Uma nova ferrovia está prestes a transformar a logística do Brasil! Com investimento de R$ 3,28 bilhões, a Estrada de Ferro 118 promete unir Rio de Janeiro a Espírito Santo e abrir caminho para um novo ciclo de crescimento. Leilão deve acontecer até o fim deste ano, e a obra tem início previsto para 2026. Prepare-se para o futuro!
Um projeto ferroviário de grande porte está prestes a transformar a logística entre o Rio de Janeiro e o Espírito Santo, com um impacto significativo na economia e no transporte de cargas no Brasil.
O leilão para a construção da Estrada de Ferro 118, também conhecida como Vitória-Rio ou Anel Ferroviário do Sudeste, está previsto para ocorrer ainda em 2025, com início das obras em 2026.
Este projeto terá um valor total de investimento de R$ 3,28 bilhões do governo federal e promete melhorar a conexão dos portos capixabas com outras ferrovias do país.
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O que é a Estrada de Ferro 118?
A Estrada de Ferro 118 será uma ferrovia essencial para integrar os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo a outras malhas ferroviárias importantes do Brasil.
De acordo com Leonardo Ribeiro, secretário nacional de Transporte Ferroviário do Ministério dos Transportes, a ferrovia tem o objetivo de melhorar a logística e o transporte de cargas.
O projeto foi detalhado no Seminário de Infraestrutura e Logística, promovido pelo LIDE Espírito Santo, no último dia 18 de março.
A ferrovia terá três trechos principais, que vão desde a construção de novas vias até a modernização de ramais antigos.
Com isso, o governo espera não apenas melhorar o escoamento de produtos, mas também impulsionar a economia de toda a região sudeste e do país como um todo.
O cronograma de obras
O cronograma para a realização do projeto da EF-118 foi detalhado pelo secretário Leonardo Ribeiro, que mencionou que o leilão deverá acontecer no final de 2025.
Após o leilão, o contrato será assinado e as obras começarão no ano seguinte, em 2026.
Ribeiro afirmou que o objetivo do Ministério dos Transportes é adotar um modelo de concessão inovador, onde o vencedor do leilão será aquele que exigir a menor participação do governo, buscando o máximo de investimento privado possível.
“A ideia é ter uma parceria eficiente entre o governo e o setor privado, de modo que possamos concretizar os projetos e transformar a logística do país”, disse o secretário, ressaltando a colaboração da MRS Logística, que já sinalizou interesse em investir na construção dessa nova ferrovia.
A importância do projeto
O investimento federal de R$ 3,28 bilhões será um dos maiores do setor ferroviário nos últimos anos, com impacto direto no desenvolvimento econômico da região sudeste.
O projeto irá beneficiar principalmente o estado do Espírito Santo, ligando portos como o Porto de Vitória e Porto de Açu, a outros centros logísticos do Brasil, agilizando o transporte de minérios, aço e outros produtos industriais.
O traçado da Estrada de Ferro 118 foi dividido em três segmentos: Norte, Central e Sul, com características e exigências distintas de construção e investimento.
O primeiro trecho, o Trecho Norte/Ramal de Anchieta, será uma parceria entre o governo e a Vale, que já se comprometeu com um investimento de R$ 6 bilhões para a construção do trecho entre Santa Leopoldina e Anchieta.
Segmentos da ferrovia e seus impactos
Trecho Norte (Ramal de Anchieta)
Este trecho terá 80 quilômetros de extensão e será construído pela Vale como contrapartida pela prorrogação antecipada de suas concessões.
A mineradora já definiu um investimento de R$ 6 bilhões para este trecho, que será integrado ao contrato da Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM).
Trecho Central
Com cerca de 170 quilômetros, este novo segmento ligará o Porto de Açu (no Rio de Janeiro) até Anchieta (no Espírito Santo).
Este trecho terá um grande impacto na movimentação de cargas do interior para o litoral, além de melhorar a infraestrutura logística da região.
Trecho Sul
Este segmento, com 325 quilômetros, conectará São João da Barra (RJ) a Nova Iguaçu (RJ) e será realizado com investimentos adicionais do governo federal.
A Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) será utilizada em parte deste trecho, o que otimizará custos e tempo de execução.
Este trecho é considerado brownfield, ou seja, utilizará infraestrutura existente para a construção.
Licitação da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA)
A Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) também passará por um processo de licitação.
O contrato atual com a VLI Logística, controlada pela Vale e o fundo Brookfield, termina em 2026.
O governo federal, no entanto, está considerando relicitar o trecho, visando obter melhores condições financeiras e operacionais.
Leonardo Ribeiro explicou que um estudo está sendo realizado para determinar a melhor solução, e a decisão deve ser tomada até abril de 2025.
“Estamos avaliando a possibilidade de uma nova licitação ou até mesmo a renovação do contrato com a VLI Logística. O estudo que está em andamento será concluído até o final deste mês e nos dará uma base sólida para tomar a decisão final, explicou Ribeiro.”
Críticas à Vale
Durante o evento, o vice-governador do Espírito Santo, Ricardo Ferraço (MDB), fez duras críticas à Vale, que, segundo ele, não cumpriu com seus compromissos em relação à renovação da Ferrovia Vitória-Minas.
Em 2020, a mineradora assumiu o compromisso de executar o trecho da EF-118 entre Cariacica e Anchieta, mas, de acordo com Ferraço, a empresa não cumpriu os prazos estabelecidos, o que gerou atrasos na execução do projeto.
Em resposta, o superintendente de Transportes Ferroviários da ANTT, Alessandro Baumgartner, afirmou que o investimento adicional da Vale ainda está sendo analisado pela agência reguladora e que a pressão do governo estadual é essencial para que a mineradora cumpra com os compromissos.
Expectativas para o futuro
O novo projeto da Estrada de Ferro 118 é visto como uma grande oportunidade para o Brasil melhorar sua infraestrutura logística e reduzir custos no transporte de cargas, especialmente no setor de mineração e siderurgia.
Com a adoção de um modelo inovador de concessão e a colaboração entre o governo e o setor privado, espera-se que o projeto comece a transformar a logística do país, criando novos polos de desenvolvimento e gerando empregos ao longo de sua execução.
A expectativa é que a nova ferrovia se torne uma peça-chave na conectividade entre o Sudeste e o Centro-Oeste do Brasil, otimizando a distribuição de mercadorias e melhorando a competitividade do Brasil no mercado internacional.