MENU
Menu
Início Quais os impactos da taxa Selic e da inflação na economia?

Quais os impactos da taxa Selic e da inflação na economia?

2 de novembro de 2021 às 09:06
Compartilhe
Compartilhar no WhatsApp
Compartilhar no Facebook
Compartilhar no LinkedIn
Compartilhar no Telegram
Compartilhar no Twitter
Compartilhar no E-mail
Siga-nos no Google News
Veja expectativas e análises para Selic e Inflação em 2022

Tanto a taxa Selic quanto a inflação são fortes determinantes para a economia brasileira porque determinam a taxa de juros e até mesmo o preço do câmbio, como da moeda norte-americana dólar. Atualmente, o IPCA está centralizado em 10,2% com acumulado até setembro, enquanto a taxa de juros básicos teve aumentos percentuais no mês de outubro que desencadearam na somatória de 7,5% ao ano.

Para o ano de 2022, uma análise que foi publicada pelo Pantheon prevê que haverá o aumento para mais de 11% ao ano. No entanto, a COPOM, que é responsável pelas análises e variações a cada 45 dias, argumenta que a previsão é de 8,5% ao ano, tendo uma última taxa de aumento no mês de dezembro. Não é estimado que, em mais um ano, o valor de porcentagem supere essa expectativa.

Onde a taxa Selic impacta diretamente?

Em fevereiro deste ano, a taxa Selic estava na faixa de 2% ao ano. Logo, os empréstimos e financiamentos tendiam a serem mais baratos, os bancos cobravam juros maiores e pagavam menos rendimentos. Por exemplo, uma aplicação de 100% do CDI estaria valendo apenas 1,9% ao ano naquela época. Mas, com a alteração dos juros, quem pede empréstimos ou financiamento paga mais, assim como aqueles que emprestam dinheiro para os bancos através de aplicações recebem mais: agora, uma aplicação de 100% do CDI está rendendo na faixa de 7,4%.

Devido ao maior rendimento da renda fixa, algumas aplicações deixaram de serem vistas com bons olhos: o banco Inter conta com aplicações que chegam a apenas 3% ao ano no fundo imobiliário, que até então, com a baixa da Selic, era mais rentável (visto que um CDB costumava render menos de 2%). Mas, hoje em dia, com a renda fixa a mais de 10% em alguns casos como a LCI e LCA, os fundos estão sendo deixados para trás ou então, os investidores optam por alternativas como fundos de ativos (que investem em Bitcoin e em outras moedas) e até mesmo em fundos de multimercado (que costumam aplicar na bolsa de valores).

Com a alta da Selic, é possível encontrar alternativas que estão rendendo até 13% ao ano com risco médio em corretoras como a Nu Investe e o Invest Inter. O que antes não era possível.

A decisão em alterar a taxa Selic foi tomada após o aumento da inflação constante. Então, essa seria uma forma de retirar o dinheiro de circulação e incentivar as pessoas a aplicarem em bancos. Um dos motivos pela alta de valores liberados no mercado e que aumentaram o IPCA foi o auxílio emergencial, que estava sendo pago desde abril de 2020.

Aumento da inflação deixa rendimentos nulos na baixa da Selic

Supondo que a Selic está a 2% como em fevereiro. Mas, a inflação está a 10,2%. Um investimento de R$ 1 mil iria render R$ 20 ao ano. Mas, a perda monetária do IPCA e da desvalorização do dinheiro, assim como diminuição do poder de compra, está em R$ 102. Logo, não houve lucro na aplicação mas, sim, perdas: 102 – 20 = 82. O indivíduo perde R$ 82 ao deixar o dinheiro na instituição. Então, como uma forma de estimular os investimentos, que estavam em baixa, a taxa de juros aumentou: agora, consegue-se superar os índices inflacionários, tendo resultados mais satisfatórios em um ano.

E, é claro: quanto menos as pessoas investem, maior a quantidade de dinheiro circulando, maior a inflação e maior o preço dos produtos e serviços. Tudo funciona como uma forma de cadeia. Ao deixar o dinheiro guardado e aplicado, consegue-se garantir um equilíbrio, ainda mais durante o pagamento do auxílio emergencial do governo federal. 

Relacionados
Mais recentes
COMPARTILHAR