As gigantes globais e brasileiras CSN e CBMM não perdem tempo, visam a revolução tecnológica e investem no grafeno — o poderoso material 200 vezes mais forte que o aço
De olho na revolução tecnológica mundial que está prestes a acontecer, se já não está acontecendo, faz duas gigantes globais e brasileiras, a CSN e a CBMM, investirem em uma start up singapuriana focada no desenvolvimento do grafeno — o poderoso material flexível 200 vezes mais forte que o aço, mais fino que um fio de cabelo e abundante no Brasil. Esse revolucionário material vai se tornar a próxima revolução tecnológica mundial, com o Brasil à frente!
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A Inova Ventures, o veículo de venture capital da CSN, acaba de comprar uma participação minoritária não especificada na 2DM, uma startup de Singapura focada no desenvolvimento do grafeno. A gigante do aço brasileiro CSN não quis divulgar o valor do investimento, mas disse que ele está sendo feito em parceria com a japonesa Sojitz Corporation. Já a CBMM, a maior produtora global de nióbio, já fez um aporte na startup em 2019.
Brasil tem a 3ª maior reserva comprovada de grafite no mundo
O grafeno é produzido a partir do grafite, um mineral de ocorrência abundante no Brasil. O País tem a 3ª maior reserva comprovada de grafite no mundo, mas “o grande pulo do gato é a tecnologia para chegar nele”, disse ao Brazil Journal José Noldin, o head de pesquisa e desenvolvimento da CSN.
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A 2DM desenvolveu um processo para se chegar ao grafeno que combina baixo investimento, baixo custo e uma tecnologia simples, capaz de chegar a um produto de qualidade ímpar.
Além disso, o processo desenvolvido pela startup é ambientalmente sustentável – basicamente feito com água – reduzindo o uso de produtos químicos e a geração de resíduos, disse Noldin.
Grafeno, o revolucionário material, vai se tornar a próxima revolução tecnológica mundial, com o Brasil à frente
Apontado como um dos materiais do futuro, o grafeno tem propriedades únicas como alta resistência e alta condutividade térmica e elétrica. Pode ser usado, por exemplo, para produzir baterias mais leves e eficientes ou materiais mais resistentes à corrosão.
A 2DM foi fundada em 2015 na National University of Singapore pelos brasileiros Antonio Helio Castro Neto e Ricardo Oliveira e tem no board Konstantin Novoselov, que ganhou o Nobel de Física em 2010 pela descoberta do grafeno.
O objetivo da 2DM é aplicar o material como um aditivo para melhorar diversas propriedades de materiais para mercados como o automobilístico, veículos elétricos, aeronáutico, marítimo, armazenamento de energia, defesa, eletroeletrônico, entre outros.
“O fato de estarem localizados em Singapura proporciona o acesso fácil a um mercado com grande potencial de expansão, como o uso em aplicações eletrônicas e em carros elétricos em países como a China e no Sudeste Asiático”, diz Gabriela Toribio, gestora da Inova Ventures.
Em paralelo, a CSN iniciou um grupo de trabalho dedicado ao grafeno nas instalações de seu centro de pesquisas em Volta Redonda.