Construção de um terminal ferroviário inicia um marco histórico para a logística e a economia do estado. Com obras em andamento desde outubro e previsão de gerar mais de mil empregos, o projeto visa escoar milhões de toneladas de grãos.
A construção de um novo terminal ferroviário de cargas, em Mato Grosso, está gerando grande expectativa e movimentação na região sudeste do estado.
Em meio a canteiros de obras e maquinário pesado, moradores e empresários acompanham o nascimento de um projeto de infraestrutura que promete impactar profundamente as cidades de Dom Aquino, Primavera do Leste e outros municípios próximos.
Mais do que uma simples expansão ferroviária, este terminal integra um dos maiores projetos logísticos em execução no Brasil, coordenado pela Rumo e com previsão de escoar milhões de toneladas de grãos por ano, incluindo soja e milho, e ainda atrair investimentos para diversas áreas econômicas.
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Investimento privado e abrangência regional
O novo terminal faz parte da expansão da Ferrovia Estadual Senador Vicente Emílio Vuolo, que se estende por mais de 700 km entre Rondonópolis, Cuiabá e Lucas do Rio Verde, com um traçado planejado para conectar o norte ao sul de Mato Grosso.
Com um investimento integralmente privado, a obra é essencial para otimizar o transporte de cargas, além de contribuir para a redução de caminhões nas estradas, aliviando o trânsito e aumentando a segurança nas rodovias da região.
Impacto no agronegócio e na logística nacional
O terminal, situado em uma área de 2 milhões de metros quadrados próximo à BR-070, destaca-se pela capacidade de escoamento de até 10 milhões de toneladas de grãos anualmente, com foco em produtos essenciais como soja e milho.
“Essa iniciativa beneficia diretamente os produtores locais, reduzindo custos logísticos e promovendo uma cadeia de suprimentos mais eficiente”, afirma Walter Mancuso, gerente executivo de implantação de terminais da Rumo.
Conforme Mancuso, o novo terminal não só facilita a logística interna do país, mas também garante a chegada mais rápida dos produtos ao Porto de Santos, favorecendo a competitividade da agricultura brasileira no mercado global.
Geração de empregos e participação comunitária
A obra do terminal ferroviário mobiliza várias empresas, lideradas pela Egelte Engenharia Ltda., e já começa a gerar oportunidades de emprego para a população local. Segundo Mancuso, a previsão é de mais de mil empregos diretos e indiretos, atraindo trabalhadores de todo o país para a região.
A obra envolve, além da movimentação de 700 mil metros cúbicos de terra, um consumo impressionante de mais de 17 mil metros cúbicos de concreto e 2.500 toneladas de aço, requisitos que demonstram a magnitude e a importância da construção.
Desenvolvimento urbano e desafios sociais
Com a chegada de trabalhadores, Primavera do Leste e Dom Aquino vêm se preparando para atender à demanda crescente de infraestrutura urbana.
“Há pelo menos três anos, trabalhamos para conscientizar empresários e a população sobre a necessidade de ampliar nossa rede hoteleira e de moradias”, destaca Joselino Soares Godoi, presidente da Associação Comercial de Primavera do Leste (Aciple).
Com cerca de 93 mil habitantes e uma das maiores economias do estado, o município espera atrair novas empresas, especialmente agroindústrias, que consolidarão a vocação econômica local baseada no agronegócio.
Em Dom Aquino, o presidente do sindicato rural, Wildon Cardoso, menciona a importância da obra para o desenvolvimento regional.
Ele explica que, em uma cidade pequena e com baixa densidade demográfica, a construção do terminal exige uma série de adaptações.
“Estamos trabalhando junto com a prefeitura para ampliar a oferta de moradias e preparar a cidade para o aumento populacional”, diz.
Cardoso também destaca o impacto econômico esperado: “Com essa obra, a arrecadação de impostos deve crescer, além da geração de empregos que vai transformar a vida das comunidades locais.”
Potencial para impulsionar agroindústrias
Além da infraestrutura urbana, a previsão é de que o novo terminal traga avanços na instalação de agroindústrias na região.
Segundo dados do IBGE, a economia de Primavera do Leste é impulsionada pela agropecuária e deve ser ainda mais beneficiada com a expansão da ferrovia.
Para Godoi, presidente da Aciple, o terminal representa a possibilidade de fortalecer o comércio local e atrair investimentos que agreguem valor à produção regional.
“Com a conclusão das obras, acreditamos que o município terá uma logística mais eficiente e uma base econômica ainda mais robusta”, conclui.
Um marco histórico para a economia de Mato Grosso
Situado a 170 quilômetros de Cuiabá, Dom Aquino, cidade com cerca de 8 mil habitantes e economia centrada na agricultura, prepara-se para ganhar destaque nacional.
A instalação do terminal da Rumo representa um marco para o município, que deve passar a atrair um volume maior de negócios e investimentos.
Anteriormente reconhecida pela produção de grãos e coco, a cidade agora se consolida como um importante ponto logístico, com potencial para transformar o desenvolvimento da região.
Em 2026, quando o terminal ferroviário estiver em pleno funcionamento, Mato Grosso estará conectado à rede ferroviária nacional com uma estrutura capaz de atender ao crescimento do agronegócio e da indústria local.
A construção não só marca um avanço para a logística de exportação do estado, como sinaliza o início de uma nova era para a economia e a qualidade de vida das populações de Dom Aquino, Primavera do Leste e cidades vizinhas.
O novo terminal de cargas será o grande impulsionador de uma transformação econômica em Mato Grosso? Comente sua opinião!
O que é necessário fazer é criar as indústrias junto ao agronegócio, de forma a agregar valor ao produto do agro . Exemplo temos que vender é óleo de soja milho para todo o mundo e não o grão. Melhor também o grão, mas com as indústrias criamos emprego é assim melhora a condição de vida de todos , do empresário e da população.
Porque não mandaram fazer rio grande do norte muito cobrado de macal a extremos deve ser falta de interesse dos governantes