A Suécia inicia a construção de um repositório subterrâneo em Forsmark, projetado para armazenar 12.000 toneladas de resíduos radioativos em cápsulas de cobre protegidas por argila, enterradas a 500 metros de profundidade em rochas de 1,9 bilhão de anos, com previsão de operação até 2080.
Quando se fala em resíduos radioativos, a primeira pergunta que vem à mente é: “O que fazer com um lixo que permanece perigoso por milhares de anos?” Essa questão desafiadora levou a Suécia a criar um projeto revolucionário: um repositório subterrâneo para armazenar resíduos nucleares com segurança por 100.000 anos.
Por que armazenar resíduos radioativos é tão desafiador?
A energia nuclear é uma fonte poderosa e relativamente limpa, mas vem com um preço: os resíduos altamente perigosos que ela gera.
Os resíduos radioativos podem emitir radiação perigosa por milênios. Esse material não apenas prejudica a saúde humana, mas também representa uma ameaça ao meio ambiente, podendo contaminar o solo, o ar e a água por gerações.
- Megaprojeto de US$19 bilhões pode transformar o ‘pior aeroporto do mundo’ no mais moderno dos EUA, será o fim do caos no JFK?
- Novo robô que transformará a construção civil e aposentará os pedreiros: coloca 500 tijolos por hora pode trabalhar dia e noite sozinho e sem parar e promete revolucionar as obras no mundo
- Praga anuncia a maior construção ferroviária da história, reforma de £ 6 bilhões vai transformar a capital queridinha dos britânicos
- Concreto autorreparável? Cientistas descobrem que radiação pode fortalecer concreto em usinas nucleares
A maioria dos resíduos está armazenada temporariamente em piscinas próximas aos reatores, o que não é uma solução definitiva. Esses depósitos representam riscos de vazamento e acidentes, especialmente em cenários de desastres naturais ou falhas humanas.
O projeto Forsmark: tecnologia e planejamento para o futuro
A Suécia deu um passo à frente com a construção do repositório Forsmark, localizado em Söderviken, perto da usina nuclear de Forsmark.
O repositório para os resíduos radioativos está sendo escavado em um leito rochoso de 1,9 bilhão de anos. Essa rocha antiga e estável foi escolhida para garantir o isolamento e evitar qualquer contaminação da superfície.
Os resíduos serão armazenados em cápsulas de cobre de 5 metros, projetadas para resistir à corrosão. Cada cápsula será envolta em argila especial, que age como uma barreira adicional para proteger contra possíveis vazamentos.
O repositório contará com uma rede de túneis de 60 quilômetros. Durante 40 anos, máquinas remotas colocarão as cápsulas nos túneis enquanto novas áreas são escavadas simultaneamente.
Impacto e controvérsias sobre o repositório
Embora seja uma solução inovadora, o projeto Forsmark enfrenta desafios e críticas.
ONGs suecas têm levantado preocupações sobre a segurança de longo prazo dos resíduos radioativos. Pesquisas sugerem que as cápsulas de cobre podem enfrentar problemas de corrosão com o tempo, aumentando os riscos de contaminação das águas subterrâneas.
Apesar das críticas, o repositório Forsmark é um exemplo de responsabilidade na gestão de resíduos nucleares. Ele oferece uma alternativa segura e de longo prazo, em vez de soluções temporárias que deixam riscos para gerações futuras.
Um passo crucial para o futuro da energia nuclear
O repositório sueco não é apenas uma solução local, mas um modelo global.
Com a expansão da energia nuclear, o mundo precisa de soluções definitivas para lidar com os resíduos. Países como a Finlândia já estão adotando abordagens semelhantes, e outros podem aprender com a experiência da Suécia.
A energia nuclear é uma peça-chave na luta contra as mudanças climáticas. No entanto, seu sucesso depende de estratégias seguras para lidar com os resíduos radioativos. O projeto Forsmark é uma prova de que é possível equilibrar energia limpa e responsabilidade ambiental.
“Vamos enterrar essa ****. Resolvemos nosso problema. Fo…se o futuro…100.000 anos ?…quem vai estar aqui para reclamar ? “