A Classe Typhoon não abrange apenas o maior submarino já construído, mas uma grande feito da engenharia naval, armado com capacidades nucleares e desenhado para dominar as profundezas marítimas em missões estratégicas globais.
A emergência de submarinos de grande porte como a Classe Typhoon foi impulsionada pela necessidade de fortalecer a defesa e o domínio nos mares. Na era da globalização, assegurar as rotas comerciais e fronteiras marítimas tornou-se primordial. A Classe Typhoon não só atende a esses requisitos estratégicos como também capacita missões de reconhecimento, coletando informações vitais para a segurança nacional.
Desenvolvida pela União Soviética durante a Guerra Fria, a Classe Typhoon era a resposta ao programa de submarinos nucleares dos EUA. Projetados para transportar mísseis balísticos intercontinentais, cada um desses leviatãs pode levar 20 mísseis com ogivas nucleares, alcançando alvos a milhares de quilômetros de distância. Medindo impressionantes 175 metros de comprimento e deslocando mais de 48 mil toneladas, esses submarinos são verdadeiras fortalezas subaquáticas, capazes de operar submersos por até 120 dias, estendendo-se até 300 dias em condições especiais.
Desafios e legado da engenharia naval com a Classe Typhoon
Construir o maior submarino do mundo apresentou desafios técnicos e logísticos significativos. A Classe Typhoon exigiu avanços em materiais resistentes à pressão hidrostática, corrosão, e sistemas de suporte de vida autossuficientes. Mesmo após o fim da Guerra Fria, os submarinos da Classe Typhoon continuam relevantes, com alguns ainda em serviço e passando por modernizações para enfrentar desafios de segurança contemporâneos.
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O impacto da Classe Typhoon no cenário global é inegável, simbolizando o poder militar e a proeza tecnológica da Rússia. A construção desses colossos submarinos exigiu investimentos maciços em pesquisa, desenvolvimento e inovação, justificados pelos benefícios estratégicos e de segurança que proporcionam.
A Classe Typhoon e seus submarinos
A Classe Typhoon, também conhecida como Projeto 941 Akula, representou um marco na engenharia naval, com seis submarinos que se tornaram os maiores e mais imponentes já construídos, deslocando 48.000 toneladas cada. Desenvolvidos para fortalecer a presença naval soviética durante a Guerra Fria, esses colossos foram armados para carregar mísseis balísticos com ogivas nucleares, representando um pico na disputa submarina nuclear.
- TK-208 Dmitriy Donskoy: Primeiro da série, o Dmitriy Donskoy lançado em 1979 e comissionado em 1981, liderou a classe até sua aposentadoria em fevereiro de 2023.
- TK-202: Detalhes de sua carreira são menos conhecidos, com informações escassas sobre seu estado atual.
- TK-12 Simbirsk e TK-13: Ambos foram descomissionados e posteriormente desmantelados.
- TK-17 Arkhangelsk e TK-20 Severstal: Permaneceram em reserva antes de serem destinados ao desmantelamento.
Apesar de originalmente nomeados por números, alguns submarinos receberam nomes próprios pós-União Soviética. O Dmitriy Donskoy se destacou por testar o míssil Bulava, marcando sua longevidade até 2023.
Design e capacidades
A Classe Typhoon foi concebida para superar a classe Ohio dos EUA, carregando 20 mísseis RSM-52 com ogivas MIRV. Seu design único, com múltiplos cascos, garantia robustez e segurança excepcionais, aumentando a sobrevivência sob condições adversas.
Com uma velocidade de até 27 nós submersos e capacidade de operar sob o gelo, esses submarinos podiam permanecer imersos por 120 dias, exibindo características únicas como hidroplanos retráteis e um leme de popa avançado.
Descomissionamento dos submarinos
O ciclo de serviço dos submarinos Classe Typhoon se encerrou com a aposentadoria do Dmitriy Donskoy em 2023. A classe serviu às marinhas Soviética e Russa, demonstrando poderio tecnológico e militar. Apesar de discussões sobre possível modernização, a maioria foi retirada de serviço nas décadas de 1990 e 2000, com o Dmitriy Donskoy encerrando o legado dessa impressionante classe de submarinos.