A Repsol Sinopec Brasil anunciou nova parceria com a PUCRS para o desenvolvimento de um projeto de tecnologia de emissão negativa que deve estar pronto até 2025.
A Repsol Sinopec Brasil anunciou mais de R$ 60 milhões em investimentos para desenvolver tecnologia de emissão negativa (NET) em parceria com a PUCRS. Este é o primeiro projeto a ser instalado no Brasil, com condições geológicas, climáticas e de temperatura diferenciadas das tecnologias já criadas para o hemisfério norte. O projeto recebeu o nome de Direct Air Capture System Integration (DAC SI) e será o primeiro projeto de captura e armazenamento geológico de carbono atmosférico a ser instalado na América do Sul.
Projeto de tecnologia de emissão negativa promete estar pronto em 2025
O DAC SI propõe utilizar a tecnologia DACCS, que consiste na extração de CO₂ do ar e o seu armazenamento geológico. Vale lembrar que o projeto não tem como objetivo reduzir ou minimizar emissões, mas sim, remover o CO₂ já emitido na atmosfera, eliminando as emissões já realizadas. Para o armazenamento da tecnologia de emissão negativa em parceria com a PUCRS, o objetivo é utilizar rochas basálticas para fixação do CO₂ por meio do processo de mineralização.
A estimativa é que a instalação e operacionalidade de uma unidade DAC estejam concluídas em 2025. O projeto de tecnologia de emissão negativa da Repsol Sinopec Brasil e PUCRS compõe um programa da Repsol, que vem desenvolvendo, ao longo dos últimos anos, uma plataforma global de iniciativas experimentais focadas em apoiar os compromissos Net Zero.
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Segundo o gerente de P&D da Repsol Sinopec Brasil, José Javier Salinero, este é o projeto mais ambicioso lançado pela empresa, tanto no quesito econômico, como de impacto futuro esperado, como parte do processo de transição de energia.
PUCRS possui experiência em projetos no setor de CCS
A primeira fase do projeto de tecnologia de emissão negativa está ligado à compra dos equipamentos necessários e a avaliação de potencial de mineralização do dióxido de carbono em rocha basáltica da Bacia do Paraná, adaptando a tecnologia ao habitat brasileiro.
O projeto também tem como intuito avaliar o uso de energia renovável, como a solar, para o suprimento energético da unidade DAC, para que sejam evitadas novas emissões durante o processo de remoção. O Instituto do Petróleo e dos Recursos Naturais da PUCRS foi o escolhido para o empreendimento por contar com um longo histórico na execução de projetos de PD&I no setor de Carbon Capture and Storage (CSS), profissionais com competência no tema e uma infraestrutura única para que diversas etapas de testes sejam realizadas, além de possui um modelo de inovação aberto e flexível que se adequa à estrutura que um projeto desse porte demanda.
Repsol Sinopec Brasil focando em soluções sustentáveis
Segundo o diretor do Instituto do Petróleo e dos Recursos Naturais da PUCRS, Felipe Della Vecchia, ser parceiro da Repsol Sinopec Brasil em um projeto de grande escala como esse e de grande importância social é um grande orgulho para todo o time do IPR-PUCRS.
Criar tecnologias que atuem na redução das mudanças climáticas está sendo um enorme desafio para diversas empresas, entretanto, mais que um desafio, é uma necessidade imediata. Este projeto se juntará ao portfólio de P&D da empresa, que está cada vez mais focada em encontrar soluções aos desafios de mitigação de carbono.
A Repsol está presente no Brasil desde 1997, sendo pioneira na abertura do mercado de E&P e na exploração no pré-sal brasileiro. Atualmente é a quarta maior produtora de petróleo e gás do Brasil, com uma média diária de produção em torno de 80 mil barris diários.