Executivo da Petrobras disse que os países produtores de petróleo vêm aumentando a produção, mas não há perspectiva para a estabilização dos preços dos combustíveis
O gerente-geral de Comercialização no Mercado Interno da Petrobras, Sandro Barreto, anunciou aos integrantes da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara dos Deputados que ainda não há perspectiva para a estabilização dos preços dos combustíveis. Ele explicou que existem pressões de aumento de consumo com o inverno no Hemisfério Norte, e com a aceleração da produção global a partir da melhoria dos números da pandemia de Covid-19. Leia ainda esta notícia: Com possível venda da Refina Gabriel Passos (Regap) da Petrobras, em Minas Gerais, preços dos combustíveis podem aumentar ainda mais
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Petrobras não sabe quando o preço dos combustíveis irá estabilizar
O representante da Petrobras informou que os países produtores de petróleo vêm aumentando a produção de derivados, mas não há como saber se o ponto de equilíbrio entre oferta e demanda está próximo.
No dia 13 deste mês, a Câmara dos Deputados aprovou projeto (PLP 11/20), que estabelece um valor fixo para a cobrança de ICMS sobre os combustíveis. Na última quinta – feira o presidente do senado, Rodrigo Pacheco, se reuniu com governadores para discutir alternativas ao projeto que altera esse cálculo. A proposta foi aprovada na câmara e é alvo de críticas dos gestores estaduais.
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Baixa concorrência
Já para o presidente da Comissão de Defesa do Consumidor, deputado Celso Russomanno (Republicanos-SP), ainda falta concorrência no setor de etanol. Ele pediu que os técnicos informem com mais detalhes se já está sendo praticada a venda direta das usinas para os postos nesse segmento. Sandro Barreto disse que, do preço médio da gasolina, de R$ 6,32, apenas R$ 2,18 são devidos à Petrobras. Os impostos estaduais e federais ficam com R$ 2,40; os distribuidores e revendedores, com R$ 0,69; e o anidro, com R$ 1,06.
Ele voltou a afirmar que a Petrobras tem preços livres, que seguem a flutuação internacional. “O mercado de commodities é extremamente volátil, nervoso. Taxa de câmbio também tem uma variação bastante intensa, às vezes de um dia para o outro. E o que a Petrobras busca na sua política de preços é justamente evitar o repasse dessa volatilidade imediata para a sua precificação no mercado brasileiro”, declarou Barreto.
Confira ainda: Petrobras defende atual política de preços de combustíveis e caminhoneiros falam em nova greve
Em entrevista ao UOL, o presidente da Petrobras, o general da reserva Joaquim Silva e Luna, defendeu sua gestão e negou que a empresa seja a responsável pela alta de preços. Silva e Luna defendeu a política de reajustes da empresa, em meio à disparada dos preços dos combustíveis e com a Petrobras no centro de críticas, inclusive da classe política. Já os caminhoneiros no último dia 16, após reunião realizada no Rio de Janeiro, prometeram uma nova paralisação, a partir de 1º de novembro.
O general disse que a Petrobras não vai aceitar intervenção, que o “tabelamento de preços sempre trouxe as piores consequências”, que a busca pelo lucro não deve ser condenada e que a decisão sobre privatizar ou não a empresa cabe ao governo. “O que evita o desabastecimento nos mercados e viabiliza o crescimento equilibrado da economia é justamente a aceitação de que os preços são determinados pelo mercado, não por ‘canetadas’”, disse Silva e Luna.
A atual política de preços da Petrobras está em vigor desde outubro de 2016, no governo do presidente Michel Temer, que estabeleceu a Paridade de Preço de Importação (PPI), repassando os aumentos dos preços do petróleo no mercado internacional e também do dólar, que subiu quase 30% em 2020 e acumula alta de 5% neste ano. A política de preços da Petrobras causou a maior greve de caminhoneiros do país, em maio de 2018, que causou desabastecimento de produtos em todo o país. Na ocasião, Temer alterou as regras dos reajustes e demitiu o então presidente da Petrobras, Pedro Parente.