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Trump retira EUA do Acordo de Paris pela segunda vez e amplia uso de combustíveis fósseis: Impactos climáticos, econômicos e geopolíticos abalam o mundo

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 21/01/2025 às 21:04
Donald Trump segurando um documento ao lado da Torre Eiffel, com fumaça densa no fundo representando poluição e exploração de combustíveis fósseis.
Donald Trump em frente à Torre Eiffel, simbolizando a retirada dos EUA do Acordo de Paris e o foco nos combustíveis fósseis.

Donald Trump, em sua segunda passagem pela presidência, retira os EUA do Acordo de Paris e prioriza combustíveis fósseis. Saiba como essas decisões impactam o meio ambiente, a economia e as relações internacionais.

Primeiramente, em 1º de junho de 2017, Donald Trump anunciou a intenção de retirar os Estados Unidos do Acordo de Paris. A decisão foi concretizada em 4 de novembro de 2020. Contudo, após a reentrada dos EUA no acordo, em 19 de fevereiro de 2021, sob Joe Biden, Trump trouxe mudanças drásticas em 2025.

De forma impactante, em 20 de janeiro de 2025, Donald Trump retirou os EUA do Acordo de Paris pela segunda vez. Essa decisão reacendeu debates globais sobre a liderança americana no combate às mudanças climáticas, conforme relatado pelo New York Times e Washington Post.

O Acordo de Paris foi estabelecido em 12 de dezembro de 2015, durante a COP21, com 195 países signatários. Ele visa limitar o aquecimento global abaixo de 2°C e alcançar 1,5°C. Apesar disso, Trump afirmou que a retirada protegeria empregos e fortaleceria a economia americana, uma visão amplamente contestada por especialistas da Organização Meteorológica Mundial.

Embora setores industriais tenham apoiado a medida, analistas da International Energy Agency destacaram que isso representa um golpe significativo nos esforços climáticos globais. Sem a participação dos EUA, os objetivos climáticos se tornam mais difíceis de alcançar.

Medidas de promoção aos combustíveis fósseis

Além disso, Trump anunciou, em 25 de janeiro de 2025, uma série de ordens executivas que favorecem combustíveis fósseis. Entre as principais medidas, destacam-se:

  • Ampliação da exploração de petróleo e gás natural em terras e águas federais, algo defendido publicamente desde 2017.
  • Suspensão de subsídios e incentivos para veículos elétricos, detalhada em declarações oficiais no dia 26 de janeiro de 2025.
  • Redução de regulamentações ambientais que limitavam atividades de mineração e exploração energética, iniciada em fevereiro de 2025.

Conforme relatado pela Reuters, Trump justificou essas iniciativas como necessárias para garantir a independência energética dos Estados Unidos. Contudo, o Environmental Defense Fund alertou que essas ações podem prejudicar avanços globais na redução de emissões, além de comprometer a saúde pública.

Críticos argumentam que priorizar combustíveis fósseis pode prejudicar o posicionamento dos EUA no mercado global de tecnologias limpas. Segundo o BloombergNEF, esse setor tem crescido exponencialmente desde 2020.

Reações internacionais e domésticas

Entretanto, a retirada dos EUA do Acordo de Paris gerou reações imediatas, tanto internas quanto externas. Em 21 de janeiro de 2025, líderes como Emmanuel Macron e Justin Trudeau expressaram preocupação com os impactos dessa decisão nos esforços climáticos internacionais.

Ao mesmo tempo, a ONU destacou, em 22 de janeiro de 2025, que essa decisão pode desestabilizar o financiamento climático global, especialmente para países em desenvolvimento. Durante a mesma semana, estados americanos, como Califórnia e Nova York, reafirmaram compromissos climáticos, segundo o The Guardian.

Enquanto iniciativas locais oferecem esperança, o Instituto de Recursos Mundiais alertou, em 24 de janeiro, que a falta de liderança federal dificulta a coordenação de esforços. Grupos como o Greenpeace destacam que ações locais continuam sendo essenciais para mitigar os impactos climáticos.

Consequências econômicas e ambientais

Além das controvérsias políticas, as implicações econômicas e ambientais das decisões de Trump também preocupam especialistas. A revista Nature Climate Change analisou, em 30 de janeiro de 2025, como essas políticas podem agravar desastres climáticos.

Por exemplo, desastres naturais como o furacão Harvey, em agosto de 2017, e os incêndios florestais na Califórnia, em 2021, já causaram altos custos financeiros e humanos. Além disso, as emissões poluentes aumentam doenças respiratórias e os gastos com saúde pública, conforme relatado pela American Lung Association, em fevereiro de 2025.

Enquanto isso, o foco em combustíveis fósseis pode criar empregos e gerar receitas de curto prazo. Contudo, analistas do Fórum Econômico Mundial alertam que os EUA podem perder competitividade no mercado de tecnologias limpas. Esse mercado tem se expandido globalmente desde 2018.

O que esperar do futuro?

Diante dessas mudanças, os Estados Unidos agora se juntam a países fora do Acordo de Paris, como Irã e Líbia, segundo o Financial Times de 27 de janeiro de 2025. Essa postura isolada pode prejudicar tanto as relações comerciais quanto diplomáticas dos EUA, especialmente em um mundo que busca soluções sustentáveis.

Apesar disso, a comunidade internacional mantém seu compromisso com as metas climáticas, como enfatizou a Agência Internacional de Energia Renovável (IRENA) em 28 de janeiro de 2025. Apesar da ausência dos EUA, outros países continuam determinados a manter os esforços globais.

Conforme relatado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), em 29 de janeiro, parcerias entre governos, empresas e cidadãos serão cruciais para mitigar os efeitos climáticos e proteger o planeta.

Um retrocesso com efeitos profundos

Em resumo, a retirada dos EUA do Acordo de Paris em 2025 e a priorização de combustíveis fósseis representam um retrocesso significativo nos esforços globais de sustentabilidade. Embora apresentadas como medidas econômicas estratégicas, as consequências ambientais e sociais dessas políticas são graves e preocupantes.

Contudo, iniciativas locais e globais continuam a oferecer esperança. Com ações coordenadas e um compromisso renovado, será possível enfrentar os desafios climáticos e garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.

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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação, geopolítica e governo. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo.

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