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Petróleo e gás atinge produtividade recorde em 2023 e continua em franco crescimento em 2024

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 05/02/2024 às 23:16
Atualizado em 08/02/2024 às 14:33
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A instalação com maior produção de petróleo e gás natural foi a FPSO Guanabara na jazida compartilhada de Mero (Foto: Cortesia/Modec) – Todos os direitos: EPBR
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Brasil atinge recorde de 4,344 milhões de barris de óleo equivalente por dia em 2023, alta de 11,69% em relação ao ano anterior.

A produção de petróleo e gás é um dos principais setores da economia brasileira. Em 2023, o país alcançou o recorde de 4,344 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d). Esse aumento de 11,69% em relação ao ano anterior é um reflexo do crescimento contínuo da indústria de produção de petróleo e gás.

A extração de petróleo e produção de gás são atividades fundamentais para o desenvolvimento econômico do Brasil. O recorde de 4,344 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boe/d) em 2023 demonstra a importância desse setor para o país, e a expectativa é de que a produção continue a crescer nos próximos anos, impulsionando a economia nacional.

Produção de petróleo e gás em alta

– No último ano, o país se destacou com uma incrível produção diária de 3,402 milhões de barris de petróleo, o que representa um aumento considerável de 12,57%. Além disso, a extração de óleo resultou em um crescimento de 8,7%, alcançando 150 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural.

O avanço na produção de petróleo foi impulsionado pela entrada em operação de quatro FPSOs, ou seja, as plataformas flutuantes de produção, armazenamento e transferência de petróleo: Almirante Barroso, Anna Nery, Anita Garibaldi e Sepetiba.

O campo do pré-sal foi responsável por 75,18% da produção total do país, chegando a 3,304 milhões de boe/d.

Destacou-se também o campo de Mero, onde o FPSO Guanabara alcançou a maior produção diária, atingindo um total de 226 mil bpd.

Crescimento estimado para 2024

– As projeções apontam para um crescimento contínuo na produção de petróleo e gás ao longo do ano, ainda que num ritmo mais moderado, de acordo com a S&P Global.

– A expectativa é que essa expansão seja impulsionada pela entrada em operação do FPSO Marechal Duque de Caxias e do FPSO Sepetiba, ambos localizados no campo de Mero, no bloco de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos.

  • Essas plataformas têm capacidade para produzir 180 mil bpd de óleo e comprimir até 12 milhões de m³/d de gás.

Expectativa de declínio em 2027

– Em contrapartida, estima-se que a produção nacional de óleo e gás entre em declínio a partir de 2027, caso não haja novas descobertas e reservas adicionais, de acordo com a ANP.

  • Em entrevista durante a week passada, o diretor-geral da ANP, Rodolfo Saboia, ressaltou a necessidade de acelerar a exploração no país para evitar a queda na produção.
  • No entanto, ele também destacou que, apesar desse cenário, a produção continuará a crescer no médio prazo com a entrada em operação de 20 novas unidades de produção entre 2023 e 2027, mas começará a declinar no final desse período.

Instabilidade no Oriente Médio e impactos na produção

– No Oriente Médio, os Estados Unidos e o Reino Unido realizaram uma série de ataques em resposta a investidas contra navios no Mar Vermelho e um ataque a drone na Jordânia, o que gerou instabilidade na região. No entanto, os conflitos nessa área não conseguiram estabilizar os preços do petróleo, que registraram uma queda de 7% na última semana.

  • Essa redução é principalmente atribuída à perspectiva de demanda fraca, influenciada pela manutenção dos juros altos nos EUA.

– Além disso, outro evento que teve impacto na produção foi uma série de incêndios florestais no Chile, que resultaram no fechamento da refinaria de Aconcágua, a segunda maior do país, com capacidade para processar 102.000 barris por dia (bpd) de petróleo bruto.

– Também houve reforço nas fronteiras, como no Brasil, onde as Forças Armadas enviaram veículos e soldados para reforçar a fronteira com a Venezuela em resposta a ameaças de anexação do território de Essequibo.

– Enquanto isso, nos Estados Unidos, foi noticiada a moratória para novos projetos de exportação de gás natural liquefeito (GNL) pelo governo Joe Biden, podendo causar impactos mundiais, inclusive no Brasil se mantida a longo prazo.

– Os diálogos sobre a transição energética e os investimentos em energias renováveis também estão em pauta nas discussões atuais.

  • Um exemplo disso é a aquisição da primeira carga comercial de bioGLP produzida na Refinaria Riograndense pela Ultragaz, com o objetivo de avaliar o desempenho do produto menos poluente no mercado.
  • Além disso, o Brasil bateu recorde na geração de energia renovável, representando 93,1% de toda a eletricidade produzida no país, e também há propostas para viabilizar o financiamento para o hidrogênio verde.

Implicações e investimentos na mobilidade sustentável

– No setor automotivo, a Volkswagen anunciou investimentos de R$ 9 bilhões para a fabricação de novos modelos de veículos, incluindo híbridos, totalmente elétricos, em um movimento estratégico para a transição sustentável na indústria automotiva.

– Outro destaque foi o acordo firmado entre a brasileira Raízen e a chinesa BYD para a criação de soluções de recarga em oito capitais do Brasil, visando tornar o acesso às recargas mais acessíveis e economicamente viáveis.

– Por fim, o Fundo Amazônia teve um aumento significativo em aprovações para projetos de chamadas públicas, atingindo R$ 1,3 bilhão em 2023, tornando-se um mecanismo crucial para preservação da região.

Fonte: EPBR

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Paulo Nogueira

Com formação técnica, atuei no mercado de óleo e gás offshore por alguns anos. Hoje, eu e minha equipe nos dedicamos a levar informações do setor de energia brasileiro e do mundo, sempre com fontes de credibilidade e atualizadas.

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