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Odebrecht negocia 50 bi dos 98 bilhões de reais em dívidas

18 de março de 2020 às 18:32
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Odebrecht negocia 50 bi dos 98 bilhões de reais em dívidas
Odebrecht negocia 50 bi dos 98 bilhões de reais em dívidas

Odebrecht terá de vender suas principais empresas, a petroquímica Braskem, a produtora de etanol Atvos, a operadora de sondas Ocyan e a participação na Saesa, a usina hidrelétrica de mesmo nome.

Odebrecht consegue acordo com os principais bancos credores para reestruturar mais de R$ 50 bilhões em dívidas. A companhia que foi um dos maiores símbolos da Operação Lava-Jato possui atualmente uma dívida que alcança o valor de 98 bilhões de reais. A Atvos,  antiga Odebrecht Agroindustrial e terceira maior companhia produtora de etanol e açúcar do Brasil deve ser vendida por 13 bilhões de reais

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A empresa prevê atualizar ainda hoje (18) seu plano de recuperação judicial, na 1ª Vara de Falências de São Paulo. A votação da reestruturação em assembleia geral de credores está prevista para o próximo dia 25.

No processo há mais de 500 credores que venderam participação no negócio e ainda não receberam seu pagamento. A companhia está sendo assessorada pela RK Partners, de Ricardo Knoepfelmacher, e pelo escritório E.Munhoz Advogados.

Odebrecht soma em 34 bilhões em dívidas com os seis maiores bancos do Brasil, Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Caixa, Santander e BNDES.

O acordo feito entre a companhia e os bancos foi concedido nove meses depois do grupo solicitar à justiça de proteção contra credores, ocorrida em 17 de junho de 2019.

A companhia alcançou 98 bilhões em débitos, porém serão excluídos do total 10 bilhões de reais em garantias para empresas seguradoras de obras e  mais 33 bilhões  de reais em compromissos entre as empresas do grupo.

O caso Odebrecht é o maior processo desse tipo já realizado no Brasil. É também o caso com maior exposição do sistema financeiro nacional.

A reorganização da dívida da Odebrecht terá, na prática, dois acordos: um privado, para as dívidas que ficam fora do processo judicial e o plano a ser votado propriamente.

Para honar suas dívidas a companhia terá de vender suas principais empresas são elas: a petroquímica Braskem, a produtora de etanol Atvos, a operadora de sondas Ocyan e a participação na Santo Antônio Energia (Saesa), a usina hidrelétrica de mesmo nome.

Odebrecht terá três anos para vender a Braskem e quatro anos para se desfazer da Ocyan. Nesse período, os bancos não executam as garantias, mesmo com as dívidas já vencidas.

A companhia planeja se reerguer a partir do negócio original, de construção civil. A empresa que hoje é titulada pela sigla OEC, de Odebrecht Engenharia e Construção, tem enfrentado uma grave crise de reputação desde a Operação Lava-Jato.

A produtora de etanol Atvos atualmente chega a 11 bilhões de reais em dívidas. A assembleia de credores da companhia está prevista para o dia 27 deste mês, porém há a possibilidade do encontro ser adiado.

Com a venda, a Atvos será a primeira companhia oficialmente levada à venda pelo conglomerado. Passando a Odebrecht Engenharia e Construção por uma reestruturação privada para renegociar  3,1 bilhões de dólares em bônus emitidos no mercado internacional.

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