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Estado do Ceará poderá receber mais uma planta de hidrogênio verde em projeto das multinacionais Engie e EDP

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 27/07/2021 às 22:52
Ceará – hidrogênio verde – hidrogênio
Planta de hidrogênio verde/ Fonte: Focus

As empresas devem assinar um memorando de entendimento com o governo do estado do Ceará para fazer parte de hub de hidrogênio verde

As multinacionais Engie e a EDP tem planos para investir na produção de hidrogênio verde (H2V) no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, localizado no Ceará. Nos próximos dias, as empresas irão assinar um memorando de entendimento com o governo do estado para fazer parte do hub de hidrogênio do CIPP, que já conta com quatro memorandos assinados até agora: Enegix, White Martins, Qair e Fortescue. Veja ainda: Construção de uma nova planta de hidrogênio verde no Ceará pode receber investimentos de quase R$ 4 bilhões

Alguns detalhes sobre a nova planta a ser construída no Ceará

O projeto de hidrogênio verde no Ceará da Engie e EDP deve ser tocado pela Ocean Winds, uma joint venture 50-50% das duas companhias, com sede na Espanha. Atualmente, a Ocean Winds está licenciando cinco parques eólicos offshore no Brasil, com 15 GW de capacidade — a maioria de grande porte.

A combinação dos portos com os novos parques eólicos offshore atrai investidores interessados no hidrogênio verde. A expectativa é que a nova fonte de energia renovável seja capaz de suprir uma parte relevante da enorme demanda de eletricidade necessária na eletrólise para sintetização do H2V. A EDP e Engie já operam no Ceará. A EDP com a termelétrica a carvão UTE Pecém – I, localizada no CIPP, e a Engie com o Conjunto Eólico Trairi.

Uso de fontes renováveis

No caso da EDP, o hidrogênio verde é considerado essencial para viabilizar a continuidade das operações da companhia no Ceará. Como meta do seu programa de descarbonização, em janeiro a companhia desativou sua termelétrica em Sines, Portugal, também abastecida a carvão.

A EDP fazia parte de um consórcio ao lado da Galp, REN, Martifer, Vestas e Engie, que pretendia criar um hub de H2V na região onde está a usina e com isso convertê-la para a utilização de hidrogênio verde como combustível, já até o fim de 2022. Porém, em maio deste ano, EDP e Galp abandonaram o projeto.

Confira ainda: Ceará receberá investimentos de R$ 90 bilhões e pode gerar mais de 5 mil empregos, com projetos de hidrogênio verde

O governo do Estado já fechou memorando de entendimento com empresas para realizar investimentos em plantas de produção de hidrogênio verde, que podem resultar em aportes de R$ 91,25 bilhões. A previsão é que somente estas usinas gerem 5 mil empregos nas fases iniciais, sem contar com operações secundárias ou paralelas.

A empresa Fortescue Future Industries, uma subsidiária da Fortescue Metals Group, empresa de mineração que é líder global na indústria de minério de ferro, irá investir US$ 6 bilhões para construir uma planta de hidrogênio verde no estado do Ceará.

Já a Qair Brasil anunciou no fim do mês de junho que irá construir uma nova planta de hidrogênio verde, no estado do Ceará. A empresa, pertencente ao grupo francês Qair, diz que a construção do projeto está prevista para ser realizada em quatro etapas, entre 2023 e 2030.

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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