: Ceará receberá investimentos de R$ 90 bilhões e pode gerar mais de 5 mil empregos, com projetos de hidrogênio verde
O governo do Estado já fechou memorando de entendimento com empresas para realizar investimentos em plantas de produção de hidrogênio verde, que podem resultar em aportes de R$ 91,25 bilhões. A previsão é que somente estas usinas gerem 5 mil empregos nas fases iniciais, sem contar com operações secundárias ou paralelas.
A empresa Fortescue Future Industries, uma subsidiária da Fortescue Metals Group, empresa de mineração que é líder global na indústria de minério de ferro, irá investir US$ 6 bilhões para construir uma planta de hidrogênio verde no estado do Ceará.
Já a Qair Brasil anunciou no fim do mês de junho que irá construir uma nova planta de hidrogênio verde, no estado do Ceará. A empresa, pertencente ao grupo francês Qair, diz que a construção do projeto está prevista para ser realizada em quatro etapas, entre 2023 e 2030.