O agronegócio brasileiro termina 2020 em alta, com recordes e grandes expectativa para o próximo ano. O setor, que no início da pandemia esperava sofrer com problemas na logística, tanto interna quanto externa, apresentou números impressionanete. Segundo dados do Cepea – Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada, o PIB do agronegócio, no período de janeiro a agosto, cresceu 8,5%.
Neste ano, o mercado interno teve um grande aumento no consumo e encarou preços nunca vistos anteriormente. O produtor brasileiro se beneficiou de preços internos, tanto no setor de grãos quanto na pecuária. A alta do dólar ainda beneficiou os produtores, com preços atrativos de seus produtos. Já no mercado externo, houve forte demanda, principalmente vindo da China.
O Valor Básico do Produto – VBP, alcançará o recorde de 886 bilhões de reais neste ano e ultrapassará 1 trilhão de reais em 2021.
Os dados da balança comercial mostram que o setor do agronegócio é fundamental para as contas do país neste ano. De janeiro a novembro do ano passado, antes da pandemia, as exportações do agronegócio representaram 43% do total das vendas externas do país. Neste ano, essa proporção subiu para 49%.
Nesse período, o valor total das exportações do setor foi de 94 bilhões de dólares, aumento de 5%. Até novembro, o saldo líquido do setor era de US$ 82 bilhões, devido à redução de 7% nas importações. Por outro lado, segundo dados da Secex – Secretaria de Comércio Exterior, as exportações fora do agronegócio caíram 15% no período.
A soja e o açúcar, são dois produtos se destacam no mercado externo e têm trazido bons efeitos para a renda dos produtores internamente. As oleaginosas ainda são um destaque na economia brasileira. Até novembro, o Brasil exportou 83 milhões de toneladas de grãos. Com isso, o faturamento de toda a fábrica (grãos, farelo e óleo) foi de 35 bilhões de dólares, um aumento de 13% em relação ao ano passado.