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Rússia realiza teste de míssil nuclear com alcance global, destacando potencial de força militar, informa RIA

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 25/03/2025 às 21:41
rússia - misséis balísticos - míssil yars - militar - guerra
foto/reprodução: Divulgação

Movimentação dos mísseis balísticos Yars ocorre em meio a tensões entre Rússia e Ucrânia, com foco em treinamento militar e segurança

A Rússia deu início a exercícios planejados que envolvem os mísseis balísticos intercontinentais Yars, conforme reportado pela agência de notícias estatal RIA. O ministério da Defesa russo confirmou que regimentos de ICBMs Yars foram “enviados para posições de campo” nas regiões de Sverdlovsk e Altai, áreas próximas ao Cazaquistão.

O que é o míssil Yars?

O míssil Yars possui capacidade termonuclear, podendo ser transportado em caminhões ou estacionado em silos.

Trata-se de uma arma de segunda geração, operando por fusão, como a bomba de hidrogênio, o que proporciona um poder destrutivo significativamente maior do que as bombas atômicas de primeira geração, em um formato mais compacto.

Com um alcance de até 12 mil km, o Yars pode cruzar continentes a uma velocidade impressionante de 30.600 km/h, e possui uma precisão de aproximadamente 100 metros, mesmo contra alvos altamente protegidos.

Sua estrutura mede 22,5 metros de comprimento e 2 metros de diâmetro, pesando cerca de 49.600 kg.

O projeto foi desenvolvido em segredo, com os primeiros testes realizados em 2007 como resposta ao escudo de mísseis que os EUA planejavam instalar na Europa.

A importância do Yars nas relações internacionais

Desde sua introdução, o Yars tem se tornado um ponto de discórdia entre EUA e Rússia. Documentos do Centro de Inteligência Nacional Aeroespacial dos EUA indicam que a administração Bush considerava o desenvolvimento do Yars uma violação do tratado START, assinado em 1991, que limitava a criação de armas ofensivas estratégicas.

Na época do primeiro teste, acreditava-se que o Yars poderia penetrar qualquer escudo antimísseis existente.

O presidente russo, Vladimir Putin, defendeu o projeto, afirmando que não era uma resposta agressiva, mas sim uma necessidade de manter o equilíbrio estratégico global.

Exercícios militares recentes e suas implicações

A movimentação atual dos mísseis Yars ocorre em um contexto de negociações para um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia.

O ministério da Defesa explicou que as unidades de segurança e suporte em operação próxima ao Cazaquistão estão realizando tarefas de engenharia e proteção radiológica, química e biológica.

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foto/reprodução: Divulgação

Além disso, os militares estão participando de um treinamento em turnos para missões de combate, preparando-se para operações mais complexas, embora detalhes específicos não tenham sido divulgados.

Esses exercícios militares são particularmente relevantes, pois acontecem em meio a tensões crescentes entre a Rússia e a OTAN.

Em 2022, os Yars já haviam sido utilizados em testes que mobilizaram mais de 1.000 militares e cem veículos, focando na busca e destruição de sabotadores e formações de reconhecimento, tanto durante o dia quanto à noite.

Reações internacionais e declarações de líderes

O então presidente dos EUA, Joe Biden, declarou que o uso de armas nucleares na Ucrânia seria inaceitável e teria consequências “inimagináveis”.

Por outro lado, o vice-primeiro-ministro russo, Yuri Borisov, afirmou que a Rússia não seria a primeira a realizar um ataque nuclear, mas responderia a qualquer provocação.

Em 2024, os Yars foram reposicionados, servindo como um alerta nuclear ao Ocidente, em meio a um clima de crescente tensão.

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foto/reprodução: Divulgação

Em fevereiro de 2025, a Rússia também conduziu exercícios com o míssil Yars em áreas próximas à Ucrânia, demonstrando a disposição do país em manter sua capacidade militar em alerta.

A continuidade dos exercícios militares e o desenvolvimento de armamentos como o Yars ressaltam a tensão persistente e a complexidade das relações internacionais, especialmente no contexto da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Este cenário continua a ser monitorado de perto por analistas e autoridades de defesa em todo o mundo.

FONTE: UOL

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Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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