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Aquisição dos campos de petróleo da Petrobras pela BW Energy é atrasada após a determinação da suspensão dos desinvestimentos da estatal pelo Ministério de Minas e Energia (MME)

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 04/03/2023 às 01:37
O MME determinou a suspensão da venda dos ativos da petroleira para uma revisão da Política Energética Nacional. Agora, a transação da BW Energy com a Petrobras para a compra de campos de petróleo brasileiros sofre atrasos, relata multinacional.
Foto: Saipem

O MME determinou a suspensão da venda dos ativos da petroleira para uma revisão da Política Energética Nacional. Agora, a transação da BW Energy com a Petrobras para a compra de campos de petróleo brasileiros sofre atrasos, relata multinacional.

A companhia multinacional energética BW Energy anunciou recentemente, novos atrasos no processo de aquisição dos campos de petróleo de águas profundas de Golfinho e Camarupim da Petrobras. Os ativos, localizados na Bacia do Espírito Santo, fazem parte do plano de desinvestimentos da estatal, que teve que ser suspenso após recomendação do Ministério de Minas e Energia (MME). A multinacional destacou que manterá o mercado global atualizado sobre as decisões quanto à transação.

MME determina suspensão dos projetos de desinvestimentos da Petrobras em seus campos de petróleo e atrasa transação da petroleira com a BW Energy

A Petrobras continua colhendo os impactos da decisão do MME de suspender os processo de venda dos seus campos de petróleo no mercado internacional. Além das ações terem despencados após o anúncio nesta quarta-feira, as transações da empresa agora estão ameaçadas.

A BW Energy, que estava negociando a compra dos campos de petróleo de águas profundas de Golfinho e Camarupim, localizados na Bacia do Espírito Santo, anunciou que a solicitação do ministério atrasará a finalização da aquisição.

“A BW Energy foi informada pela Petrobras sobre uma revisão das transações dos Clusters de Golfinho e Camarupim como parte de uma análise mais ampla do programa de desinvestimentos em andamento da Petrobras iniciado pelo Ministério de Minas e Energia (MME) no Brasil”, afirmou a multinacional em comunicado recente.

O MME justificou a suspensão da venda dos campos de petróleo da Petrobras com base na revisão da Política Energética Nacional.

O objetivo do ministério é garantir as mudanças necessárias na política, com base nos ativos pertencentes à estatal atualmente.

Durante o mês de junho de 2022, a BW Energy fechou um acordo com a petroleira estatal para adquirir 100% de participação operacional (WI) nos Clusters de Golfinho e Camarupim, na Bacia do Espírito santo.

A empresa buscava expandir a sua atuação na exploração de petróleo nos campos brasileiros ao longo dos próximos anos. A expectativa era de finalizar a transação ainda durante o ano de 2023.

No entanto, a nova decisão do MME acabou colocando de lado os planos da multinacional e da petroleira estatal.

Governo Lula busca manter ativos da Petrobras sob o comando da empresa. Companhia destaca que manterá o mercado atualizado sobre a transação 

Além da revisão da Política Energética Nacional pela Petrobras, a instauração de uma nova composição do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) é outro fator que levou o MME a tomar a decisão da suspensão da venda dos ativos da empresa.

O Governo Lula já reforçou sua posição quanto aos processos de privatização dos ativos da estatal. O objetivo é manter o máximo de campos de petróleo sob o comando da União.

A decisão do ministério vem afetando significativamente os processos da petroleira, mesmo que a Petrobras reforce que isso não está acontecendo.

As ações da estatal caíram consideravelmente ao longo da última quarta-feira, em razão da dúvida quantos aos investimentos nos campos de petróleo da empresa.

Agora, a BW Energy destaca os atrasos na compra dos ativos da petroleira na Bacia do Espírito Santo.

Para os próximos dias, o que se espera é que a transação da BW Energy com a Petrobras não seja afetada, bem como novas atualizações do MME quanto ao processo de venda dos campos de petróleo da empresa.

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Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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