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Falta de diesel coloca em alerta comerciantes do setor, como caminhoneiros e importadores

28 de maio de 2022 às 18:59
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Imagem de Alexander Fox / Fonte: Pixabay

Com risco de escassez no segundo semestre do ano, a falta de diesel pode prejudicar os caminhoneiros e comerciantes do setor

O risco de falta de diesel neste segundo semestre do ano pode ser piorado devido ao fato do consumo especial por questões sazonais, como as férias no Hemisfério Norte, safra, e circunstanciais, prejudicando os caminhoneiros e comerciantes.

Com o pequeno nível dos estoques mundiais de diesel e a diferença de preços em relação ao mercado exterior, o risco da falta de diesel se introduziu no radar da rede do produto, que possui registro de problemas pontuais, principalmente em relação aos caminhoneiros, que sempre pontuam sobre o preço do combustível.

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Nesta terça-feira, 24, a FUP (Federação Única dos Petroleiros) publicou uma nota com alerta para o risco de não abastecimento de diesel, devido à falta de diesel, no início do segundo semestre do ano, prejudicando os caminhoneiros e os comerciantes do setor.

Em contrapartida, o presidente da (Abicom), Sérgio Araújo, disse que o Brasil não vai passar despercebido em relação a falta de diesel, que está em nível global, principalmente se a Petrobras não igualar os preços do diesel aos preços do exterior, o que já foi sugerido pelos caminhoneiros devido ao alto preço do combustível.

A diferença do preço do diesel nesta quinta-feira, 26, estava menor, cerca de 2%, porém o preço é instável à variação do preço dólar, tanto que em 8 de março chegou a 28%, logo, o preço pode variar principalmente agora com falta de diesel.

Caminhoneiros reclamam da falta de diesel

Os caminhoneiros, que já possuíam reclamação em relação ao preço do diesel, atualmente estão reclamando da falta dele. Em nota, o presidente da Abrava, Wallace Landim, declarou: “Exigimos sinceridade com relação ao estoque de diesel para o mercado nacional”.

“Até o presente momento, não está faltando, mas estou preocupado”, relatou ele nesta quinta-feira, 26, ao Estadão/Broadcast, uma vez que a falta do combustível pode gerar problemas aos caminhoneiros e aos comerciantes do setor, como os importadores.

Paulo Miranda, ex presidente da Fecombustíveis, relatou que já aconteceu problemas específicos em postos sem marca das distribuidoras. Sobre isso, ele disse: “Não tenho relato de falta sistêmica, mas já tivemos problemas de posto do interior do Ceará ficar até três dias sem combustível; é igual uma padaria ficar três dias sem pão para vender”, comparou.

Paulo ainda explica que as famosas bandeiras, como Ipiranga, Shell (Raízen) e Vibra, detém cerca de 70% do diesel vendido pela Petrobras e importam o restante, desfazendo o déficit de preços entre os mercados nacionais e internacionais, ao passo que os postos que não possuem bandeira, adquirem pouco da Petrobras e dependem de importadores da região, ficando em desvantagem.

O risco da falta de diesel no segundo semestre deste ano de 2022 pode ser piorado com o consumo extra por questões sazonais e circunstanciais, prejudicando grandemente os comerciantes da área, como os caminhoneiros.

Além de ter ocorrido a volta da economia, com o fim da quarenta imposta em razão do COVID-19, a guerra entre a Rússia e Ucrânia encaminhou a incidência de vendas de diesel para a Europa com o intuito de cobrir os cortes de fornecimento de petróleo e gás da Rússia.

Com os estoques de diesel baixos, os Estados Unidos também está com uma demanda por diesel acima do normal, o que reduz drasticamente a oferta para países do exterior.

Produtores de biodiesel pressionam para o uso frequente do combustível

O risco da falta de diesel no segundo semestre de 2022 no país conduziu o setor de biodiesel a defender o aumento da mistura biodegradável ao diesel comum, passando de 10% para 14%.

De acordo com Francisco Turra, presidente do Aprobio (conselho de administração da Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil), adicionar mais do combustível limpo seria uma ótima opção para reduzir eventuais impactos nas bombas de combustíveis.

O Brasil gastou, só em abril, cerca de US$ 1,4 bilhão com a importação de diesel comum, maior prejuízo mensal com importação de diesel desde novembro de 2012.

So nesse ano de 2022, as importações de diesel somam aproximadamente US$ 3,4 bilhões, tendenciando ao aumento do valor no segundo semestre do ano, se a comercialização de diesel no mercado externo ficar mais movimentada, segundo especialistas.

“Uma avaliação mostrou que cada porcento de aumento no teor de biodiesel resulta em um ganho para a sociedade de R$ 30 bilhões por ano, somando os aspectos sociais, ambientais, de saúde pública e econômica, a redução de custos, aumento de produção, abertura de novos postos de trabalho e melhoria da qualidade de vida com a redução da poluição ambiental”, disse Turra.

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