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Maersk espera começar obras de novo terminal no Porto de Suape em 2023

15 de dezembro de 2022 às 15:51
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Projeto do terminal em Suape é greenfield

Projeto biolionário é greenfield, ou seja, começará do zero, e com expectativas de gerar centenas de empregos

A Maersk, maior empresa mundial de logística marítima, pretende iniciar as obras de um novo terminal de contêineres no Porto de Suape, na região metropolitana do Recife (PE), no próximo ano. A empresa, por meio da APM Terminals, arrematou uma área interna do estaleiro Atlântico Sul em julho deste ano, após uma longa, acirrada e polêmica briga judicial com as demais companhias concorrentes.

Com um investimento previsto de até R$ 2,6 bilhões, o espaço deve ter a capacidade inicial para a movimentação de 400 mil TEUs (unidade de contêiner equivalente a vinte pés), aumentando o potencial de operação do complexo portuário de Suape em 55%. Mas, essas mudanças estão sujeitas a licenças e outras ações burocráticas já esperadas. Portanto, a expectativa da Maersk é de que as obras comecem entre o final de 2023 e começo de 2024, e o início das operações em 2026.

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Vale lembrar que o projeto do terminal em Suape é greenfield. Ou seja, começará do zero. Esse é um dos exemplos de o quanto a empresa vem investindo no Brasil e América Latina, contribuindo para a melhoria da infraestrutura local e tornando o setor portuário brasileiro mais eficiente. A Maersk é dona de mais de 70 terminais portuários pelo mundo, sendo 11 na América do Sul.

Em informativo enviado à reportagem do portal Click Petróleo e Gás – CPG, a empresa diz que “os investimentos em Suape contribuirão para o desenvolvimento de um terminal moderno e competitivo, reduzindo significativamente os custos para os clientes e melhorando os serviços, graças à mão de obra qualificada e à introdução de um padrão operacional inovador”.

Chegada da Maersk em Suape põe fim monopólio da Tecon

A compra da área interna do estaleiro Atlântico Sul pela Maersk foi comemorada pelo próprio Porto de Suape. A chegada da empresa dinamarquesa irá acabar com o monopólio da Tecon em movimentação de contêineres no local.

Os filipinos da Tecon operam em Suape desde 2001 em forma de concessão, por isso exercem padrões operacionais do porto organizado, e aplicam tarifas consideradas as mais caras do país. A APM Terminals irá implantar seu Terminal de Uso Privativo (TUP) fora do porto organizado, trazendo concorrência à Tecon.

Para a APM Terminals, “a concorrência pode agregar valor aos clientes e atrair novos fluxos de cargas, ajudando o porto de Suape a crescer mais rapidamente e gerando mais negócios para o Estado de Pernambuco”.

Investimentos recentes já fazem parte da estratégia que mira Suape

No fim de novembro, a Maersk anunciou que vai expandir sua atuação em transporte terrestre após a compra de 222 novas carretas e 113 “cavalos mecânicos” (EURO 5 Meteor e Constellation), sendo esse o maior lote do modelo já entregue pela Volkswagem.

Esses novos caminhões são indicados para o transporte rodoviário de carga para médias e longas distâncias. Assim, a empresa irá expandir seus negócios que envolvem o setor de alimentos e bebidas, eletrônicos, utensílios domésticos e até itens de uso pessoal.

Essa é uma estratégia que fortalece suas rotas de São Paulo ao Amazonas e amplia a atuação na Bahia e Santa Catarina e Pernambuco, lugares onde a companhia tem se consagrado em embates jurídicos para novos negócios, entre eles a compra da área localizada no Estaleiro Atlântico Sul, em Suape.

Dragagem em Suape

Enquanto o empreendimento bilionário da Maersk não se instala, o Porto de Suape vai realizando trabalhos de melhorias no local para poder atender a demanda futura. Em novembro, foi retomada a dragagem no principal canal de acesso ao terminal pernambucano.

Esse serviço estava paralisado com 85% das obras realizadas desde 2013 devido a um impasse jurídico entre o Governo de Pernambuco e a empresa holandesa Royal Van Oord. As negociações foram retomadas em outubro de 2021 e resultaram num acordo bom para ambas as partes.

A dragagem irá realizar um aprofundamento de 20 metros em seis quilômetros a um custo de R$ 140 milhões. Um navio-draga de última geração é usado na remoção de sedimentos e rochas.

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