Considerado a maior recuperação judicial do Brasil, Odebrecht tem pedido aprovado, avaliado em mais de R$ 83 bilhões em dívidas pela justiça de São Paulo
Ontem (27/07) foi homologado pela Justiça de São Paulo o maior o pedido de recuperação judicial do Brasil, o da Odebrecht e de 11 empresas pertencentes ao grupo avaliado em mais de R$ 83 bilhões em dívidas. Odebrecht terá de vender suas principais empresas, a petroquímica Braskem, a produtora de etanol Atvos, a operadora de sondas Ocyan e a participação na Saesa, a usina hidrelétrica de mesmo nome.
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O pedido de recuperação judicial da Odebrecht, já havia sido aprovado em abril deste ano pela assembleia de acionistas e credores e aguardava homologação para que pudesse iniciar o processo de reestruturação.
Para honar suas dívidas a companhia terá de vender suas principais empresas são elas: a petroquímica Braskem, a produtora de etanol Atvos, a operadora de sondas Ocyan e a participação na Santo Antônio Energia (Saesa), a usina hidrelétrica de mesmo nome.
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Se o valor da recuperação judicial se confirmar, este seria o maior processo no Brasil, superando o da Oi, em 2016, estimado em R$ 64 milhões.
Como próximo passo, a Odebrecht dará andamento a um processo para tentar se recuperar financeiramente, com maior prazo para pagamento de credores e débitos fiscais. A Justiça irá acompanhar o andamento da recuperação judicial por 2 anos.
O pedido de recuperação judicial foi apresentado à Vara de Falências do TJ paulista em junho do ano passado. Na época, apenas bancos públicos tinham mais de R$ 22 bilhões a receber da empresa.
O juiz João de Oliveira Rodrigues Filho, da 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central Cível da capital paulista, que nomeará um administrador judicial para acompanhar o processo, foi o responsável por analisar a reestruturação do grupo Odebrecht.
Lava Jato – Odebrecht e o escândalo de corrupção
Além de dívidas com credores, a Odebrecht e suas subsidiárias acumulam débitos com a Justiça e com a administração pública em processos de improbidade administrativa e de corrupção.
A companhia é investigada pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal e do Ministério Público Federal, por pagamento de propina a políticos de diversos partidos e por financiar caixa dois eleitoral.
Vários executivos da empresa assinaram acordos de delação premiada, oferecendo informações que levaram ao desenvolvimento de outras operações da PF.