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Paquistão, com 241 milhões de habitantes, adere à escalada global de boicotes e mira mercadorias indianas, deixando a relação com Nova Délhi por um fio

Escrito por Débora Araújo
Publicado em 23/09/2025 às 12:36
Paquistão, com 241 milhões de habitantes, adere à escalada global de boicotes e mira mercadorias indianas, deixando a relação com Nova Délhi por um fio
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Rivalidade histórica entre Nova Délhi e Islamabad ganha novo capítulo, com restrições comerciais, boicotes de consumidores e clima de desconfiança que ameaça a economia regional.

A relação entre Índia e Paquistão é marcada por décadas de conflitos políticos, militares e territoriais, especialmente em torno da Caxemira. Em 2025, o cenário voltou a se agravar, com trocas de acusações, ataques pontuais e restrições comerciais que estão gerando impacto direto nas populações dos dois países.

No centro da crise, surgiram movimentos de boicote e retaliação econômica que refletem a escalada de tensão diplomática. Enquanto a Índia adota medidas formais contra importações paquistanesas, setores da sociedade paquistanesa também intensificam a pressão contra produtos vindos de Nova Délhi.

Índia endurece restrições comerciais

Nos últimos meses, a Índia tomou medidas drásticas para restringir o comércio com o Paquistão. Entre elas, estão:

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  • Fechamento de pontos de fronteira usados para transporte de mercadorias;
  • Bloqueio de rotas marítimas e aéreas para bens paquistaneses;
  • Proibição da entrada de produtos estratégicos, como têxteis e insumos agrícolas.

Essas decisões vieram após novos episódios de violência na região da Caxemira, que reacenderam o atrito entre os dois países.

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Reação do Paquistão

Do outro lado, o Paquistão, com sua população de cerca de 241 milhões de habitantes, também passou a adotar medidas retaliatórias. Embora ainda não exista um boicote oficial em larga escala contra produtos indianos, cresce o sentimento nacionalista que pressiona empresas e consumidores a rejeitar mercadorias vindas de Nova Délhi.

Além disso, Islamabad já suspendeu parte das importações indianas em setores específicos e chegou a restringir o espaço aéreo para aeronaves do país vizinho. Esses gestos têm mais efeito político do que econômico, mas reforçam a escalada de hostilidade.

Comércio em queda livre

O comércio bilateral, que já vinha em queda desde 2018, sofreu ainda mais com a atual onda de tensões. Para se ter uma ideia:

  • Em 2018, as trocas somavam cerca de US$ 3 bilhões;
  • Em 2024, esse número havia despencado para US$ 1,2 bilhão;
  • Em 2025, analistas projetam nova redução drástica, com prejuízos para exportadores de ambos os lados.

Empresas indianas de setores como farmacêutico, agrícola e de bens de consumo relatam dificuldade de acesso ao mercado paquistanês. Do outro lado, produtores paquistaneses perdem uma das rotas comerciais mais próximas e estratégicas para escoar sua produção.

Mais do que medidas oficiais, o que chama atenção é o sentimento popular de boicote. Nas redes sociais, campanhas pedem que paquistaneses evitem consumir produtos indianos, enquanto influenciadores e organizações locais reforçam discursos de independência econômica.

Esse movimento, ainda que fragmentado, pode ganhar força e se transformar em boicote massivo, especialmente se novos episódios militares ou diplomáticos ocorrerem na Caxemira.

Impactos regionais

As tensões comerciais entre Índia e Paquistão não afetam apenas os dois países. O clima de hostilidade pode comprometer a integração econômica do Sul da Ásia, afetando:

  • Mercado agrícola regional, já que ambos dependem de exportação e importação de insumos;
  • Corredores logísticos, usados também por países vizinhos como Afeganistão e Bangladesh;
  • Estabilidade política, já que o comércio muitas vezes funciona como instrumento de diálogo e diplomacia.

Organismos internacionais alertam que a escalada pode ampliar instabilidades em uma das regiões mais populosas e estratégicas do planeta.

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O que esperar daqui para frente

Especialistas avaliam que, sem avanços no diálogo político, a tendência é de aprofundamento do distanciamento econômico entre Índia e Paquistão. A pressão nacionalista de ambos os lados reduz o espaço para negociações e aumenta o risco de boicotes generalizados, que podem prejudicar não apenas os governos, mas também milhões de trabalhadores e empresas.

Ainda assim, a comunidade internacional — incluindo parceiros como os Estados Unidos e a União Europeia — pressiona para que os dois países evitem uma ruptura completa.

O suposto boicote contra produtos indianos no Paquistão deve ser entendido dentro de um contexto maior: o de uma rivalidade histórica que voltou a ganhar força em 2025. Embora ainda não haja uma proibição oficial em massa por parte de Islamabad, o clima de hostilidade comercial e diplomática é evidente.

Com quase um quarto de bilhão de habitantes, o Paquistão é um mercado estratégico. Se as barreiras comerciais se consolidarem, tanto ele quanto a Índia terão impactos profundos em suas economias e na estabilidade da região.

Mais do que nunca, a disputa vai além da geopolítica e começa a atingir diretamente a vida de milhões de pessoas nos dois lados da fronteira.

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Débora Araújo

Débora Araújo é redatora no Click Petróleo e Gás, com mais de dois anos de experiência em produção de conteúdo e mais de mil matérias publicadas sobre tecnologia, mercado de trabalho, geopolítica, indústria, construção, curiosidades e outros temas. Seu foco é produzir conteúdos acessíveis, bem apurados e de interesse coletivo. Para sugestões de pauta, correções ou contato direto: deborasthefanecruz@gmail.com

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