1. Início
  2. / Economia
  3. / Preços dos fretes marítimos entre Ásia e Brasil novamente subiram grandemente, causando uma preocupação nas indústrias dependente dos insumos trazidos por navios
Tempo de leitura 3 min de leitura

Preços dos fretes marítimos entre Ásia e Brasil novamente subiram grandemente, causando uma preocupação nas indústrias dependente dos insumos trazidos por navios

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 22/07/2022 às 14:49
Atualizado em 23/07/2022 às 13:41
Frete, Brasil, navios
Foto: reprodução pixabay.com

O valor do frete marítimo entre a Ásia e o Brasil encareceu novamente nesse mês de julho, o que pode afetar as indústrias que contam com esse tipo de transporte

O custo dos fretes marítimos para a importação entre a Ásia e o Brasil, essencial para o fornecimento de componentes para as indústrias, teve uma alta no mês de julho. O valor médio mensal, da Ásia para o Brasil, está em US$ 10.550 por contêiner de 40 pés, aqueles que possuem dimensões de 12 por 2,5 metros, um aumento de cerca de 30,2% diante a média de preços do mês de junho. O custo do frete está aumentando desde maio, voltando os níveis do segundo semestre de 2021, o ápice da crise logística mundial que teve início na segunda metade do ano de 2020. O preço médio dos fretes marítimos entre Ásia e Brasil deste mês é de 5,1 a 6,6 vezes maior do que os valores de 2020, antes da pandemia.

O aumento recente nos valores do frete, de acordo com a CNI (Confederação Nacional da Indústria), transmite que os gargalos logísticos mundiais podem levar ainda mais tempo para se dissolver. Para o especialista em infraestrutura da entidade, Matheus de Castro, o valor de US$ 10 mil por contêiner entre Ásia e Brasil pode ser o novo comum do custo da logística do comércio internacional.

Lockdows na Ásia, China, “travaram” o frete marítimo para o Brasil e outros países

De acordo com o especialista da CNI, a pior parte no setor dos fretes marítimos passou com os “lockdowns” na China, porém isso não foi suficiente para amenizar os gargalos logísticos mundiais, em tese, na avaliação de Castro, por conta do congestionamento dos portos dos EUA. O travamento dos terminais da Costa Oeste fez com que os operadores transferissem uma parte dos fluxos de frete para a Costa Leste, o que espalhou os travamentos dos portos, ao invés de solicionar o problema.

De acordo com Fábio Pavani, gerente da filial de São Paulo da Ásia Shopping, especialista em logística do comércio exterior, além do aumento do combustível e dos gargalos globais, o custo do frete é definido diante da demanda por importações. O consumo de frete no Brasil “segue em movimento”, afirmou. E, ainda que o setor tenha uma baixa pelo travamento das cadeias globais, impulsionado pelos “lockdowns” na China, na Ásia, cessou os estoques de componentes na indústria do Brasil. “A demanda pelo transporte, seja marítimo, seja aéreo, aumentou”, afirmou Pavani.

O que é o frete marítimo e quais são os seus tipos

As maneiras mais comuns para se deslocar e garantir a segurança de uma mercadoria são por meio da contratação de um frete marítimo, um meio comum de transporte da logística no Brasil, na Ásia e outros. 

A razão a qual o frete marítimo é amplamente utilizado, incluindo o Brasil e a Ásia, é devido ao fato de que os navios permitem uma amplitude de possibilidades de tamanhos e volumes de containers que podem ser transportados pelas empresas que prestam esse serviço.

Os tipos existentes para esse tipo de frete são os o FCL (Full Container Load) e o LCL (Less Container Load).

O frete marítimo do tipo FCL (Full Container Load) é quando o consumidor, seja ele importador ou exportador utiliza o container 100% carregado, usando todo o espaço disponível. Essa modalidade é a melhor opção e geralmente, transporta-se equipamentos de 20 e 40 pés, com carga seca.

O frete marítimo do tipo LCL (Less Container Load) é o tipo de frete mais comum quando a carga transportada não ocupa o container inteiramente, dando a possibilidade de o importador ou exportador pagar um baixo custo de frete marítimo, já que ele pode fazer o compartilhamento do container. 

Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo
Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

Compartilhar em aplicativos