Conforme a pesquisa feita, a economia da Rússia não está sofrendo com o embargo ao petróleo feito pelos EUA e outros países
O embargo ao petróleo da Rússia anunciado pelos Estados Unidos e outros países ocidentais não está tendo eficácia. A economia de Moscou, capital da Rússia, por exemplo, firmada essencialmente nas exportações de hidrocarbonetos, foi minimamente afetada pela interrupção das compras da commodity por outros países.
Esse é o efeito de uma pesquisa da Agência Internacional de Energia (AIE, na sigla em inglês), que expôs como “o impacto das emissões nos Estados Unidos e na União Europeia tem sido até agora limitado”.
O embargo total da importação de petróleo da Rússia por parte dos países da União Europeia (UE) só teve início no princípio de agosto. Os países membros do bloco já estavam avançando na procura por fornecedores singulares para substituir aqueles 20% do fornecimento total de petróleo garantido por Moscou.
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Porém, os membros da Rússia ainda conseguiram desviar parte do petróleo que não vai chegar mais à Europa para as economias asiáticas, essencialmente para China, Índia e Turquia.
A agência destacou que a produção de petróleo russa em julho caiu apenas 3%, com as exportações chegando a US$ 19 bilhões em julho contra os US$ 21 bilhões de junho.
AIE prevê grande consumo de petróleo na Rússia, mesmo com embargo por outros países
De acordo com previsões da AIE, o consumo de petróleo no ano de 2023 aparece muito positivo para a Rússia. Segundo especialistas da Agência, o aumento das cotações do gás está impulsionando muitas economias, especialmente em países emergentes e em desenvolvimento, a usar derivados de petróleo para produzir energia.
Com indispensáveis consequências na demanda por petróleo, e sobre os preços, além do aumento da poluição. Por isso, a AIE aumentou as suas previsões para a produção de petróleo da Rússia para o segundo semestre de 2022 e para todo o ano de 2023.
Goldman Sachs prevê uma alta na demanda por petróleo
A diminuição das cotações do petróleo nas últimas semanas, em média US$ 30 a menos em relação às máximas de junho, foi impulsionada pelo aumento da oferta internacional e pelas preocupações de desaceleração da economia. Principalmente no caso da China, por conta dos seguidos lockdowns decididos pelo governo de Pequim, para tentar conter novos surtos de Covid-19.
Em relação ao gás natural, a situação é muito diferente. Os preços voltaram a se elevar e agora estão ultrapassando os US$ 220 por megawatt-hora, elevando os preços da energia dos países da Europa para as máximas históricas.
Para o banco de investimento norte-americano, evidenciando como o mercado de petróleo vai permanecer registrando um déficit insustentável nos próximos anos, e que a única forma de rebalancear essa situação é uma redução na demanda por petróleo.
Na visão do banco americano, “é bom lembrar que é improvável que as sanções europeias contra o petróleo russo permaneçam por muito tempo, dada a dificuldade da UE em chegar a uma decisão unânime sobre o assunto e a provável oposição dos membros do Leste Europeu para implementá-las”.
Como consequência, o Goldman Sachs está revendo positivamente as previsões para o ritmo da produção de petróleo da Rússia para o ano de 2023, que poderá reduzir menos do que previsto anteriormente.
Opep não irá aumentar oferta de petróleo
Nesse sentido, a Opep, cartel de países produtores de petróleo, não deveriam tomar nenhuma ação significativa para aumentar a produção da commodity.
Porém, na última reunião do grupo, que aconteceu após o começo da guerra na Ucrânia, os países exportadores se limitaram a um aumento simbólico da produção de petróleo, de cerca de 100 mil barris por dia.